Entre todas as avenida de São Paulo, nenhuma outra está mais no coração do paulistano do que a Avenida Paulista. Ela nos impressiona com seus arranha-céus imponentes, as antenas de emissoras de televisão, com o MASP, como ponto de partida de manifestações políticas das mais variadas ideologias, comemorações esportivas e também por ser palco para uma das mais importantes paradas LGBT do mundo.
Mais recentemente a avenida Paulista passou a ser também um dos principais locais de diversão e lazer dos paulistanos, com a nova ciclovia e o fechamento uma vez por mês da via, liberando-a apenas para pedestres e ciclistas.
Aberta em dezembro de 1891, a Paulista era completamente diferente no início do século 20. Era completamente tomada não por edifícios, mas por belos casarões e palacetes onde viviam industriais, políticos e alguns cafeicultores paulistas.
Este cenário aristocrático e elegante permaneceu, sem muitas alterações, até meados da década de 50 quando começaram a surgir alguns edifícios rasgando o céu da avenida. Um dos primeiros a surgir foi o Edifício Dumont-Adams, projetado por Plínio Adams e que pertenceu a sua família até ser comprado pela Vivo, para um projeto conjunto com o Masp que até hoje não foi concluído.
A partir daí foi um “boom” imobiliário na Paulista, que trouxe cada vez mais arranha-céus e levou ao escombros inúmeros casarões e palacetes, em uma época em que tombamento era muito raro.
Tudo ficaria ainda pior no início da década de 1980, quando uma boa intenção, porém muito atrapalhada do governo estadual, colocou abaixo inúmeros casarões que ainda resistiam.
A trapalhada partiu do arquiteto Ruy Ohtake, então presidente do Condephaat, que confirmou publicamente que estava em andamento um projeto para tombar os 31 casarões que ainda resistiam na avenida Paulista. Vários proprietários se juntaram e começaram a demolir suas propriedades, antes que fossem protegidas pelo tombamento. O gesto triste, porém não ilegal, deferido pelos donos dos imóveis levou a mudanças na lei de tombamento.
Mais recentemente com a demolição de mais alguns imóveis a Paulista ficou ainda mais órfã dos belos casarões que existiam na via. Hoje existem apenas quatro remanescentes, entre eles o Palacete Franco de Mello .
Mas como eram estes tão falados casarões da avenida Paulista, que até hoje enchem os olhos de saudade daqueles que os viram ainda em pé e deixam curiosos aqueles que nunca os viram ? Fizemos uma primeira seleção com 10 destas mansões para você conhecer:
1 – Residência de João Baptista Scurachio – 1920, arquiteto desconhecido:
2 – Residência de Mário Dias de Castro – 1923, Escritório Técnico Ramos de Azevedo
3 – Casa das Rosas, residência de Ernesto Dias de Castro – 1930, Escritório Técnico Ramos de Azevedo:
4 – Residência de Maria Augusta Borges Figueiredo – 1915, Escritório Técnico Ramos de Azevedo:
5 – Residência Tomaselli – 1904, engenheiro Eduardo Loschi e 1916 reforma e ampliação (foto abaixo) por Victor Dubugras:
6 – Residência de Numa de Oliveira – 1920, projeto do arquiteto Ricardo Severo:
7 – Residência de Horácio Espíndola – 1925, projeto do Escritório Técnico Ramos de Azevedo:
8 – Palacete do Conde Alexandre Siciliano (a história detalha e fotos internas deste palacete está aqui) – 1896, projeto do Escritório Técnico Ramos de Azevedo:
9 – Residência de Nagib Salem – 1920, projeto da empresa Malta & Guedes:
10 – Residência de Von Büllow – 1895, projeto de Augusto Fried:
É de se imaginar como seria a Avenida Paulista hoje se estes casarões que ali existiam não tivessem sido demolidos. Qual avenida teria recebido os arranha-céus que hoje estão na Paulista ? Lembrando que Faria Lima, Berrini não existiam como conhecemos hoje.
Caso estes mesmos palacetes estivesse por lá preservados, é bem possível que a Paulista hoje fosse uma via residencial de alto padrão, uma espécie de cartão postal do início do século 20, lembrando bem o bairro do Prado, em Montevidéu.
Você viu alguns dos casarões serem demolidos ? Lembra de uma Avenida Paulista diferente ? Deixe seu comentário.
Respostas de 123
Uau! Inacreditável! Uma pena que SP perdeu imoveis tao belos!!
Verdade!!! Eu tive o previlégio de os ver no seu esplendor, e também tive a tristeza de os ver sendo demolidos, era menina, e chorava quando ali passava e viam todos indo a baixo. Moro em Lisboa e aquí sao exatamente iguais os da Paulista, mas sim o patrimonio histórico cá na Europa é preservado, restaurado e reaproveitado. Abraços
Eu vi o casarão dos Matarazzo ser demolido, pelo mesmo motivo que os outros. Ele foi feito pelo meu sogro, o construtor calabrês Savério Francesco Credidio, que também construiu o Prédio Matarazzo, que hoje abriga a Prefeitura Municipal. No caso da Paulista, a Erundina queria desapropriar o prédio para fazer dele um museu do trabalhador. Os Matarazzo entraram na justiça, conseguiram uma liminar e colocaram máquinas trabalhando ininterruptamente, para que, ao amanhecer, o imóvel não mais existisse. Segundo os arquitetos consultados, ele não tinha ninguém de renome por trás do projeto. Mas para a família Credidio, o sr. Savério, que foi trazido da Itália pela então condessa Matarazzo, com o fim específico de construir o casarão, conseguiu imprimir sua marca em todas as suas construções: beirais de mármore, com quase um metro de largura e muito conforto. Na época que construiu o prédio Matarazzo, ganhou do Governo Brasileiro uma medalha de ouro, prêmio pela escultura que fez e colocou na parede de fundo do térreo. Enquanto lá era Banespa eu às vezes ia e admirava a perfeição das formas. Depois nunca mais entrei lá. Também foi dele o primeiro prédio da Fundação Getúlio Vargas na 9 de Julho. Foi professor do Liceu de Artes e Ofícios.
