Residências – Rua Teixeira Leite 247 a 257

O tempo pode ser bastante cruel para construções antigas, especialmente aquelas que por alguma razão acabam por perder sua destinação, seja como residência, comércio ou qualquer outro fim.

É o caso destes sobrados geminados localizados nos números 247 a 257 da Rua Teixeira Leite, no bairro da Liberdade, em uma região que é costumeiramente chamada de “Baixada do Glicério”.

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Construídos em 1949 trata-se de dois sobrados geminados que comportam quatro residências, sendo duas no térreo e duas no andar superior. Antigamente era muito comum maximizar a ocupação do lote desta maneira, apesar do lado negativo de que as casas do piso térreo construídas nessas condições tendem a ser pouco favorecidas de iluminação natural.

Estas casas eram habitadas até o ano de 2018 quando foram fechadas e emparedadas. As casas vizinhas, tanto à esquerda quanto à direita, também foram desocupadas o que pode indicar que a área pode estar sendo alvo de aquisição por alguma incorporadora.

A “Baixada do Glicério” vem recebendo novos empreendimentos nos últimos anos, como a área do antigo Cine Itapura que deu lugar a um condomínio residencial.

De acordo com a base dados do IPTU do município de São Paulo estes sobrados pertencem à Hortensia Neves Baré, que possui outros imóveis antigos interessantes na região da Rua dos Estudantes. Nascida em 1922 ela é filha do Dr. Francisco de Paula Neves, médico que também foi célebre jornalista nos jornais A Gazeta e Diário Popular, tendo ele falecido em 23 de setembro de 1958.

Será que estas casas sobrevivem ou logo virão abaixo ? Opine.

*1 – A consulta aos dados do IPTU é pública, podendo ser feita por qualquer cidadão.

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O prédio tem uma construção bastante sólida, tem uma arquitetura simples e agradável e se reformado poderia voltar a ser um prédio de apartamentos residencial.

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Respostas de 17

  1. Na regiao do Glicerio ha apenas 1-2 ruas que detem concentracao de moradias tipicas pre guerra. Certamente ira abaixoi.
    A Parte baixa inunda com entupimento de galerias, e o metro quadrado barato e o que empreendedores procuram para levantar apartamentos populares em programas patrocinados pela Caixa, Prefeitura, Estado.

    Sem chance de sobrevivencia.

    1. A preservação dessa antiga região deveria ser feita pela Prefeitura de SP, com sua conservação/manutenção, passando a ser atração turística da cidade, com venda de souvenirs e se constituindo em atrativo aos que visitam a capital.

  2. Nos anos 1950, quando muito jovem, morava em um sobradão na Rua Tomas de Lima, 278, ao lado da bicicletaria do Sr. Paschoal Ferretti, um imigrante italiano torcedor fanático do antigo Palestra Italia (hoje Palmeiras),eu jogava bola no campo da Glicério e a Rua Teixeira Leite fazia parte deste contexto. Na Rua Sinimbu, em um sobradinho geminado (hoje ainda existente e muito mal conservado) vivia o ex Presidente Jânio da Silva Quadros. Memórias de tempos bons já passados.

    1. CULTURA ZERO! SÓ PANCADÃO E MOTO COM ESCAPAMENTO ABERTO! É O “BARATO” DA VEZ…LA-MEN-TÁ-VEL!!!!!!!!!!!!

  3. Trabalhei nesta rua, não lembro o número, enfim foi na Tipografia e Papelaria Andreotti

  4. Bom, hoje em dia tem apartamentos de 10m , os “stúdios”, disfarçados de morar nem! Rs

    1. É, mas…caso haja algum novo empreendimento local, isso, talvez, contribua de alguma forma para a revitalização local.
      Ou não, sei lá…
      O fato é que as casas foram abandonadas. Há perigo de invasão(daí, o emparedamento). Há perigo também do “destruir por destruir” (leia-se vandalismo).E por aí vai…

  5. ,Infelizmente tudo indica que esses sobrados estão com os dias contados ,quem adquirir não vai querer restaurar faz parte da especulação imobiliária…Uma pena!!!

  6. Minha avó morou muitos anos na última Vila, lá em baixo da rua dos estudantes. Eram muito charmosas as casas, mas era só chover um pouco que subia a água. Na casa dela depois de perder muita coisa ela colocou cavaletes na cama, geladeira, fogão , tudo era no alto . Saiu de casa muitas vezes na canoa dos bombeiros que faziam os resgates .

    1. Lembro – minha época de criança – que enchia muito de água lá embaixo na curva da Rua dos Estudantes onde ficava a Vila, meus pais moraram no número 480 daquela rua e por mera sorte a água das enchentes por um triz não costumava atingir a casa.

  7. Uma curiosidade é que o imóvel vizinho do lado esquerdo “avança” pela rua São Paulo, formando um “dente” e praticamente eliminando a calçada! Quanto ao imóvel da postagem, talvez permaneça esquecido mais alguns anos, considerando que derrubaram tudo logo ali nas antigas oficinas da Light.

  8. Não sobreviverão até porque já estão completamente descaracterizadas . Enfim, vai-se mais um pedaço da história.

  9. Uma pena que as autoridades (Prefeituira de SP) não tenham melhor interesse na conservação histórica dessa região que no passado foi importante reduto dos imigrantes que tanto colaboraram na construção da cidade de São Paulo! Da última vez que visitei a região (durante o dia), a construção antiga que estava melhor conservada era o Palacete do Conde de Sarzedas, naquela rua fazendo esquina com a Rua Dr. Thomaz de Lima, e ocupado por órgão público. A lembrança da antiga São Paulo merecia melhor consideração dos que hoje a administram!

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