Casas Demolidas – Rua Carlos Petit 305 a 329

É sempre muito entristecedor quando somos informados pelos leitores que casas estão correndo risco de serem demolidas. Mas aborrece muito mais quando a demolição é tão rápida que sequer conseguimos chegar a tempo de registrar algumas imagens para a posteridade.

E foi o que aconteceu com estas seis residências abaixo, localizadas na Rua Carlos Petit nos números 305 a 329.

A pessoa que nos avisou não tinha como fotografar e estávamos fora da cidade, retornamos apenas alguns poucos dias após a denúncia e fomos imediatamente ao local. Infelizmente ao chegarmos a esta agradável rua da Vila Mariana, encontramos apenas a escavadeira e um terreno vazio.

Rapidamente, casas térreas antigas, sobrados antigos e até um sobrado bem moderno viraram pó. No local será erguido um novo empreendimento imobiliário, provavelmente um prédio já que os terrenos são bastante compridos. Abaixo você tem uma visão dos imóveis que foram arrasados.

Clique na fotografia para ampliar.

Fico imaginando como será o constraste entre uma rua basicamente constituída apenas de casas térreas e sobrados com um enorme edifício espetado entre as residências, mostrando a total ausência de planejamento urbanístico por parte da Prefeitura de São Paulo. Será que foi o tal polêmico Hussain Aref Saab que concedeu licença para a nova construção ? Nem mesmo a pequena árvore que estava diante da única casa térrea do conjunto foi poupada. Ela não irá crescer junto com o espigão que vem ai.

Veja mais fotos dos imóveis e da demolição (clique na miniatura para ampliar):
Crédito: Fotos 1, 2 e 3 – Google / Fotos 4, 5 e 6 – Douglas Nascimento

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11 respostas

  1. Não eram nenhuma maravilha, mas, na situação atual de caos paulistano, certamente não deveriam ter sido demolidas para serem quase que com certeza substituídas por prédios que certamente elevam a concentrção populacional e fazem aumentar os problemas da infraestrutura local.

  2. Sim, mais prédios para 200 famílias numa rua calma que se tornará um entra e sai de carros constantes, superpopulosa e movimentada.
    A árvore? Bom, o condomínio certamente plantará coqueiros como forma de “paisagismo”…

  3. Há dois anos não vou a São Paulo,
    certamente não me localizo mais…
    adorava andar a pé sem equipamentos
    modernos,só me conduzindo pela casinha
    tal,predinho tal,q triste…

  4. tudo bem renovar mas acho que deveriam construir casas ao invés de prédios, e apenas uma opinião.

  5. O interessante é que algumas das casas já tinham garagem embaixo.Carros não eram comuns até a década de 1950. A maioria das pessoas não os possuía e andava de transporte público. Algumas – também nas fotos, tinham um jardinzinho, em que hoje às vezes se adapta uma garagem, mediante o avanço das grades sobre a calçada, na altura do para-choque, ou para dentro da sala de visitas.

  6. Morei na casa de número 305 até pouco antes da demolição. Cheguei a organizar um movimento para impedir a construção do prédio pela Lindencorp, mas as pessoas só estavam interessadas em receber a “bolada” que a incorporadora pagou pelas casinhas (valor que não é suficiente para comprar nem um dos apartamentos a serem construídos no local) . Eu, que era inquilina, não tive escolha a não ser ir embora…

    Todas as casas tinham jardins, com plantas e árvores, inclusive um raro Gingko biloba, árvore símbolo da vida por ter sobrevivido às bombas atômicas no Japão – mas que não sobreviveu à ganância que assola São Paulo.

    No blog Salvem os Quintais (http://salvemosquintais.wordpress.com/) há fotos dos jardins e algumas das matérias feitas sobre o movimento para salvar as casas, inclusive uma publicada no Jornal da Tarde (http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/morador-briga-para-salvar-quintais/).

    Quase dois anos depois, ainda me dá tristeza passar por essa rua…

    1. Carina, infelizmente nossos quintais foram destruidos pela ganancia imobiliária. As frutas que tinhamos nos quintais , agora mais um prédio, mais cimento. A rua parecia do interior, onde as pessoas se conheciam, agora, mais um condominio onde , as vv, as pessoas nem se comprimentam. Pena mesmo, morei na casa , por 21 anos, dá muita tristeza ao ver mais um espigão sendo erguido

  7. Me lembro ali da Carlos Petit quando na esquina com a avenida tinha a pizzaria Livorno e mais para o fundo, para atrás da caixa da d’água tinha um campinho de terra onde a molecada mais velha jogava bola.

  8. Triste mesmo. Morei na casa vizinha ao 329 por 36 anos. Não vendemos a casa pois nossa mãe não estava bem na época e não aceitaria sair de jeito nenhum. Foi muito triste ver a Carlos Petit virar o que é hoje. Jogava bola na frente de casa com meus amigos e raramente passava o ônibus que ia até o centro via bairros. Todos se conheciam. Chegamos a fechar a rua para festas juninas algumas vezes quando eu era criança. Saudades….

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