Muito legal! Que bom se tivéssemos uma foto do local atualmente para comparar. Fica a sugestão.
A casa dos Matarazzo, diz tinha um grande túnel que liga a com o hospital Humberto primo, conheci esse túnel qdo tivemos pessoas da família internada por lá!
O Casarão dos Matarazzo demolido eu não cheguei a ver mas lembro que em 1990 ele ainda existia, sempre passávamos em frente pegando o caminho que levava ao Hospital Humberto Primo que ainda funcionava naquela época.Meu pai ficou quase 1 mês no Humberto Primo.
O Casarão dos Matarazzo iria ser desapropriado (expropriado) pela PeTralha Luiza Erundina para fazer o Museu do Povo (????). Ela parou o túnel do Rio Pinheiros para não beneficiar meia dúzia de privilegiados (????) e assim prejudicou 100.000 trabalhadores que moravam “do lado de lá”. Não é de ontem que o PT só faz……PTrapalhadas.
Claro, meu gênio! É por conta de um mandato da Luiza, outro da Marta e meio do Haddad que o trânsito de SP é uma merda, e que a Paulista foi destruída. Ou será porque o capitalismo constroi e destroi segundo o interesse da acumulação de grana e não está nem aí para oa trabalhadores do lado de lá?
Até aqui esse papinho “crítica ao PT x ataques ao capitalismo”? Que miséria, não?
O Casarão já estava desocupado e em processo de tombamento há quase 20 anos. A melhor maneira de se preservar um imóvel é o uso, e que seja um uso coletivo já que tinha amplas salas e um acesso privilegiado.
Se a Casa das Rosas ainda existe, por que ela faz parte dessa lista?
A lista não é só de demolidos, são 10 casarões da Avenida Paulista 😉
Na verdade tenho um ladrilho do casarão que ficava ao lado do Masp, demolido no começo dos anos 80. Em meio à demolição, entrei lá junto com um namorado e trouxe o ladrilho encontrado no meio do entulho. Anos depois coloquei incorporei na mureta da minha cozinha.
tem foto dele?
Não, mas ele continua aqui em casa. Assim que conseguir um celular melhor que esta minha geringonça, fotografo e mando pra vc.
manda um foto
Em 1980 eu estudava no Rodrigues Alves na av. Paulista e lembro bem daquela noite deplorável quando saí para a escola e vi que os casarões haviam sido mutilados e devastados de modos absurdos. Um havia sido cortado exatamente pela metade, e nas paredes pendiam canos, tapeçarias e até uma banheira. Não entendi nada, e fiquei deprimido, porque adorava as casas. Depois descobri que a informação do tombamento havia vazado.
Esse pessoal só pensa em grana e pronto!
E alguém pixou nos azulejos uma do Caetano:”a força da grana que ergue e destrói coisas belas”, lembra? Ficou um tempão aquela parede à mostra na avenida. Eu fazia inglês ali perto.
eu me lembro muito bem desta pixação, alguém sabe que casa era?
A tristeza é muita, e, não da nem pra comentar tão grande destruição!
Nos tempos dos casarões, a avenida respirava e era perfumada com os arvoredos frutíferos nos quintais. Nos jardins, também existiam muitas árvores floridas e nos canteiros, rosas, camélias,cravos etc.
Hoje, uma avenida poluída pelo monóxido de carbono, barulhenta, onde todo tipo de manifestações ocorrem por lá!
Cheguei a ver a Villa Matarazzo ainda habitada, no final dos anos 70. Ela magestosa, um ícone. Dói demais não vê -la mais na paisagem da avenida Paulista.
Impressionante como nossa burguesia é burra e gananciosa, predadora e bárbara, mesmo tendo frequentado sempre as melhores escolas e pertencer às melhores famílias da sociedade. Não fica pedra sobre pedra. Eu vi vários casarões…e fui vendo eles cairem, um atrás do outro. Um crime contra o patrimônio histórico. Usual entre nós. Infelizmente.
Muito bem expressado.
Podem ter frequentado as melhores escolas, mas a verdade é que a nossa “elite” provém de pobres europeus que aqui vieram fazer fortuna e seus títulos nobres são todos adquiridos e não herdados. O verdadeiro refinamento e requinte vem de berço e este, minha cara, nenhum deles possuía – eis a razão da barbárie em detrimento da beleza.
Pôxa eram tão lindos! Não sei se eu sou a única mas quando eu vejo imagens como essas me sinto cheia de carinho e de uma saudade ( engraçado que é de um período que eu não vivi) tão grande,mas tão grande, como se eu tivesse estado em todos esses imóveis, é um sentimento tão intenso; não sei explicar; sinto tristeza por eles não existirem mais
Você não é a única a lamentar, morei em São Paulo nos anos cinquenta , era simplesmente a cidade mais linda, moro em Curitiba a 55 anos. Quando digo que tenho saudades de São Paulo, saudades daquela época. Passeava com uma amiga pelo Jardim América, J Paulistano, naquelas ruas arborizadas e tranquilas. Hoje em dia só falam nos Jardins. Bom, chega, podem dizer que é saudosismo , mas não é não, saudades do que era bom.
Tais me sinto assim, exatamente como vc
Pensei que era só eu que sentia isso. Descreveu exatamente o q eu sinto, chega a doer de saudades…
1. Foi a Lei Municipal, em São Paulo, na prática, que n a prática quase que ‘obrigou’ os casarões da Paulista a serem demolidos.
1.1. Por quê é que foi a Lei?
1.2. Porque a Prefeitura queria duplicar a Avenida Paulista, mas não tinha dinheiro suficiente para realizar as obras de duplicação E também pagar pelas desapropriações.
