Cine Guaianazes

Se hoje os cinemas estão basicamente dentro dos shopping centers, em um passado não tão remoto a realidade era completamente diferente. As salas de exibição ficavam em imóveis próprios em ruas e avenidas da cidade e era raro o bairro que não tinha um cinema, mesmo que pequeno, para exibir os filmes do momento (ok, algumas vezes filmes atrasados).

E o bairro de Guaianases não era diferente. Região um tanto afastada do centro da capital, não ficava sem entreter sua população, pelo menos desde o final da década de 1950 quando foi inaugurado o Cine Guaianazes (sim, com z mesmo).

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A fotografia acima – que de acordo com a anotação na própria foto é de novembro de 1961 – mostra a fachada do cinema com a exibição de “Meus Amores no Rio”. De acordo com a pesquisa que realizei o cinema existiu até meados da década de 1980, sendo posteriormente fechado.

Após o encerramento das atividades o prédio do cinema seguiu ainda que com sua fachada preservada mas funcionando como lojas variadas. No final da década de 1990 foi descaracterizado por completo e atualmente é uma filial das Lojas Pernambucanas.

Se você for até Guaianases,o velho cinema funcionava no número 1062 da rua Salvador Gianetti (antiga rua da Estação) e atualmente se encontra assim:

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14 respostas

  1. Que coisa: o filme em cartaz na foto assisti faz poucos meses atrás. Que doideira, me estimulou a rever o filme na minha coleção. 😛

  2. Mesmo com todas as dificuldades que sabemos em se tratando de Guaianases e região(pelo menos no quesito desenvolvimento, ainda mais nessa época), a foto de 1961 me passa a impressão de um local tranqüilo, interiorano até. Mas a época era diferente mesmo. De acordo com minhas convicções(sic!), a BELLE ÉPOQUE paulistana vai até 1965. Portanto, por esse registro, Guainases ainda teria mais 4 anos pela frente para desfrutá-la…

    1. Eu já acho que a Belle Époque paulistana acabou junto com a década de 60, os anos anos 70 já anunciavam a decadência da metrópole, curioso mesmo é eu sentir saudades daquilo que eu não vivi.

  3. Quando criança haviam ainda alguns cinemas de bairro como o São Geraldo na Penha, mas quando íamos ao cinema geralmente era no centro, que concentrava a quase totalidade dos cinemas da cidade, em salas como o Olido, Marrocos e Marabá, este último o único heroico sobrevivente da cinelândia no centro da cidade, minha mãe levava eu e o meu duas vezes ao nas férias para assistirmos aos filmes dos Trapalhões, em alguma sala do centro que não me recordo assisti ao primeiro filme do Batman e a Mosca 1 e 2, hoje em dia andar pelo centro tornou-se uma aventura digna de constar na Odisseia de Homero.

    1. Nossa cinelândia clássica, além dos citados por você, Emerson, contava com: Metro(1 e 2), Ritz, Regina, Ipiranga(1 e 2), Metrópole e, pra mim, o insuperável COMODORO, na descida da av. São João, já próximo do Elevado Costa e Silva. Não era o mais bonito(pra mim, era o Marrocos), porém tinha o melhor som do pedaço! Lá assisti “Indiana Jones e o Templo da Perdição”, o 2º da franquia, em 29 de julho de 1984.
      Agora…o nosso querido centro da cidade…deixa pra lá…

      1. É verdade, além destes haviam outras salas menores no Largo do Arouche, Sete de Abril e Dom José de Barros, enfim, em praticamente todas as esquinas no centro velho havia uma sala suntuosa ou então um cinema pequeno, lembro-me que no Olido e no Marrocos as salas eram enormes, hoje o centrão jaz putrefeito, e se já era feio àquela época hoje em dia então é mais feio que brigar com a mãe por causa de mistura.

      2. Assisti ao filme Terremoto em 1975. As filas na rua demoravam o equivalente a duas seções. Ou seja, você entrava na fila e conseguia entrar no Comodoro apenas na 3° seção. Para esse filme, foi inaugurado um sistema de som chamado “Sensurround”. Sentei na primeira fila do balcão exatamente ao lado da caixa de som, que era maior do que eu. Parecia que o cinema iria desabar. Quase enlouqueci.

    2. Corrigindo: minha mãe levava eu e o meu irmão duas vezes ao ano nas férias para ssistirmos aos filmes dos Trapalhões.

  4. O Itau em parte acertou na composicao do espaco,, porem o salao do Lado Augusta Jardins e enorme, e mata a intimidade.
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    O fato e que muitas salas de exibicao morreram porque o ante salao nao permitia ( e ainda o faz em Malls ) o frequentador em desfrutar de ambiente pre-exibicao. **********************************************************************************************************************************
    Isto me traz a memoria uma pequena sala para cinema artistico em Providence, RI, na South Main Street, o querido Cable Car Cinema.
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    Para quem nao sabe, a venda de ingressos nao paga a conta. O que realmente mantem a porta aberta sao as concessoes ( pipoca, refrigerante, chocolate, cafe ). Dai o porque dos precos altos nestes itens. **********************************************************************************************************************************
    Porem voltando a ambientacao…..
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    A fachada do estabelecimento (204 South Main Street, Providence, RI 02903, Estados Unidos ), tem aparencia de loja de rua. Com toldo, tijolo exposto. E convidativa.
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    O ante salao e uma cafeteria ( Coffee Shop ), outrora tocado por uma familia de ingleses ( marido, esposa, filhos ). Mesas no meio fio, e um local aconchegante para sentar se ao salao e tomar um cafe,, aguardar sua companhia, etc.
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    Dentro da modesta sala de exibicao, alternava-se poltronas individuais com sofas, dispostos aleatoriamente, porem focados na tela. A sensacao era como se um estivesse em sua sala de estar assistindo ao filme,, obviamente no escuro.. Por vezes, entre exibicoes, o dono permitia um musico praticar seu saxofone na sala.

  5. Os EUA têm uma cultura cinéfila que nós não temos, são mais de 13 mil salas espalhadas pelo país enquanto aqui não chega a 10% disso, concentrados principalmente em shopping centers, enquanto lá existe a tradição dos cinemas de rua.

  6. Olá!
    Esse senhor em primeiro plano na foto é meu pai, Nery Santiago.
    Além de operador cinematográfico, era também o pintor responsável por escrever os títulos dos filmes na fachada do cinema.
    Cinema era a paixão do meu pai, trabalhando na área por mais de setenta anos! Iniciou garotinho vendendo balas na sala de espera, e aos quinze anos já era operador cinematográfico.
    Infelizmente ele faleceu no ano retrasado, mas deixou uma herança inimaginável de filmes, fotos e cartazes de filmes para nós (eu e minha irmã).
    Sempre fico muito feliz e orgulhoso quando vejo essa foto.
    Obrigado!

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