Rua Santo Amaro – 1927 & 2010

Pouca gente sabe, mas a rua Santo Amaro já foi parte uma estrada bem longa. Este trecho que você visualiza na imagem abaixo, do ano de 1927, é o início da rua e também foi, no passado, o começo da antiga Estrada de Santo Amaro. Desta área mostrada na foto abaixo, pouca coisa ainda resta:

Rua Santo Amaro em 1927

Agora observe a fotografia mais recente, do ano de 2010, logo abaixo e perceba que apenas uma construção presente na fotografia da década de 1920 ainda resiste.

O sobrado em azul e amarelo é a única construção da época da primeira fotografia que ainda permanece de pé. Todos os demais foram demolidos para dar lugar a estacionamentos ou para dar espaço ao terminal de ônibus e ao Palácio Anchieta (ambos do lado direito e fora do campo das fotografias).

Pouco acima deste sobrado, também fora do campo das duas fotografias, também resiste bravamente o que junto com este da foto são os dois únicos imóveis antigos deste trecho da rua, o sobrado no número 47. Além disso, o sobrado da foto está de esquina com a pitoresca e antiga travessa particular Noschese.

E poucos sabem, mas a razão de termos em São Paulo uma Rua Santo Amaro e uma Avenida Santo Amaro, deve-se ao fato de que no passado ambas e mais a Avenida Brigadeiro Luis Antônio eram juntas uma estrada só, a antiga estrada de Santo Amaro, que ligava a cidade de São Paulo a então município de Santo Amaro, hoje um bairro da capital.

Com o tempo, esta estrada foi dividida, surgindo a Rua Santo Amaro, Avenida Brigadeiro Luis Antônio e Avenida Santo Amaro.

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Respostas de 19

  1. Essa ruazinha estreita que termina entre a casa e o atual lava-rápido é um charme, apesar de abandonada (e de dar medo à noite atualmente). Em São Paulo há muito poucas ruas desse tipo, em que a calçada, quando existe, é bem estreitinha.

  2. Não sabia que Santo Amaro antes era um município. Muito legal poder ver fotos antigas, é uma diferença e tanta.

    1. Sempre soube que Santo Amaro foi um município, mas nunca acreditei pra valer. Até que quando era adolescente, trinta e tantos anos atrás, passando numa avenida importante em Santo Amaro que não lembro o nome (moro no interior há mais de vinte anos e a memória não ajuda) vi um pequeno edifício muito antigo com a inscrição “Câmara Municipal”. Matou a charada.

  3. Show de bola !

    São Paulo é realmente uma cidade de muuuitas histórias.
    Esta é uma diferença interessante entre paulistas e cariocas: os paulistas tem mania de falar mal da sua cidade – trânsito, violência, etc… E ignoram suas belezas. Já os cariocas, tem mania de falar bem da cidade do Rio – a natureza, sua gente, o carnaval, etc, e não gostam muito de ficar falando das suas mazelas. Na verdade, as duas cidades são como moedas: ambas tem dois lados, e ambas tem o seu valor aliás, com qualquer outra cidade. A gente é que escolhe o olhar.

  4. Se a memória não me trai, nesse sobrado azul e amarelo funcionava até uns anos atrás um restaurante de comida típica amazonense. Alguém lembra? Curioso isso, eu nunca feito essa “ligação” (rsrs) entre a r. Santo Amaro e e avenida homônima,com a Brigadeiro no meio. Bem legal.

    1. É verdade. Fui muito com meus pais quando criança nesse restaurante de comida típica amazonense, Restaurante Veleiro.

  5. Muito legal. Sem contar que tem várias ruas que tem nomes duplicados em São Paulo e em Santo Amaro, já que eram cidades diferentes. Barão de Duprat, Floriano Peixoto (as que eu lembro no momento).

  6. gente!! passei muitas vezes nesta rua, e já havia observado aquela casa que permanece ainda. é triste ver imóveis históricos táo abandonados.
    como a paisagem muda, não dão valor ás lembranças, mas sim ao progresso, este progresso contínuo e desenfreado que levará o passado que há muito nos faz recordar!
    pena!

  7. Nossa muito legal esse site, eu morei nessa rua entre 1986 e 1994, passeava com a minha mãe direto pelo centro da cidade, eu me lembro dessa construção, embora eu fosse uma criança na época, morávamos num prédio lá perto da praça perola byington e da rua Jaceguai, o prédio em que morei fica na rua Santo Amaro e rua Francisca Miquelina, na esquina entre as duas, e na esquina da rua Jaceguai ficava uma padaria, a Java, perece que fechou, era muito bom morar ali, tenho saudades dessa época.

    1. Que legal! Morei na Francisca Miquelina há muitos anos. De 1954, quando cheguei em SP com meus pais, até 1970 e passava todos os dias, a caminho da escola Maria José, na Padaria Java que era muito bonita! Bons tempos. Hoje aos 73, vivo tem Itararé, interior de SP

  8. passei por muitos vezes em frente a esse sobrado e mesmo estando no estado que esta acho lindo e deveria algum órgão publico preservá-lo pois faz parte da nossa historia antes que alguém queira demolir

  9. Este sobrado continua lá e muto mal conservado,precisa de uma boa reforma e mais cuidado pois é predio antigo e tem que ser preservado

  10. Obrigado pelas informações. Muito bom saber um pouco mais sobre a história de nossa cidade. Trabalho bem perto desse local e vejo com tristeza muitos edifícios históricos dando lugar a prédios residenciais de arquitetura duvidosa… Enfim, é o preço de morar em uma metrópole…

  11. Ola Douglas, td bom? Gostaria saber: Onde hoje é o Carpetão (antiga Jo Tapetes) na Av. Sto. Amaro Campo Belo vc saberia dizer oq tinha construído antes? Vc saberia onde e/ou com quem conseguir fotos das possíveis edificações antigas (se é q existia alguma antes antes)? Grato e parabéns pelo seu trabalho. Abs!

  12. Parabéns, mais uma vez pelo site e matérias, Douglas! Tenho compartilhado várias matérias no whatsapp e algumas no LinkedIn.
    Que passeio ao passado e à uma época mais leve e tranquila. E que mergulho no conhecimento.
    Obrigado!

  13. Muito triste mesmo ver essa lindíssimas construções de épocas passadas serem abandonadas, e descartadas em detrimento de um progresso ganancioso, desenfreado, a qualquer custo. Moro em Santo Amaro e trabalho na Rua Santo Amaro, próximo ao Viaduto Jacareí, passo em frente aos dois prédios antigos, e ainda existentes, apesar de estarem em adiantada degradação não deixo de parar um pouquinho para admirá-los. Infelizmente a cultura de preservação do passado por aqueles que podem faze-lo preferem destruí-los, e destroem também nossas lembranças, nossa educação.

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