2. A Lei Municipal, para resolver o problema deu aos proprietários de Casas na Paulista que doassem 10 metros de frente de seus terrenos, o Direito de construir 6 vezes a área do terreno.
2.1. Em São Paulo o direito então era o de construir 4 vezes a área do terreno.
2.2. A Lei, assim, tornou extremamente atraente derrubar a casa para construir Edifício no lugar.
3. Nem todas as fotos são anteriores a essa Lei Municipal.
3.1. A maioria das fotos é posterior. E assim o muro do terreno Pós-Doação de 10 metros de frente fica bem próximo à casa.
3.2. Se olharem a Casa das Rosas, que pertenceu a Ernesto Dias de Castro, perceberão que o terreno de frente que aparece nas fotos é muito mais longo do que na atualidade, Pós-Duplicação da Paulista.
3.3. Uma correção: a Casa das Rosas é de 1935, não 1930.
3.3.1. Ramos de Azevedo, sogro de Ernesto Dias de Castro, havia desenhado para essa casa uma moradia em estilo Fiorentino. Tive o “Bico de Pena” em mãos. Mas Ernesto Dias de Castro optou por outro desenho, na verdade sem estilo claro: a Casa das Rosas apresenta uma mistura de Clássico, Neo-Clássico e Estilo 3º Império Napoleônico.
Obrigada, sr. Geraldo Faco Vidigal, por transmitir seu conhecimento sobre o assunto
Acho que entao foi por isso que a casa da minha avó perdeu o jaridm. Tem muito sentido. Foi nessa duplicação que começou em 1968, não foi isso? Me lembro bem eu era pequena mas lembro muito bem. abs
Eu passava pela avenida Paulista 2×2 vezes por semana, indo do Bosque da Saúde até a avenida Higienopolis nos anos de 1965 até fim de 69 , caminho para a Cultura Inglesa! Como ia de ônibus e ja na época o trânsito era lento , eu ia observando cada casa antiga , e me lembro bem de algumas das fotos !
Saudades dessa época, quando a beleza podia ser exposta !
Anos 80 inicio de uma era muito materialista: todos acham que devem ter as mesmas coisas, não podem apreciar algo belo sem cobiçar e roubar !
Por isso a necessidade de se construir “gaiolas de luxo” , e a gente so pode ver muros e grades …
Parabens pelo seu testemunho!
Lindos, com um charme ímpar, vendo estas fotos fico imaginando o que teria por trás de cada porta e janela.
Cresci andando por ali pois na década de 70 ainda existiam alguns por lá e conforme eles foram sendo derrubados era muito doído mas pior dor era ver os que ficaram abandonados e que foram caindo aos pedaços…
Sou de Jundiaii, minha filha mora em SP, eram belíssimos os casarões pelas fotos que vemos hoje, amo casarões, gosto de andar pela Paulista e ficar imaginando como seriam se ainda estivessem ali.Li o livro de Zélia Gatae, onde ela conta um pouco dessa época, inclusive andavam pela Paulista carruagem com cavalos…….me apaixonei….devia ser muito bom
Parabéns pela postagem Douglas !!
Entre 1987 e 1990 eu passava pela Paulista de ônibus (Ana Rosa-Pq. Edu Chaves) a caminho da Casa Verde, e não cansava de admirar os casarões que ainda haviam resistido. Era a época em que ainda tinham shows do Plataforma I do Sargentelli e eu sonhava em assisti-los quando completasse 18 anos. Os cinemas da Av. Paulista eram disputadíssimos.
Ainda resistiam, a Casa das Rosas (que ainda não tinha esse nome); os casarões do começo da Paulista; a Mansão Matarazzo; o enorme sobrado de linhas modernas, com paínéis em pastilhas no nº 1.337 (em frente ao antigo Banco Real); o maravilhoso edifíco Dumont-Adams; o palacete onde funciona o Bank Boston e aquele que abrigou o Banco Real e o Mc Donald’s (próximo ao Edifício Gazeta); o Franco de Mello; e o casarão que ficava na esquina da Consolação.
Ainda me lembro das demolições de 84, com destaque para o Josephina Lotaif, pois meu pai fez questão de passar de carro comigo na avenida e comentar que aquilo era um crime contra a história da cidade.
Me recordo com enorme tristeza da demolição da Mansão Matarazzo e do palacete da esquina da Consolação. Severamente indignado fiquei com a demolição dos casarões próximos da Leoncio de Carvalho e da Teixeira da Silva.
Mas fiquei furioso mesmo com a declaração da Sra. Marly Lemos, da Ass. Paulista Viva, que disse que a mansão era apenas um “caixote”.
A casa era maravilhosa. Com painéis artisticos feitos com pastilhas e outros detalhes maravilhosos presentes na casas de alto padrão da década de 60. Inclusive todo a mobília era da década de 60.
Triste!!
Tomara que o Palacete Flavio de Mello e os outros três remanescentes não tenham o mesmo destino.
A responsabilidade é do governo que nunca ampliou a infraestrutura precionando os lugares com infra existente.
Viajo em cada detalhe de suas fotos,parabéns pelo belo trabalho,onde podemos conhecer um pouco mais das maravilhas desta cidade.
Poderia estar como o bairro do Prado, ou como bairros chiques. Mas, provavelmente, estaria estagnada, presa a um passado que não lhe daria função alguma, a não ser uma “vitrine museu”.
EM 1960 eu conheci de perto esses palacetes maravilhoso os quais me enxiam os olhos de alegria pela bela arquitetura Eterno e só nosso PAI DEUS
Cheguei a pegar uma época onde havia ainda muitos casarões. A Paulista e também os arredores (Higienópolis, Jardins) eram prazerosos de se passear. Boas recordações de minha infância e de uma época que não volta mais. Infelizmente o descaso com a tradição arquitetônica e com o patrimônio é uma questão cultural, e não político-ideológica como alguns querem acreditar.
