Edíficio – Rua Florêncio de Abreu, 427

Uma das ruas com mais imóveis catalogados aqui no São Paulo Antiga é a Florêncio de Abreu. Esta importante via da região central paulista é um dos endereços mais antigos da cidade e possui um grande número de construções antigas. A maioria delas, felizmente, tombadas e preservadas.

Neste artigo apresento mais uma destas construções, um belo edifício do início do século 20 cuja tratetória foi sempre ligada, até pouco tempo, atrás ao ramo hoteleiro.

clique na foto para ampliar

Localizado no numero 427 da Rua Florêncio de Abreu, este pequeno edifício de dois andares sempre foi hotel, sendo inicialmente conhecido como Hotel Trianon. Posteriormente, na década de 1960, passou a ser chamado de Hotel Mundial. Já nos anos 2000 até recentemente era chamado de Pam Americano (sim, como M mesmo… vá entender).

Nos últimos dois anos tenho a impressão de que a atividade hoteleira sessou por ali. A porta de vidro com o nome “Pam” Americano foi removida um e um cartaz de lanchonete e foi afixado na entrada, aparentemente está funcionando um restaurante no primeiro piso.

Vista do edifício e parte da Rua Florêncio de Abreu (clique para ampliar)

Ao menos no que tange à fachada do prédio, pode-se dizer que encontra-se bem preservado. Encontramos alguns detalhes no canto superior direito que podem ser facilmente resolvidos e pintura diferente dos dois pontos comercias do térreo que tiram um pouco da harmonia visual.

Sobre a propriedade do antigo edifício, verificamos que ao menos desde o início dos anos 2000 ele está em nome de um empresário chinês. Aliás é interessante observar a planilha de IPTU do centro de São Paulo para notar como chineses estão adquirindo inúmeros imóveis na região.

Ao lado do antigo hotel encontra-se um outro imóvel muito interessante da Florêncio de Abreu: o Palacete Barros, cuja história já contamos por aqui.

Estes hotéis antigos eram conhecidos por ter apenas um único banheiro por andar, que era compartilhado com todos os hóspedes daquele piso. Muitos edifícios do centro antigo de São Paulo são assim até hoje.

Veja mais fotos (clique na miniatura para ampliar):

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2 respostas

  1. Com relação aos investimentos dos chineses na região abordada, eu observo que a cidade continua atraindo muitos empreendedores. No caso aí, são os chineses. Mas coreanos e outros povos “da Linha do Equador para cima”, constuam vir para São Paulo com recursos tais, que lhes permitem esses investimentos. É claro que o resultado de seu trabalho também aparece. Deve aparecer! Porém, outros povos menos abastados, por assim dizer, ao virem para cá, continuam trabalhando como empregados e, portanto, sem maiores recursos. E sem propriedades, consequentemente. Como exemplo, eu aponto os bolivianos que trabalham nas oficinas de costura justamente para chineses e coreanos. É só uma observação.

  2. Interessante notar que enquanto as varandas do 1o andar sao convencionais, as do ultimo ou segundo andar sao Varandas Julieta.

    Eu suspeito que as varandas do andar inferior foram alteradas, o que arruinou o conjunto da fachada. O tipo de varanda do andar inferior e convenicional, e pre fabricada, ao passo que as varandas do andar superior sao em ferro trabalhado.

    Com relacao aos Chineses, ate agora nao vi nenhum que tenha transgredido ou descaracterizado reformas. Portanto sao benvindos. Se eles tomam especial interesse pela Florencio, ainda que por fins de exploracao do espaco, porem mantem as edificacoes como devem ser conservadas, e justo que se faca o reconhecimento de sua contribuicao.

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