Residência de Benedicto Abdulkader

Se tem uma coisa que mudou muito de algumas décadas para cá, é o conceito de morar bem. Hoje, muitos acreditam que morar bem é estar dentro de um apartamento de 50 ou 60 metros, varanda “gourmet” e um segurança na calçada terno preto em pé debaixo de um guarda sol.

Entretanto, isso não me parece morar bem mas apenas morar. Acredito que residir bem mesmo faziam os paulistanos de outrora em apartamentos amplos de 100 metros quadrados pra mais, ou então em belos casarões da elite, como esta maravilha da Alameda Joaquim Eugênio de Lima 155.

clique na foto para ampliar

Construído em 1930, este magnífico palacete foi erguido para servir de residência para Benedicto Abdulkader, empresário paulistano conhecido por ser à época dono de uma dos primeiros agentes Chevrolet e Oldsmobile de São Paulo, a “Abdulkader, Pereira e Cia”, ainda nos primeiros anos da década 1920. Atualmente o nome atribuído a esse negócio é concessionária de veículos.

Além de empresário Abdulkader era conhecido pelas suas atuações no meio esportivo, tendo sido vice-presidente do Sport Club Corinthians Paulista na gestão do presidente Felipe Colonna e também fundador do Volante Club de São Paulo, dedicado a competições e atividades automobilísticas.

Na publicidade da Chevrolet de 1925, o nome da empresa de Abdulkader está à esquerda do caminhão

O casarão permaneceu nas mãos da família Abdulkader durante todo o Século XX e ainda até a primeira década do Século XXI. Após o falecimento de Benedicto Abdulkader e sua esposa, Nelly Buchain Abdulkader, permaneceu vivendo no imóvel sua filha, Nereide Pedro Abdulkader.

Nereide, no entanto, jamais se casou ou teve filhos e no final da sua vida vivia sozinha no imóvel. Nos seus últimos anos, já doente de câncer, ela doou parte de suas propriedades para a Santa Casa, primos e um dos imóveis – ao lado deste – para seu motorista, que nos últimos anos da vida dela dedicou-se a levá-la em consultas médicas.

Trecho da lista de telefone de São Paulo para o ano de 1961. Em destaque vermelho o número telefônico desta residência à época.

Com o falecimento de Nereide o casarão ficou cerca de 10 anos fechado, deteriorando-se, até que foi adquirido por Elias Tergilene para abrigar o Grupo Doimo em São Paulo.

Localizado apenas dois quarteirões da Avenida Paulista, este magnífico casarão eclético é um dos mais belos exemplares de antigas residências de luxo do bairro da Bela Vista que ainda resistem aos tempos atuais e a especulação imobiliária. É muito gratificante saber que foi comprado para ser restaurado e preservado.

Entretanto, o fato de estar fechado todos estes anos não significa estar em situação precária, pelo contrário. Como o local tem pessoas que tomam conta, é possível ver que o imóvel está em excelente estado de conservação em sua porção exterior e bem preservado também em seu interior. Os jardins são muito bem cuidados, e a casa não apresenta nenhum problema de manutenção.

Nos fundos, existe além do casarão uma grande edícula que provavelmente serviu (ou serve) de residência para funcionários da casa. E depois desta edícula ainda existe um terreno amplo com plantas e árvores, fazendo desta casa um verdadeiro oásis na selva de pedra que é a região próxima da Paulista.

Na foto, um dos belos vitrais da residência (clique para ampliar).

E se o imóvel é belo por fora, ele é ainda mais encantador por dentro, com vários vitrais coloridos, lareira de mármore, escadarias e armários de madeira, além de banheiros amplos e com decoração suntuosa.

Mais do que uma residência, este casarão é uma verdadeira preciosidade paulistana. Espero que seus proprietários tenham noção não apenas do valor da propriedade, mas também de sua importância histórica para a história da arquitetura de nossa cidade e que seja preservado para a posteridade.

Agradecimentos a Nando Champss, autor de todas as fotografias que ilustram este artigo.