Linda e saudosa matéria. !!!
Eu vi a transformacao ,estudava na EScola Rodrigues Alves no final da Paulista no 1970 qdo fui morar em Sp meu pai moro na avenida nos 30 na casa onde foi depois o Instituto Pasteur quase na esquina da Rua Maria Figueiredo , eu conheci quase a maioria dessas casa erao lindas verdadeira mansoes , pena que nao sobrou quase nenhuma .
Av. Paulista, eu a conheci ainda criança, vi praticamente todos os casarões remanescentes desde o fim dos anos 50,andei de bonde (Bonde Pinheiros) que cruzava a Paulista e seguia até a Teodoro Sampaio, acompanhei a evolução dessa gloriosa avenida até 1996, vi sua transformação na Wall Street brasileira.Hoje eu acompanho a sua vocação de palco das manifestações, festejos, comemorações, que foram do Anhangabau e da Av; Tiradentes. Essa predestinada Avenida vai continuar sendo o mar;co das transformações Paulistanas;
Deixando em nossas lembranças e nos quardados de suas edificações a memoria desta cidade “que não pode parar”
Sou de Ribeirão Preto e estava em São Paulo quando a Mansão Matarazzo foi criminosamente demolida, um absurdo sem tamanho! A esperança que resta é que os casarões remanescentes tenham um bom futuro e sejam preservados e restaurados, principalmente o Palacete Franco de Mello!
Douglas, parabéns pelo trabalho gosto muito do SP Antiga!!!
Maravilhas efêmeras,espero que vc consiga segurar a av brasil contando c a ajuda dos seus leitores,abraço
Parabéns pela reportagem Douglas.
Moro há 50 anos no 347 da Paulista e vi com tristeza muitos casarões irem embora sem razão alguma além da grana , espero que algo ainda possa ser lembrado sempre com carinho que outros entendam que memoria é coisa boa que deve ser preservada com objetos sejam eles grandes(casarões) ou pequenos(moedas).Parabéns pela reportagem
Vc é a Maca, filha da dona Rosary e mãe da Tais, Amanda e Helinho? Eu sou a Fátima que estudou com vc no Objetivo e batizou seus filho. Perdemos o contato faz tempo, mas sempre penso em vocês com muito carinho e saudades. Informe seu telefone, quero muito ter notícias de vocês.
Você reencontrou a amiga Maca?
Infelizmente,preservar a memoria neste país,…………..ninguem pensou,em deixar uma zinha sequer?Ao menos temos fotografias,né?Será q já havia o EI por aqui!?
Senhor Nelson Azevedo Marques,o prédio em que hoje funciona o Instituto Pasteur de São Paulo foi construido em 1896 para ser uma casa de saúde de propriedade de quatro médicos italianos e posteriormente vendido ao grupo que fundou o Instituto em 1903. A casa da família Azevedo Marques era vizinha ao prédio e construida nos anos de 1920. Eu tenho uma foto desta casa ao lado do Instituto Pasteur.
Maria Regina Cardoso Sandoval, que tal você ceder uma cópia da foto dos Azevedo Marques ao Nascimento? Talvez ele ainda possa incluí-la aquí.
Eu me lembro bem das belezas da nossa Av. Paulista. Onde hoje é o Prédio da Gazeta ficava uma belíssima mansão, ela não foi construída no centro do terreno, ficava meio de lado e a lateral era um jardim imenso. Essa construçao parecia um castelo, era linda! Acho que era da família´Cintra. .Será que não fotografaram o conjunto, antes de demoli-la ?
Na esquina da Av. Paulista com a r. Teixeira da Silva. , foi demolido ,às pressas, um palacete muito bonito. Deixaram as ruínas pela metade, Numa das paredes que restavam, alguem escreveu: O PROGRESSO, QUE DESTRÓI COISAS BELAS …- trecho duma canção do Caetano Veloso. Esta frase ficou lá por um bom tempo, até que findaram por construir um prédio no local.
Será que quem escreveu aquela frase ainda está vivo ? Bem que , se encontrado mereceria uma reportagem ! Fica a sugestão.
A Casa das Rosas se chama assim porque, ao lado da mansão ficava um roseiral imenso ,e muito bem cultivado- – só rosas ! Hoje ainda restam algumas…..
Será que haveria verba para conservar tudo isso ? As construções se deterioram, precisam de constantes restaurações . Haja à vista, o Museu do Ipiranga, não teve uma conservação boa , agora vai custar uma fortuna sua restauração e vai levar alguns anos para ficar pronto.
Em Porto Alegre, no bairro Moinhos de Vento, tradicional de lá , optaram por
deixar as fachadas das mansões antigas de pé , e atrás constroem os imóveis modernos. Fica bem bonito e interssante e preserva uma parte da memória da Cidade..`P
[Parabens DouglaNascimento, pela iniciativa deste belo trabalho !
Arany, a frase, ao lado do desenho de uma banheira era “da força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Verso de Sampa, de Caetano. Legal (e triste) que você se recorde. Eu tirei foto. Quando for a São Paulo procurarei por ela.
LINDOS CASARÔES ,É TRISTE VC VER A DEMOLIÇÃO DESSA ARQUITETURA MARAVILHOSA.ELES REPRESENTAM O CRESCIMENTO ECONÔMICO E CULTURAL DE S.PAULO NO COMEÇO DO SÉCULO 20.É TRISTE VC VER O DESCASO DOS NOSSOS GOVERNANTES EM NÃO CONSERVAR O NOSSO PATRIMÔNIO.CADA CASARÂO TEM LINDAS LEMBRANÇAS E MUITAS HISTÓRIAS.SAUDADES.
