A Rua Barata Ribeiro na Bela Vista, liga a Peixoto Gomide à Praça 14 Bis e sempre foi uma rua bem movimentada, especialmente nas proximidades do Hospital Sírio Libanês. Mesmo assim até ao menos uma década atrás essa agitação ainda poupava muitas das casas que ali existiam.
Muitas delas, como as localizadas nos números 181, 189 e 201 até foram poupadas. Entretanto outras com as dos números 116 e 118 e as que mostraremos aqui hoje não tiveram a mesma sorte.
São tantos os imóveis que foram demolidos neste trecho que apenas um “print” panorâmico do Google Street View foi capaz de mostrar todos. Para três empreendimentos distintos foram demolidos: 1 – o casarão da ponta direita que só aparece um pedaço; 2 – a casa verde, o sobrado marrom e o predinho ; 3 – do estacionamento até a esquina (lado direito da foto) para um terceiro empreendimento.
A Rua Barata Ribeiro que já era dona de um trânsito confuso beirando o caótico ficou ainda pior. Por fim sempre resta a pergunta: terá sido a rede de esgoto redimensionada para receber tantos novos empreendimentos ? A mesma pergunta vale para a rede da Sabesp. No fundo, algo me diz que provavelmente não.
Veja abaixo alguns dos demolidos com mais detalhes:
1 – CASARÃO DO NÚMERO 176:
2 – CASA DO NÚMERO 152:
3 – PRÉDIO F.BARROS
As demais você encontra em outro artigo separado, clicando aqui.
Respostas de 10
O Sirio e dono de muitos terrenos ali. A pressao para construir ali e enorme. E o entorno nao e tombado a volta da Rua Dona Adma Jafet.
Por questao de demanda por apartamerntos para residencia medica, tudo o que estiver vago ali, aluga. Isto e a demanda por consultorio. Alias, que e verdadeiro em qualquer local aonda haja um hospital de nome. Medico residente tem que estar no maximo a 10 minutos a pe do hospital aonde pratica a residencia, para ir a qualquer hora do dia ou noite. Vagou apto, alugou.
O predio da Adma Jafet tem lista de espera para alugar cjtos comerciais.
E nao ha uma referencia tombada dentro de um raio de 200 metros.
Brigar por preservacao ali e como Dom Quixote lutando contra moinhos de vento.
São Paulo poderia ser uma cidade charmosa como no início do Sec. XX. Quem nasceu bonita e fez tanta plástica acaba enfeiando. Não é?
Eu imaginei que isso aconteceria, a especulação ali é violenta
Ali na Bela Vista, quem é proprietario de imovel, deve estar bem, pq o metro vai vir e vai trazer muito movimento!!!
É uma assunto complexo.
Sinto uma certa pena e também uma inexplicável sensação de perda quando vejo imóveis antigos sendo demolidos, mas a cidade muda, as demandas por imóveis mudam, as pessoas mudam seus interesses.
Já vi em meu bairro casas antigas vazias com placas de vende-se ou aluga-se até se desmanchando de tanto tempo pregadas, Por que? Porque não atendem mais as características que eventuais interessados procuram, vale dizer, muito grande ou com distribuição dos cômodos antiquada, sem garagem ou apenas uma vaga, muito antiga ou deteriorada, local passou a não ser mais atraente, proibido parar ou estacionar em frente, etc.. De repente uma incorporadora compra várias, derruba tudo e constrói um prédio. Os proprietários e até a vizinhança sentem alívio, pois imóveis vazios se enfeiam, se deterioram, juntam lixo, insetos, mato, desvaloriza o entorno e há sempre grande risco de serem invadidos.
Saudosistas e sonhadores falam em tombamento e manutenção pelo ente público com fins sociais mas seria impossível o contribuinte manter todos os imóveis antigos da cidade, não é mesmo? Nem em sonho há dinheiro público suficiente para tantos.
Só podemos lamentar. E segue a vida.
Tem um exemplo prático disso aqui na minha cidade: Uma certa pessoa era proprietária de dois sobrados antigos vizinhos em um bairro agradável: Um abrigou um colégio particular, outro abrigou um quartel da polícia florestal e após alguns anos vazio, uma pequena confeitaria (Esta confeitaria fez adaptações para melhorar o acesso ao imóvel, com demolição do muro ainda original e colocação de porta de aço no lugar das janelas da sala). Em um certo ponto de 2020, a escola saiu do imóvel antigo que ocupava, enquanto o que abrigou a confeitaria estava vazio já há algum tempo (Sendo invadido algumas vezes nesse período), se degradando dia após dia. A proprietária tentava proteger os imóveis dessas invasões e vandalismo de todas as maneiras possíveis e imagináveis (Até porque o interesse dela era locar os imóveis), até que, sem conseguir alugar suas propriedades e sem ajuda do município contra as constantes invasões, decidiu demolir os dois sobrados. A demolição até chegou a ser interrompida, mas já era tarde demais, hoje não há nada no local a não ser um muro pichado. Na mesma rua em que aconteceu isto, há diversos sobradões nas mesmas condições, provavelmente aguardando o mesmo destino…
Quanta nostalgia o portãozinho verde me trouxe ! É realmente lastimável tanta demolição!
Saudades de tempos antigos e mais fraternos.
Fica só na lembrança!
O Bixiga italiano cada vez mais é apenas uma pálida e vaga lembrança do passado.