Veja fotos externas do casarão (clique na miniatura para ampliar):

Veja fotos internas do casarão (clique na miniatura para ampliar):

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Respostas de 84

    1. Entre na fila Rose, eu serei a futura dona dessa coisinha linda tá! (em meus sonhos hauhauhauhau)

        1. Claro Vanessa, nunca é demais admiradores para essa beleza de casarão! Nossa, meu sonho, até então, era o casarão da Al. Itu, casarão de um filho de Barão de Café, mas após ser apresentada para esse casarão mudei de sonho, aliás, mudei o endereço do meu sonho! rsrs

    2. Eu também Rosi, não mudaria uma vírgula da casa! Estou absolutamente maravilhada com ela! Queria poder ver de perto, por dentro!

  1. apenas uma reforma, ou melhor, restauração interior e pintura exterior.nada mais.Linda!Os pisos e vitrais são espetaculares.

  2. Você acabou de matar minha curiosidade, conhecer um desses casarões por dentro, amei, lindo demais

  3. Amei a publicação, mt obrigada.
    Na região do Ipiranga, próximo ao Museu Paulista tb tem alguns casarões lindos, gostaria de vê-los publicados aqui.

  4. Adorei a matéria, as fotos, tudo…pena que mais esse casarão sucumbirá à burrice insana do mercado paulistano…morre ele, morreremos nós, nesses pseudo apartamentos de 18 m2…lixo….minha opinião. Linda a matéria sobre as padarias…adorei também…continue assim.

  5. Maravilhoso !!!! e os pisos muito bem conservados !!!! o que é muito difícil !!!!
    Arquiteto João Fernando Homor

  6. Sou obsecado por mansões e casarões abandonados é igualzinho as mansões americanas tem até colunas gregas e papeis de parede no estilo americano e lareira americana!!!! nossa se fosse meu eu deixaria do mesmo jeito ou seja, toda a sua originalidade nem reformava.

  7. Parabéns por mais essa bela reportagem! Caramba! Viagei no tempo, principalmente por ter mostrado o interior da casa… Confesso que fiquei com uma sensação esquisita.. É como se os donos da casa estivessem lá… Demais, já fazem alguns anos que acompanho seu trabalho e gosto muito das matérias que você faz, mas sinceramente gosto apenas de ver, não sei se me sentiria bem morando numa relíquia dessas, por mais confortáveis e glamourosas que são… Paulo

  8. Como já foi dito,morar bem era antigamente. As pessoas moravam em residências e, em apartamentos amplos. Os quartos, sala, cozinha e banheiro também eram grandes. A altura entre o chão e o teto eram de 3 metros e as vezes um pouquinho mais.
    Os apartamentos de agora tudo é minúsculo. As janelas são tão pequenas que parecem as de um vagão de trem. A altura do ambiente é tão baixo que a gente se sente sufocado em dias de calor. Sem contar os transtornos com os vizinhos.
    Não troco minha casa por dez desses prédios.

  9. Excelente publicação: simplesmente adorável! Fico imaginando o dia a dia das pessoas dessa casa lindíssima. A história deve ser mesmo fascinante!

  10. Amo esse tipo de arquitetura. Felizmente nesta geração ainda há muitos que curtem e alguns, como no seu caso, Douglas, que registra isso, eternizando em fotos o que poderá desaparecer em pouco tempo, pela ganância do homem. Eu nasci no século errado, pois amo tudo o que é antigo. Parabéns pelo trabalho !

  11. Que linda, que casa simplesmente fantástica! Tomara que não seja alvo das empreiteiras! Será que existe a chance de ser tombada como patrimônio histórico? Tomara que sim!

  12. Esta realmente merece ser tombada, ou pelo menos os cuidados de preservar estes vitrais. Precisava encontrar um patrono pra esta.
    Parabéns pelo trabalho.
    Alexandra

  13. Tem visitação? Adorei as fotos, parabéns!!! E como uma amiga acima disse nas imediações do Museu Paulista tem outros casarões, você poderia deleitar-nos com as fotos, não é?

    1. Achei curioso a escolha do ocre no restauro, ficou bom mas certamente não era o original…mas está ok

  14. Parabéns pela matéria, Douglas! As fotos são lindas e o casarão é realmente fascinante. A atual realidade das nossas cidades, cada vez mais populosas e o violentas, não nos permite mais o prazer de se viver num lugar como esse. Não é uma questão de escolha, né? É possível “morar bem” em pequenos apartamentos sim, na minha opinião, mas confesso que esse local é realmente muito bonito.

