Localizada na Rua Dr Carvalho de Mendonça 217, em Santa Cecília, esta residência se encontra há vários fechada e emparedada em uma triste situação de abandono.
Mesmo que a casa tenha um proprietário, é visível que seu abandono acaba por influenciar todo o seu entorno com podemos observar em todas as fotografias, que mostram a pichação que iniciou-se na casa emparedada espalhando-se pelos vizinhos. É o conceito da “Teoria das Janelas Quebradas” se apresentando na prática.
Deveria existir uma legislação mais dura quanto a imóveis que se encontrem aquém de sua função social. Uma vez esquecidos por um determinado número de anos, deveriam se desapropriadas e destinadas à moradia popular.
Enquanto nada próximo disso ocorre, seguimos encontrando casas nesta situação lamentável por todos os cantos de São Paulo.
Veja mais duas fotos (clique para ampliar):
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Cada caso deve ser analisado, se negligência ou incapacidade financeira, quem sabe problemas ligados à herança, inventário. Não é justo que o Estado como o maior criador de crises e confiscador do dinheiro alheio que tantas vezes é para remediar (quase nunca curar) as crises que ele próprio cria; não é justo que o escopo do Estado seja maior do que já é (IPTU!). Espero que haja outras soluções que possam possibilitar os proprietários permanecerem os proprietários e dar-lhe o melhor destino possível.
Então, moradia popular? Sinceramente não acredito que as pessoas que desfrutarem destes imoveis vão cuidar.
É necessário saber o que existe por trás desse abandono. Eu tenho um imóvel que não consigo alugar nem vender por culpa da crise. E preciso desse capital para cuidar da saúde. Mas o que fazer? Dar como moradia a um favelado o meu patrimônio? O estado não dá curas médicas a nós que pagamos impostos e a Sabesp ainda cobra a conta todo mês.
Não necessariamente, o que o Douglas quis dizer é que há centenas de imóveis desocupados no centro, abandonados e que poderiam muito bem reformados e revendidos à população em geral, o que ajudaria a conter o processo de degradação do centro, e não se trata de tomar na mão grande, mas negociar a aquisição com proprietários e herdeiros (quando houverem), reformarem e revenderem, há imoveis no centro para todos os gostos e bolsos, do pessoal da varanda gourmet aos menos aquinhoados. Em tempo: nem todo pobre é maloqueiro e vive num chiqueiro.
Nossa cultura não entende o sentido da “memória cultural” de um povo.
DOUGLAS: E
Conheci a casa vizinha numero 207 e a familia que morava nela. Isso em 1968/70. Era uma familia de costureiros e costureiras que tinham clientes famosos varios artistas. A sala era cheia de plumas tecidos e lantejoulas que ficavam espalhados pois sempre tinham trabalho. Chamavam-se Dona Marica. Edgar e tinha uma menina a Roberta. Nao sei se ainda moram na casa. Faz muito muito tempo.
como estava em 04/24: https://maps.app.goo.gl/dcHwHtb52ciXGQ7s8