EU NASCI E MOREI POR MUITO TEMPO NUM CASARÂO NO INTERIOR DE S,PAULO. ELE FOI CONSTRUÍDO PELO MEU AVÔ,IMIGRANTE ÁRABE,SÍRIO -LIBANÊS.A CIDADE É ITAPEVA, AINDA BEM QUE ELE ESTÁ CONSERVADO .NÃO FOI DEMOLIDO.É A SEDE DA UNIMED PAULISTANA;PARABÉNS A ESSA INSTITUIÇÂO QUE SOUBE VALORIZAR ESSE PATRIMÔNIO,SAUDADES.
Parabéns pela matéria e pelas fotos, infelizmente o progresso acaba destruindo não só os casarões, mas a história que graças a jornalista como você e historiadores resgatam essa memoria.
Vou deixar aqui meu testemunho. nesta lista acrescento 2 casarões esquecidos. Onde hoje é área do Metro. Esquina da Consolação com a Paulista. Na esquina era o Casarão da Família Camasmie, que para mim é uma lenda não conheço a historia, já conheci abandonado, minha avó nunca me contou sobre eles, e ao lado era de meus avós. Tenho muitas recordações. Minha avó recebeu várias propostas de venda da casa porém sempre disse que só sairia quando morresse e assim foi até 1985. Assisti ao alargamento da Avenida paulista, a construção do Túnel, a destruição do Jardim da minha avo com o alargamento. Em 1968 estava em andamento este alargamento da Avenida. Quem conheceu a Avenida nos anos 70 e 80 entende o que estou falando. Um dia resolvemos passear nessa area e as árvores da minha avó ainda existem. Meu Avô, judeu alemao, veio para o Brasil em meados de 1890 enviado por uma empresa a qual ele trabalhava e aqui se estabeleceu com uma Tipobrafia, resumindo a história ele se casou com minha avó também judia alemã e a trouxe para o Brasil. E construiu a casa da Avenida Paulista, meu avô morreu em 1933, minha mãe e sua irmã nasceram nessa casa. A Avenida Paulista hoje, não é a que conheci nas décadas de 70, 80. Imagino o que minha avó pensaria se ela visse no que ela se transformou.
Voltando a 1985, quando do falecimento da minha avó. Tanto o Casarão da minha avó quanto do Camasmie foram desapropriados para construção do Metro.
Do outro lado era o Casarao de Eloy Chaves. Acho que tudo isso sao memorias que devem ser resgatadas.
abraços Sandra
PS Douglas voce ainda tem as fotos que te enviei? gostaria que as fotos dessa esquina fossem postadas.
A minha avo trabalhou na avenida Paulista nos anos 1930-1940 para uma familia Judea que tinha uma fabrica de tecidos. A minha avo Cecilia Pires trabalhou para a familia a tomar conta das criancas e a limpar o casarao.
A minha avo sempre me contava sobre uma grande mangeira detraz do casarao. Eu estava a pensar que a senhora Sandra Rocha da Cruz era uma das criancas que ela tomava conta. Soa Baba.
Quando foi a Sao Paulo eu andei a ver se encontrava o lugar da Mansao.
Ela adorava trabalhar para aquela familia.
Oi Maria
Legal sua história. Eu sou de 1959 e não morava em Sao Paulo com minha avó. Ela tinha uma pessoa que quando eu vinha para cá ela cuidava de mim, chamava Ivone e tinha uma cozinheira que era um casal o marido dela tinha uma carrocinha de doces. Eram Rosa e Adolfo os dois morreram em casa Branca. E a Ivone sumiu nunca mais soubemos dela nem lembro por que ela saiu da casa da minha avó.
Será que o tal Ruy Ohtake é japonês com descendência de português??, pois se ele não tivesse aberto a boca provavelmente os casarões estariam de pé até hoje.
Sempre há essa pergunta a ser feita – o que é mais interessante no momento: o melhor aproveitamento econômico do solo da cidade ou manter o que é de interesse cultural? Acho que a resposta é muito relativa.
Pode ter sido, sim, pura inocência de um arquiteto sem muita experiência com administração pública, mas não duvido que a informação teria sido vazada de propósito. Talvez a idéia fosse mesmo dar um aviso “olha, estamos tombando os imóveis mas não terminamos, e aí?”. A prefeitura também era interessada em adensar a avenida via tributação. E até pela questão urbana: a Paulista passou a ser um dos grandes centros financeiros e empresariais de SP exatamente naquela época, algo que não aconteceria tão intensamente se os palacetes antigos ainda estivessem ocupando seus terrenos. Acho possível que Ohtake concordasse com essa visão, como bom modernista que era.
o engraçado é que Ohtake agora está do outro lado da questão, pois uma de suas melhores obras (a casa Paulo Bittencourt Fº, no Jardim Luzitânia), está sendo ameaçada de demolição.
Não sou a favor de tombamentos, se o governo quiser tombar que tombe o que é seu ou então que de ao proprietário a opção da indenização pelo valor de mercado.
Esse negócio de tombamento é ruim para o dono do imóvel, que vê seu patrimônio se deteriorar com o tempo, e a manutenção, já que nada pode ser mudado tem que ser a restauração, que é muito, mas muito mais cara. O governo que tombou deveria ao menos ser responsável por isso. Como não é, aliás o governo não é responsável por nada, esses imóveis são moradia de insetos, ratos, são imundos, fétidos, instalação hidráulica mal funciona e a elétrica totalmente fora dos padrões de segurança. Resumindo, um lixo.
Esse é o motivo de vermos tantos imóveis tombados em ruínas, talvez os donos estejam só esperando que caiam.
Quer dizer a pessoa possui um terreno que vale milhões e não pode fazer nada. Isso não me parece justo, até porque quando o governo quer ele joga no chão prédios muito bonitos, só para fazer estacionamento.
Ex. Palácio Monroe no RJ.
O que acontece na prática é que o dono do imóvel fica apenas como fiel depositário do bem.
