Nas primeiras décadas do século 20 a capital paulista era repleta de cafés, leiterias e confeitarias que davam para a capital paulista um certo ar parisiense ou, de certa forma, um ar similar ao da então capital brasileira, Rio de Janeiro. Os três estabelecimentos eram basicamente a mesma coisa com algumas variações em seu cardápio e funcionamento. Deles, o mais completo era a confeitaria.
Hoje abordo aqui uma confeitaria pouco lembrada pelos paulistanos e que fez um razoável sucesso entre o final da década de 1920 e meados da de 1950: a Confeitaria Excelsior.
Inaugurada em 31 de dezembro de 1927, a Confeitaria Excelsior foi instalada na rua Dom José Gaspar bem na esquina com a avenida São João e próxima do Largo do Paissandú. Propriedade do empresário José de Camargo Calazans, o estabelecimento logo destacou-se entre os paulistanos por conta de sua refinada decoração, equipe de garçons experientes e maquinário de produção (cozinha industrial) do mais moderno para época. Sua localização aos olhos de hoje fica exatamente onde está o Prédio Santa Victoria, no número 337 da rua Dom José Gaspar.
A casa logo também virou o preferido para realização de eventos para número pequeno de convidados, sempre aparecendo em alguma nota de jornal com alguma recepção sendo indicada para ocorrer nas dependências da Excelsior. Abaixo alguns exemplos.
O estabelecimento continua sendo mencionada por anos e anos a fio nos jornais paulistanos até que no início da década. de 1950 o nome desaparece por completo. É possível que neste período o Excelsior tenha encerrado definitivamente suas atividades.
Na galeria abaixo veja algumas fotos da confeitaria entre os anos de 1928 e 1929:
Uma resposta
A palavra EXCELSIOR em latim significa “apenas” MELHOR. Pena que não tenha durado para sempre. Na cidade do Rio, até hoje resistem bravamente três confeitarias famosas nos mesmos endereços originais: CASA CAVÉ (de 1873), CONFEITARIA COLOMBO (de 1894) e MANON (de 1942), todas mantendo a qualidade de seus produtos há muito tempo.