Primeiro bairro planejado de São Paulo, Campos Elíseos serviu por um longo tempo como o local de residência da elite paulistana. Antes disso os endinheirados e bem sucedidos da capital residiam nas proximidades do triângulo histórico e seus arredores, em ruas como a Florêncio de Abreu.
Posteriormente Campos Elíseos sofreu com a degradação, algo que segue até hoje, espantando os moradores mais tradicionais e acarretando um considerável decadência do bairro que ocasionou a demolição de muitos imóveis históricos dali. Felizmente temos aqueles sobreviveram e estão preservados e tombados como patrimônio de nossa cidade.
Localizado no número 463 da Alameda Nothmann, esse maravilhoso palacete é um destes imóveis do passado de elite de Campos Elíseos que sobreviveu preservado até os dias atuais. Localizado bem na esquina com a Rua Guaianases fica de frente a outras duas construções históricas, sendo uma delas a de Octaviano Alves de Lima.
O palacete tem ampla área ajardinada o que transmite uma sensação de bucolismo hoje tanto em falta na região central. Seu jardim está sempre bem cuidado, bem como a residência em si. Seu gradil permite uma ampla visualização da propriedade.
No passado residiu neste imóvel a figura de Álvaro Prado e família. Temos dados que atestam que ao menos entre as décadas de 1930 a meados de 1940 eles residiram neste imóvel. Em 1937, inclusive, haviam duas linhas telefônicas neste imóvel uma em nome do próprio Álvaro e outra para Castro Prado.
Nos registros foram encontrados também constando como residir neste imóvel a figura de José de Barros França, falecido em 23 de julho de 1936. Entretanto não consta que ele era o proprietário, mas sim genro de Álvaro Prado pois ele era pai da esposa deste, cujo nome era Nenê de Barros França Prado.
Posteriormente os registros dos Prados neste imóvel vão desaparecendo, não constando mais em listas telefônicas de 1961 em diante. Pouco depois o palacete passa a constar como propriedade do Governo do Estado de São Paulo, o que permanece até os dias atuais juntamente com dois imóveis vizinhos da Rua Guaianases.
Veja mais fotos do palacete (clique para ampliar):
Respostas de 5
Campos Elíseos, o que fizeram com você!
Pelo que vi no maps. do google
Esse local hoje serve como Casa da Solidariedade do Estado de São Paulo Sp
550 Alameda Nothman
R. Guaianases, 1112 – Campos Elíseos, São Paulo – SP, 01204-001
Campos Eliseos nao esta de todo perdido.
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O bairro esta sujeito, em boa parte, ao tombamento envoltorio, o que detem a descaracterizacao arquitetonica e o seu apelo por conta do avanco da incorporacao. Tirando-se e claro, as vias de corredor, que sofrerao com a verticalizacao . O tombamento, em alguns dos quarteiroes do miolo do bairro, limitam edificacoes ate 8 andares, ou 25 metros.
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Aos poucos o bairro esta sendo descoberto, nao obstante a ma percepcao gerada com o problema da Cracolandia, que tecnicamente se da em Santa Efigenia. Ademais, o cerco policial, denuncia que ha interesse em desenvolvimento imobiliario no bairro.
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O grande apelo do bairro esta em seu apelo residencial, e o baixo custo relativo do metro quadrado. E a alternativa para quem nao tem orcamento para Vila Buarque, Santa Cecilia.
O novo governador prometeu transferir o governo pros Campos Elíseos…se fizer isso será ótimo
Boa reportagem, naquela época a expectativa de vida das pessoas era menor, poucas pessoas chegava aos 70 anos. Amanhã é feriado, E VIVA A REPÚBLICA.