Sou contra e pronto, essa é a minha opinião. Quem quiser lembrar que veja as fotos.
E que comece o mi mi mi .
começarei o mimimi dizendo que concordo com você em grande parte.
Mas acho que a idéia neoliberal de que qualquer um faz o que bem lhe der na telha dentro de sua propriedade é altamente desastrosa. Tudo aquilo que você constrói no seu lote vai afetar a todos que estão ao redor. A paisagem urbana é um bem público. Não deve ser escolha sua preservar ou não a casa onde você está morando.
Acho que a preservação física da memória deve ser feita com MUITO critério. Por outro lado, acho que não promover nenhum tipo de preservação e ir tratorando tudo conforme o gosto do freguês é algo muito simbólico do nosso parco nível cultural.
Concordo plenamente! Grande parte das famílias que eram donas desses casarões já haviam falido na década de 80, logo, precisavam do dinheiro advindo da venda desses imóveis/terrenos. Se o governo quer preservar, que pague o valor de mercado e compre o local. E esse negócio de que paisagem urbana é bem público, só vale da porta pra fora. Bem privado é bem privado. Se eu construí, tenho o direito de destruir.
Tem lógica seu comentário.
Fui a São Paulo a compras e amei passear na Paulista e me deparar com o casarão Palacete Franco de Melo! Era de noite, parei e fiquei ali por quase uma hora adimirando! Tirei fotos, achei muito lindo! Tenho verdadeira admiração por esses casarões antigos! Será que existem mais deles por lá? E será que tem como podermos conhece-los por dentro? Seria meu sonho realizado! Muito muito lindo isso!!!
Enquanto isso o Rio de Janeiro tenta em vão reconstruir o Palácio Monroe .
São Paulo podia recontruir alguns edifícios taí um sonho impossível.
Gostei muito do post e da discussão aqui nos comentários, mas gostaria de levantar a reflexão de que não adianta mais lamentar a demolição pois já foi feita, o que podemos nos focar é na preservação da memória para o futuro, e acredito que a Av. Paulista se beneficiaria muito de um museu (de qualidade) que pudesse contar todos esses detalhes da história dos casarões da avenida.
O Opera House de Paris possui uma maquete maravilhosa de como era os arredores de Paris no século XIX. O Louvre tem uma parte dedicada exclusivamente a história e evolução da edificação do museu ao longo dos séculos, com maquetes e material interativo.
Seria lindo unir todas as histórias contadas aqui com realidade virtual, maquetes e material organizado para descrever a vida na Av. paulista há 100 atrás.
Isso é algo possível de ser feito e seria uma atrativo turístico enorme. Quem sabe né?
Um abraço a todos!
Morei em São Paulo até meus 25anos e me lembro de todos esses casarões! Tenho muita saudade da Av. Paulista dessa época; era muito linda! No Brasil nada é preservado; a história é destruida sem pena alguma! Que lástima, pela falta de cultura1
Deram há uns anos atrás como concluída a restauração da Casa das Rosas: eu discordo porque está bem a olhos vistos parte ausente do gradil do ponto mais alto da mansarda (onde há as duas sacadas perpendiculares) e o mesmo se diz dos ornamentos das janelas quadradas. Para quem olha a parte externa da porta da cozinha, que é em ferro, percebe que esta se encontra parcialmente corroída. Tenho fotos tiradas no ano passado neste local que confirmam estes fatos. Alguém se interessa de receber por e-mail?
Parabéns pelo lindo trabalho de vocês, fico emocionada em ver que tem pessoas que se importam ainda com a
Preservação da História.
Lindos casarões, que pena que tenham sido demolidos !!!! Nossa não pensaram no tesouro que eles estavam detonando??? ficam as lembranças apenas.
Chorei ,quando vi o Palacete Salem ,casa de meu avo ,indo abaixo . Passei com meus primos os melhores momentos de minha infância e juventude . Após a morte de meu avo ,a família decidiu vender o Palacete a Fiesp .
A Familia e a Fiesp foram ao Prefeito e a Camara dos vereadores ,implorar pela manutenção desta verdadeira OBRA de ARTE . Tudo veio de navio de Paris ,inclusive os artesãos . O objetivo era manter o Palacete e autorizar a construção do Edificio sede da Fiesp nos fundos ,permitindo a elevação do gabarito. A falta de CULTURA dos dirigentes Municipais não permitiram a elevação do gabarito do Edificio ,e la se foi um PATRIMONIO HISTORICO – pobre Brasil . Choro ate hoje .
Vi vir abaixo a casa da família Matarazzo… Lembro que dias antes eu estava em uma festa de final de ano em um apartamento no prédio em frente e comentei com amigos “o que são aquelas mangueiras gigantes que estão ali no telhado?”
Chovia muito na data e dias depois, a casa caiu. 🙁
Se as mangueiras tinham alguma coisa a ver com isso, ou não…nunca soube.
BRINQUEI MUITO NO CASARÃO DOS SAMPAIO MOREIRA NA ESQUINA DA RUA MARIA FIGUEIREDO, UM DOS QUE RESISTIRAM MAS QUE COM O VAZAMENTO DO TOMBAMENTO FOI DESTRUIDO.
Eu sempre passava de ônibus pela Paulista entre 1973 e 1974, admirando os palacetes. O meu favorito tinha a cerca da frente forrada de azaleias que faziam sua florada espetacular no inverno. Era uma casa tão linda! Eu me imaginava morando lá. Nos anos 80, quando houve aquela demolição em massa, a “minha casa” foi uma das que pereceram. Nunca vi nenhuma foto dela. Que pena!
Olá Linda que seria a Avenida paulista com pelo menos metade desses casarões preservados Uma curiosidade Os materiais tipo , mármores , , vitrais , e madeiras de lei foram reutilizados ou chegaram a ser ?
