Requisito mais que obrigatório nas construções residenciais antigas, os quintais com jardins eram tão comuns que era muito difícil encontrar uma casa que não os possuísse, seja na frente ao lado ou aos fundos do imóvel. Nestes quintais encontravam-se roseiras, pés de frutas, pequenas hortas e até galinheiros.
Já hoje em dia, é raro encontrar uma casa nova sendo vendida com quintal, imagine então com um jardim. O espaço urbano tornou-se algo caro e disputado e a construção civil hoje opta quando ergue casas, por apertados sobrados construídos de forma geminada, onde geralmente o único espaço fora da casa é a garagem do automóvel.
Com isso o canto do pássaros pela manhã, o zigue zague da abelha em busca do pólen e o voo do Beija-flor ficaram ausentes ou distantes. Ganha-se a falsa ilusão que um conjunto residencial fechado é mais seguro e perde-se em qualidade de vida, no contato humano e na relação com as coisas da natureza. O galo cantando no despertar de um novo dia, é substituído pelo alarme de um carro que dispara aqui e acolá.
Na número 153 da rua Benvinda Aparecida Abreu Leme, em Santana, encontramos fechada e em avançado estado de abandono este bela casa térrea. Apesar da deterioração do imóvel, é possível parar e admirá-la, e assim voltar no tempo por um instante, época em que seu quintal haviam crianças brincando e que em seu jardim, hoje tomado pelo mato, árvores davam frutos e flores sarapintavam a vista. Tudo isso hoje está perdido no tempo e na memória saudosa dos que outrora ali viveram.
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