Antigo Cotonifício Paulista começa a ser demolido

Recebemos da leitora Rita Azevedo, moradora do bairro do Belenzinho, uma péssima notícia: o antigo imóvel que por décadas abrigou o Cotonifício Paulista começou a ser demolido.

O cotonifício em demolição (foto: Rita Azevedo)

De acordo com as informações recebidas via WhatsApp, a antiga fábrica estava ocupada até a primeira quinzena de dezembro. Após a remoção das pessoas que lá estavam vivendo o imóvel foi lacrado, com paredes de blocos em suas entradas.

A demolição foi iniciada neste final de semana (26 e 27 de janeiro) e já está bem adiantada.

Construído em 1921, o Cotonifício Paulista foi uma das importantes indústrias das região do Belenzinho e fazia parte do grupo de empresas pertecentes ao então industrial João Baptista Scuracchio. A história do Cotonifício bem como uma pequena biografia do empresário já foi publicada aqui no São Paulo Antiga. Clique aqui para ler.

De acordo com nossa investigação havia um estudo de tombamento para o imóvel (link PDF).

Abaixo, uma fotografia da fábrica antes de ser demolida:

clique na foto para ampliar
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19 respostas

  1. Minha avó começou a trabalhar aí aos 8 anos, como ela dizia, “catando espula”. Mais um pouco o cotonifício completaria 100 anos. Que pena.

  2. Acho triste e impressionante como os órgãos de preservação dão tão pouca atenção a importantíssima memória industrial da cidade que também é a memória industrial do Brasil.

  3. Se não houve uma repaginação da ornamentação da fachada posterior à sua inauguração (algo bem possível), trata-se de um exemplar precoce de art-déco, estilo ainda pouco comum no Brasil em 1921 (ele se popularizaria na segunda metade dessa década e chegaria ao auge nos anos 1930). Trágica perda.

  4. Incrivel ver como os imigrantes da época eram edificadores , sabiam montar seus negócios e faze lós crescer dando empregos, e desenvolvendo os bairros onde se instalaram. Deixaram sua marca na nossa história ….

  5. mais um imóvel histórico sendo destruído, e assim a memoria da cidade vai se apagando.

  6. Já que nem sempre dá pra tombar tudo, que pelo menos o município crie um novo nível de tombamento pra preservar as fachadas, eliminando restrições volumétricas. Isso ajudaria a preservar elementos históricos sem congelar bairros inteiros.

  7. Triste fim de um empreendimento que ajudou a engrandecer a cidade, gerou muitos empregos e até deve ter sido um dos pioneiros no estilo arquitetônico Art-Decó, que influenciou muito na construção de edifícios anos depois.
    E pela foto, era até grande; poderia virar até um centro cultural ou outro espaço para a população paulistana.

  8. Infelizmente, com dor no coração lhes digo: Gracas a Deus. 🙁
    Já estava completamente descaracterizado dentro. Invadido por famílias carentes e, pior, com apoio de traficantes da região.
    Faziam barulho, jogavam entulhos na calçada (além de esgoto a céu aberto).
    Na madrugada faziam “bailes” com som alto dentro do prédio, que as casas vizinhas (na rua Intendência, eu incluido) ouviam o barulho.
    Triste fim. Torciamos que algum banco, mercado, ocupasse o lugar e o preservasse.

    1. Uma restauração não necessariamente precisa ser feito por dentro e por fora. Existem diversos níveis e padrões que permitem, por exemplo, restaurar apenas o exterior.
      É o que deveria ter sido feito ali. Não foi! Uma pena, perde a cidade, o bairro, a história…

    2. E será que em outras capitais brasileiras há tantas invasões de prédios históricos como aqui em Sampa?

  9. Gostaria de saber aonde foi parar as fixas dos trabalhadores de 1978 a 1979 .Só por meio de fotos saberei identificar,poe saber so primeiro nome joao.

  10. Sabe dizer se o prédio da frente da rua da Intendência, 1807 seria algum prédio antigo também, se ele possui alguma história?

  11. Infelizmente, somos o povo mais destruidor do mundo. Tudo destruímos conforme os interesses de uma elite feudal, vazia e medíocre, sem estudos, sem cultura, sem história, só interesses imediatos e monetários, único valor que desenvolveram, coadjuvado por um poder público de igual mediocridade, que participa desse processo de destruição de tudo que ficou no passado, não importa se tem relevância ou não. Triste verdade.

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