Um sonho, acordamos e a realidade nos mostra o quanto perdemos
ONDE ESTA A DO CONDE MATARAZZO? E O QUE HOJE O CLUBE HOMENS.
São 10 casarões, não são todos..
O do Matarazzo tem um artigo só dele, basta digitar “Matarazzo” no campo de busca do lado direito.
Tem algum email que eu possa entrar em contato? O meu michelleprrosa@hotmail.com
Olá Michelle, é só clicar em fale conosco lá no topo do site que a mensagem chega diretamente a mim. Abraços
Sou de São Paulo e trabalhei/morei na Paulista…estudei no São Bento e amo toda essa história rica da cidade….e ao vir morar em Montevideu, justamente me apaixonei pelo Prado onde moro atualmente. Não me canso de admirar os casarões antigos bem e mal conservados e sentir saudade de Sampa. Belo blog!!!
Que dor no coaração.
A paulista era muito mais bonita!
Magnifica as fotos dos casarões da Paulista, me recordo de vários que hoje já não existem…me lembro que fiquei surpreso quando o Casarão de Josephina Lotaif foi totalmente restaurado, porem de repente, da noite pro dia suas janelas foram retiradas e demolido em poucos dias. Me lembro também da mansão Matarazzo que na calada da noite foi literalmente bombardeado, pela manhã ainda tinha fumaça saindo das janelas…lembro também de dois casarões idênticos que ficavam próximo da Av. Brigadeiro Luis Antonio…nunca vi fotos posteriores deles…enfim vi tudo cair no fim dos anos 70 e ao longo dos anos 80…fico imaginando que maravilha seria se esses casarões, verdadeiras obras de arte estivessem de pé, apresentando a história de São Paulo pra turistas e as gerações que chegam.Quanto arte e historia destruída como num bombardeio de guerra…tantas casas construidas com estilos diversos, materiais raros pra época, mármores importados, espelhos, bronzes, madeiras de lei… Poderiam ter sido mantidos como centros culturais, museus, clinicas médicas, livrarias, restaurantes, hotéis etc. Mas não, como dizia a frase pichada nos escombros de um casarão na época, “A força da grana que constrói e destrói coisas belas”. Infelizmente tenho certeza que os poucos restantes não terão longa vida…Enfin
Como Arquiteta só tenho a lamentar.
Quando criança entrei no casarão que existia onde hoje é o Centro Cultural ITAÚ, Uma casa deslumbrante que pertencia a família de um dos melhores amigos do meu irmão.
Imaginem só um Centro Cultural erguido sobre um Patrimônio Arquitetônico destruído. Ironia do destino.
O que levou essas pessoas a destruir casas de sonho, sim, porque ali estavam representados os sonhos de Proprietários e Construtores.
Precisamos pensar, que antigamente, os valores pagos por imóveis tombados ou desapropriados mal dava para os proprietários adquirirem outro nos mesmos moldes. Isso aconteceu duas vezes com meu avô.
Além disso nós Brasileiros, sim todos nós, de todas as classes sociais,monetárias e partidárias precisamos rever conceitos de como preservar nossa História e de como esses imóveis poderão continuar em pé com IPTUs sem noção.
Onde hoje é o Shopping Paulista, antigamente ficava a norteamericana Sears, construída em 1949. Na outra ponta, próximo à avenida da Consolação, ficava a Maison Madame Rosita, pertinho do belo palacete na esquina da Consolação. Resistente, foi demolida em 1993, onde hoje está o America..
É de cortar o coração, passava muitas vezes na Paulista na década de 80 e vi algumas desses casarões ir a baixo… que tristeza que me dava de ver tamanha maldade…
Embora saudosista, não sou adepto do atraso, mas acho que nada justifica a demolição gananciosa de nossa história. Infelizmente, a ação predatória dos “grandes” tocadores de obra que “amam São Paulo” sempre fala mais alto e vamos nos sufocando num mar de concreto.
Fantástico!!!
MUITO TRISTE ISSO , SÃO PAULO PERDEU SUA REFERENCIA E HISTÓRIA , BELAS MANSÕES , DERRUBADA PELA GANANCIA DO DINHEIRO . DE QUE VALE DINHEIRO , SE NÃO TEMOS MEMORIAS ?
Douglas, estou interessado na primeira foto da av. paulista com o bondinho – década 1910. você tem uma foto maior ou esta foto tem publicado em algum livro?
Passo pela paulista todos os dias , e fico imaginando como ela era. Infelizmente o homem acaba cm tudo sabemos que o progresso é preciso . Mais preservar também pois é um passado de glórias
E o Palacete Franco de Melo abandonado a anos. Isso é uma vergonha das instituições públicas e privadas.
Fui trabalhar na Paulista em 1966, Edifício Numa de Oliveira 1009, esquina com a campinas. Ainda existia um casarão, ao lado do edificio onde minha avó trabalhou.
Gostaria muito de saber o nome dos proprietários e se têm alguma foto. Boa noite.
Só tenho a lamentar essas obras de arte não mais existirem. Isso demonstra que a não preservação de nossa história já vem sendo decepada a muito tempo, não é privilégio do séc. 21
Só sinto tristeza!
Trabalho maravilhoso !
Maravilha….cheguei a São Paulo em 1974…vi alguns ainda em pé….dos Matarazzo muito lindo…eu trabalha do lado da Gazeta….eram realmente maravilhosos. Saudades.
Ameiiiiiiii…..
Infelizmente vi esses casarões virem abaixo, depois do pronunciamento do diretor do IPHAN. Trabalhava na Paulista, n° 1106, ao lado da casa dos Matarazzo e, tendo em frente, o
casarão da família Bonfliglioli ( onde hoje está o prédio do Citibank).
A demolição dos casarões foi feita durante a noite. Ao chegarmos para o trabalho na manhã seguinte, parecia que a avenida havia sido bombardeada, tamanha era a destruição dos casarões, muitos deles com móveis, cortinas, lustres em meio aos destroços, um desastre!