  15. Pessoal, uma peca de banheiro hoje quase extinta. O famoso bide (com chapeuzinho rs). A casa dos meus pais no Alto da Lapa tinha, rodei por varias residencias e dificilmente encontra-se uma peca desta. Linda casa, memoravel. Caramba, ja pensaram como deveria ser bom aqueles tempos? Os edificios estao chegando cada vez dela. Que pena. A casa do caseiro, a garagem…….uma perfeicao. Um abraco a todos.

  16. Como nao concordar, Douglas!
    Mas quem pertence a classe privilegiada da cidade, como foi o construtor deste bello casarao, ainda tem acesso a moradia ampla e espaçosa, com certeza.
    Quem sofreu (e sofre) com o crescimento constante da cidade foram principalmente as classes media e popular, que “precisaram” trocar suas casas por apartamentos em condominios e, para os mais “felizes”, ter direito à famosa “varanda gourmet”.
    Infelizmente, este assunto chama em causa um modelo de desenvolvimento bastante “padrao”. Quando pela primeira vez viajei ao Brasil, o pais estava com 170 milhoes de habitantes, pouco mais de 20 anos depois està com quase 200 milhoes, um crescimento significativo. Como nao bastasse, o processo de concentraçao da populaçao ainda acelerou neste periodo e parece nao ter como parar.
    Sao Paulo encontra-se ao apice de tudo isso.
    Com isso nao quero dizer que este processo (que eu pessoalmente acho errado) nao possa ser governado melhor, entre a regra do far-west atual e passado e uma urbanistica mais atenta e socialmente responsavel tem uma ampla oferta de possibilidades, claro.
    Voltando ao nosso casarao, este seria o tipico caso onde seria necessario (e obrigatorio) fazer um bom, como aquì (Italia) se chama, “restauro conservativo” (acho que se fala assim tambem em portugues). Tudo parece ainda muito bem preservado, atè a boiserie e o teto “a cassettoni” (apaneilado), unico ponto que parece foi tirado è aquele piso da hall, mas seria suficiente uma pequena pesquisa para saber qual tipo de piso era para refaze-lo sem problemas.
    Um grande abraço
    Gualberto

    1. infelizmente aqui no Brasil não existe “restauro conservativo” e sim ” quanto de lucro esse terreno pode dar”….

      1. Olà William,
        asssim parece. Mas isso chama em causa o poder publico, ou seja a “politica”. Aì, tem duas coisas que num sistema democratico sao relevantes: o tamanho da cidade à governar (e jà isso em Sampa è um problema); o sistema eleitoral, que pode dar mais ou menos chance de escolha entre candidatos; teria um terceiro ponto tambem muito importante referente ao controle do candidato por parte de seu eleitorado, mas aquì o discurso se faz complicado.
        Seria preciso que todo mundo acordasse e tivesse mais atitude de se interessar à propria cidade e consequentemente à politica, embora ela (a politica) faça de tudo para afujentar as pessoas; mas nao tem alternativa à “politica”. Nada è garantido por sempre e nada è ganho sem “luta”. Veja o que està acontecendo aquì, na Europa, sempre menos democratica; bastou o crolo do muro …

  17. “Você acabou de matar minha curiosidade, conhecer um desses casarões por dentro, amei, lindo demais” (2)

  18. Muito lindo, se eu tivesse dinheiro eu o restauraria por enteiro e mudaria ontem.!!!!!

  19. Trabalho bem próximo a esse casarão e sempre o admirei.Aliás,essa região ainda tem uma quantidade razoável desse tipo de residência(até quando não sabemos).Alguns tem sorte e são transformados em pontos comerciais,outros são simplesmente demolidos.

  20. Muito boa a matéria, pena que casa como estas estão sumindo da cidade de São Paulo par dar lugar a grandes espigões sem graça

    1. Linda me encantei, compraria e faria um design em toda casa sem tirar a lindeza da sua arquitetura, queria pra mim , ameiiiii

  21. Concordo plenamente com o que diz no começo do texto. Além de serem amplas moradias, com quintais, arvores, era de uma arquitetura e um capricho sem igual. Percebe-se o carinho e o amor que se tinha, ao contruir uma casa… hoje é apenas tijolo, cimento… sem espaço, vista para outras janelas… Ai, que saudade desse tempo que não vivi.

