O centro de São Paulo parece estar saturado para novos terrenos e empreendimentos. Entretanto as incorporadoras sempre acabam por encontrar um espaço para erguer suas torres, como em volta deste sobrado do início da década de 1920:
Neste caso específico, me preocupo um pouco mais especialmente pelo fato da nova construção estar surgindo entre dois imóveis centenários. Um este que estamos apresentamos aqui, o outro o do número 47.
O que fica no ar é a dúvida: Será que existe algum acompanhamento dos órgãos de defesa do patrimônio histórico em relação a eventuais danos que este empreendimento pode causar a dupla de imóveis antigos ? Sinceramente não creio nisso.
O terreno onde está sendo erguido o novo edifício tem duas faces, a primeira – principal – para a própria Rua Santo Amaro e a outra para a Travessa Noschese, uma das vias mais antigas do centro paulistano.
Na parte da Santo Amaro, no passado, existiram três sobrados residenciais demolidos há décadas (nos últimos anos funcionava um estacionamento). A foto abaixo, de 1927, mostra exatamente este trecho da via:

Nesta fotografia, o trecho da rua Santo Amaro em 1927
Penso que em casos como este a incorporadora deveria apresentar garantias aos imóveis de cunho histórico vizinhos e até contribuir com a recuperação das fachadas dos mesmos, seria uma contrapartida interessante a se exigir daqueles que adensam cada vez mais o solo paulistano.
Abaixo mais uma fotografia do sobrado, onde atualmente funciona uma lanchonete. O andar superior está aparentemente vazio.
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