Muito interessante a matéria. Geraldo Facó Vidigal esclareceu muito bem sobre o problema das demolições com seus comentários. Saudades da Avenida Paulista nos anos 1970 e 1980, quando tinha menos prédios. Na década de 1970, eu fazia bastante esse caminho com meu pai, para nos dirigirmos a Cotia. Uma pena que a preservação do patrimônio arquitetônico jamais tenha sido prioridade do poder público, pois não se importaram com ele para duplicar a largura da avenida. Os ricos e bem nascidos foram deixando a Paulista, e se deslocando para outras regiões dos Jardins, e também para perto do Parque do Ibirapuera e Moema, sobretudo Vila Nova Conceição, regiões consideradas super glamurosas. Imóveis, em geral, nesses bairros são caríssimos. A Paulista se tornou eminentemente comercial, com poucos prédios residenciais. O que esperar de São Paulo, “a cidade que não para de crescer”?
Pemsativa e com um certo banzo. Pensar que a especulação imobiliária sempre fala mais alto. Basta ver o centro histórico de São Luís, Salvador… basta ver o q restou do casario histórico de BH.
Uma pena os casarões serem demolidos, poderiam ser os cartões postais da cidade. Ainda bem que ainda existe por lá a Casa das Rosas e o Palacete Franco de Melo…
Sim eu me recordo, havia um certo Ramalho que fazia a demolição de madrugada.
Morei em Sao Paulo nos anos 60 e tenho belas lembrancas da Ave. Paulista, especialmente do restaurante chines Kinkon que ocupava um casarao. Adorei estas fotos para matar saudades.
Possuo uma porta entalhada que segundo seu antigo proprietario ela foi adquirida em leilao, cujo valor desconheço. Foi segundo ele de um castelo no centro de São Paulo onde existia uma agencia bancaria e esta fechava o acesso à sala do cofre.
Gostaria de poder lhes enviar fotos dela para que fosse feita uma avaliação e quem sabe até descobrir sua procedencia.
Ela esta guardada comigo a cerca de 35 anos da forma como a recebi.
Eu lembro de um casarão na av. Paulista, esquina com a rua Teixeira da Silva. Uma grande parte foi demolida demolida na década de 70, quando a av. Paulista foi duplicada.
Lembro muito bem a Avenida Paulista com os casarões e o bonde passando no meio dela, como se fosse a ilha que dividia a avenida, lembro de um casarão, esquina com a Eugenio de lima que o proprietário colecionava carros, isso nos anos 60 , e eu como sempre gostei e tive carros antigos, sempre que passava pela Paulista ía nessa casa admirar os carros, saudades de um tempo que não volta mais, sorte que temos um cérebro.
Enquanto nos países da Europa eles preservam as história, aqui no Brasil eles demolem. Colocam por chão abaixo. País sem história.
Os casarões poderiam ter sido preservados e os prédios poderiam ter sido construídos atrás das casas, como aconteceu com a própria Casa das Rosas e mais uma outras que tem na avenida. Teria ficado uma avenida bem mais interessante e turística.
Conheci a Sra. Josephina Orbe Lotaif e seu filho Valter Lotaif (ambos falecidos). Donos do palacete, da indústria tecelagem Eliana, que ficava ali na Rua Independência, no bairro do Cambuci, de frente para a gráfica Lastri S/A, que também existem boas histórias e intrigas dessa outra família..
A Josephina era tão influente e rica, que quase que comandava o consulado da República do Líbano. Era ela quem fazia boa parte das recepções de empresários estrangeiros. E era tão mão de ferro, que deserdou um dos filhos só por ter se casado com uma brasileira.
a 10 anos passeando pelo recem inalgurado Parque Mario Covas, encontrei uma peça de ladrilho que pertenceu a Vila Fortunata, os seguranças para o qual entreguei simplesmente o jogaram no meio do jardim como se fosse lixo. eu entrei no jardim e o levei embora, o tenho até hoje. é em formato exagonal com linhas azuis, simples e bonito.
Na década de 1970 precisamente em 1978 eu tinha 3 anos de idade e me lembro de duas mansões que faziam vizinhança com o meu prédio que ficava na rua maria figueiredo.
A prova de que não somos um povo civilizado é o desprezo pelo passado e pior, por motivos monetários, o único que desenvolvemos, pior ainda, vindo de quem menos se esperava, as elites. Realmente, somos mesmo uma sub-raça!
Boa tarde, e sobre o casarão q ficava ao lado do edifício de número 1345 da avenida Paulista? Vejo os restos de o que se parece um desenho de uma fonte do jardim na parede lateral direita… e o terreno está lá, sem nenhuma utilidade…. Que dó ver o q sobrou dessa fonte…..
Pois é, Celia. Eu admirava demais esse remanescente no coração da Paulista. Durante uns 3 anos eu ia muito ao prédio do JEF ao lado do terreno.
De lá de cima, podia ver todos os detalhes da construção.
Há alguns anos atrás, começaram a demolir a casa em um final de semana. Até tentaram brecar, mas não teve jeito.
A construção já estava compremetida.
Se não me falhe a memória, a demolição aconteceu na gestão Haddad e a responsável pelo CONPRESP/DPH afirmou que o imóvel não tinha valor histórico, o que era uma idiotice face ao valor arquitetônico da construção.
Eu lembro que a Soteby’s foi responsável por negociar o imóvel, mas tentaram por vários anos sem sucesso. Tentaram alugar também.
Até hoje o terreno está lá, vazio.
Mas eu tenho quase certeza que a demolição teve relação com o IPTU. Para os donos é melhor demolir, do que pagar um absurdo pela área construída.
Quem perdeu foi a memória arquitetônica da cidade. Um crime!
Que tristeza…. Não existe nenhuma foto dele???