    Viajo e me perco no seu site. Nostálgico.

  22. Simplesmente maravilhoso!!! Eu acabei de encontrar esse site e estou apaixonada, pois adoro os casarões e casa antigas de São Paulo. Vivo ” caçando” esses imóveis, e quando acho fico apreciando todos os detalhes e me dá uma nostalgia muito grande. Acho que cada vez que se demole um imóvel assim é um pedacinho de nossa memória que se perde. Muito triste!

  23. A casa não é tuuuuudo isso… tem muito potencial, sem sombra de dúvida, mas precisa de bastante atenção pois por dentro ela está bem judiada, com as porcelanas de banheiro amareladas assim como algumas paredes dela, mas mesmo assim é muito melhor ela assim do que demolida para a construção de um “pombal de luxo gramuroso”.

  24. Adorei seu post Douglas, a casa realmente é linda.
    Você saberia me dizer se elas alugam o espaço para evento ou se tem algum e-mail/telefone onde eu poderia entrar em contato?

    Obrigada

  25. Uma pequena análise estética possibilita especular que seja projeto de Ramos de Azevedo. Esta é uma modalidade de neocolonial que ele apreciava.

  26. O casarão é lindo, e o Benedito Abdulkader, de descendência inglesa ou americana, provavelmente algum homem anglo-saxão, faleceu a mais de 30 anos. E cada vez está se tornando raro esse estilo de construção em São Paulo e a Bela Vista tem pouco desses casarões belos e bonitos.

    1. Olá, Daniel, na verdade é arabe: escrevi mais adiante e corretamente o significado que é “escravo/servo/criado do que pode” (ou de quem pode): acredito que a Sra. Neide pode confirmar. Apontei antes a possibilidade de ser um projeto de Ramos de Azevedo porque quando morei em Campinas uns colegas que tive no Colégio Notre Dame, os Camargo de Andrade, moraram numa casa exatamente igual a esta, talvez apenas com o projeto em espelho, isto é, o que está à direita aqui lá está à esquerda e vice-versa: as peças são as mesmas (salas, quartos, banheiro, cozinha, despensa, etc.). Depois alugaram à COMURB (Companhia de Urbanização de Campinas), depois a uma esteticista chamada Zenira Grilo e, na última vez que vi, parecia muito mal cuidada: eu me lembrei bem agora de um detalhe a de Campinas é toda retangular, sem aqueles ângulos nas laterais frontais imitando colunas jônicas, e, em troca, numa das laterais da sacada frontal e se estendendo à lateral direita um mosaico de estuque imitando pétalas de flores com estas parte em rosa e branco. O vitral da escada é um vaso de flores emoldurado por ramos de flores, as flores, mais precisamente, são rosas. Espero ter sido útil com esta minha memória afetiva de um só dia de visita à casa de Campinas há mais ou menos 42 anos atrás!

  27. O projeto deve ser de Ramos de Azevedo. Benedito Abdulkader, infelizmente não conheço, mas se eu conhecesse a sehora idosa proprietária dessa casa, eu até saberia quem ele era.

  28. Boa noite, Douglas !
    A ultima moradora dessa casa maravilhosa, era Nereide Abdulkader, filha do Srº. Benedito Abdulkader. Nela morava Benedito Abdulkader sua esposa Neli e seus dois filhos Nereide e Felipe Abdulkder, todos já falecidos, como não tiveram filhos, provavelmente a casa ficou de herança pra os sobrinhos.
    Minha mãe, trabalhou como cozinheira e tinha vários outros empregados.Minha mãe conta que realmente era uma das casas mais bonitas do local. Realmente era uma época de muito glamour, : essa casa recebeu muitas celebridades como: Ademar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf (ainda jovem), foram muitos jantares.

    1. Olha só!!! Que bacana Solange…. Essa casa é demais mesmo, só precisa de reforma para lapidar ainda mais esse lindo casarão

    1. Olá D. Neide, meu nome é Luciana, escrevo a Série Avenida Paulista, que resgara a história dos casarões da Avenida Paulista. Existia uma casa que foi de Azem Abdalla Azem, por acaso, ele seria parte de sua família? O site atual que estou atualizando é https://serieavenidapaulista.com.br/ mas anteriormente escrevia para outro site e publiquei a história e a casa Azem Abdalla Azem, pode ser lido neste link https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-da-casa-de-azem-azem-ao-edificio-maria-jose/ Agradeço a sua resposta.

