Bastante comuns principalmente até os anos 1960, os pequenos edifícios até quatro andares eram construídos em quase todos os bairros da cidade de São Paulo.
Prédios até este número de andares não precisam ter elevadores para seus moradores, o que reduzia consideravelmente o custo do construtor ao erguer estes edifícios. A inexistência de elevador também reduzia o custo da taxa de condomínio, já que elevadores exigem manutenção constante.
Grande parte destes pequenos prédios, como este de dois andares que catalogamos aqui, muitas vezes são prédios de um só proprietário. Ocorre que muitas vezes no local existiam casas e seu dono (ou herdeiros) demoliam estas construções e erguiam estes pequenos prédios, onde poderiam obter um bom retorno com o aluguel das unidades residenciais e também dos pontos comerciais, no térreo. Não raro, estes pequenos prédios costumam ser batizados com o nome do patriarca da família.
Localizado no número 152 da rua Guaicurus, quase na esquina com a rua Mênfis, este pequeno prédio está fechado há algum tempo e com placas de venda. Aparentemente trata-se de um edifício de um dono só. Talvez o fato de estar num quadrilátero onde só há galpões e estabelecimentos comerciais e estar próximo da ferrovia, dificulte um pouco a venda para fins de moradia.
Prédios como este costumam ter a construção bastante robusta e pé direito alto, diferente do que é aplicado na construção civil atualmente.
Confira outras fotos deste edifício (clique na miniatura para ampliar):
Respostas de 4
É uma pena que não tenhamos mais prédios com essas características em São Paulo. Além de não bloquearem a luz solar como esses prédios com mais de dez andares, a presença de comércio no térreo incentiva a economia local e a vida de bairro. Que esse prédio na Guaicurus possa ser renovado e receber novos moradores!
Taí uma espécie de edifício que poucos dão valor, despojada, não chama atenção como o União Fraterna por exemplo… e diria q está em extinçao, aqui os quarteirões preenchidos por grandes galpões são as ultimas alternativas de erguer grandes conjuntos,por minimizar remembramentos. E 2 andares, uma tipologia que tambem nao faz sucesso no centro expandido,infelizmente.
Gostei desse prédio, deve ser bem espaçoso por dentro. Se restaurassem ele e o vizinho, talvez pudessem ser usados como escritórios. Como moradia, a área parece ser bem deserta a noite (imagino que seja, moro no interior).
quando vejo uma construção deste tipo, cedendo aos maus cuidados dos homens, lembro do poema de Thiago de Melo “Faz escuro mas eu canto”: “Já é madrugada/vem o sol, quero alegria/que é para esquecer o que eu sofria”… https://abre.ai/jiPx Este prédio nunca deixou de sofrer.