  29. A casa mostra ser um projeto de Ramos de Azevedo em estilo neocolonial (algo pelos anos 20 do século XX).

  30. Para saberes história escritural do imóvel, solicite a matrícula no Cartório de Registro de Imóveis da região, é de domínio público

  31. Bárbaro!! Relíquia urbana…como manter, preservar, divulgar para que seja respeitada? É um desafio importante para continuar dando conteúdo real à nossa rica história!

  32. Excelente achado, estas coisas lindas não se vê mais hoje.

    Muito boa a reportagem, se possível, publiquem mais imóveis antigos.

    Onde ainda devem ter muitos, é no Brás, Vila Mariana, etc…

    Só uma observação: O imóvel acima, precisa sim de uma boa restauração.

    Parabéns, um forte abraço

    Ricardo Ferreira

  33. Fabulosa a casa! Espero que fique preservada, que alguém a compre e restaure. Nem tenho muito que comentar, apenas isso, que torço para que ela seja mantida e seja feita uma boa reforma, mantendo-a original. O bairro que morei, Ipiranga, citado nos comentários também tem lindas casas, que merecem igualmente ser preservadas. Aguardo mais publicações sobre essas lindas casas antigas de São Paulo aqui neste blog espetacular.

  34. Temos que nos unir e solicitar o tombamento a casa está a venda e logo vai a baixo com a especulação imobiliária logo a derruba.

  35. Eu sempre me pergunto como era a vida das pessoas que viviam nesta casa, qual a sua história de vida, seus sonhos, desejos.
    Toda vez que vejo um belo casarão antigo fico pensando da história do lugar.

    1. A vida dessa família foi maravilhosa eu era prima da nereide abdulkader,filha do tio benedito,viveram felizes!

  36. Eu quase invadi esse casarão para fotografar de tanto q amo! Kkk Mas percebi q não era abandonado, pois haviam alguns cães de guarda, pastores alemães, a noite… Tem tb um casarão antigo á esquerda, onde funciona uma agencia do Itau, e também um casarão á direita, ja em estado bem precário… =(

  37. Essa casa era da Dna. Teresa e seu marido eles tinham um passar preto na garagem e um Fusca Branco lembro dela sim uma, uma mulher muito bonita e elegante e boa gente

  38. Sei que o post já tem certo tempo mas só estou vendo agora. Penso exatamente como você Douglas. Só a expressão “varanda gourmet” já me irrita. E ao lado do lindo casarão crescem os prédios sem graça, todos iguais. Para essas construtoras sobra dinheiro e falta imaginação. Parabéns pelo belo trabalho!

  39. As demolições desenfreadas, feitas apenas com intuito comercial e sem preservar a memória histórica de uma Era, confronta com os horrendos edifícios colocados no lugar das casas derrubadas. São caixotes envidraçados com vidros azuis ou verdes, ausência de qualquer tipo de arte e a prova para futuras gerações do que é destruir um patrimônio.
    Não sei se essa mansão ainda existe ou se já foi, também, destruída, porém torço para que essa e outras sejam preservadas a fim de se ver que nem tudo é estupidez e ganância. A ausência do Estado, nesses casos que fogem a toda compreensão, deixa os proprietários quase que como acuados e, rendidos, vendem o tesouro por preço que jamais pagará o que se foi perdido. É uma pena! Muitos dirão tratar-se de romantismo ou saudosismo. Talvez seja. Aliás, é, um saudosismo que nos leva às lágrimas ao imaginar os destroços, peças inteiras talhadas a mão sendo despejadas no lixo como entulho, assim como acontecia nas escavações de tumbas dos faraós, até que se viram como destruidores da História. Eis aí um bom exemplo a ser seguido.

  40. Sou simplismente doente por casas assim. LINDA MARAVILHOSA. Nada melhor que morar em casa. Morar em apartamento é sentir-se como um passarinho num gaiola. Minha casa é estilo antigo. Moro em Criciúma SC

  41. Um pouquinho de etimologia para os amigos: Abdulkader (do árabe ‘eabd al kader”) = escravo/servo/criado do (que é) capaz.

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