O bairro de Santana é uma região paulistana repleta de morros o que leva a várias ruas do bairro serem verdadeiras ladeiras, ótimas para a testar o físico do pedestre.
Nas proximidades do Colégio Militar de São Paulo, localizado na Rua Alfredo Pujol, uma destas ruas íngremes possui uma destas casas antigas que tanto faz bem ao nossos olhos.
Localizada no número 28 da Rua Conselheiro Pedro Luís, esta casa do início do Século XX é uma persistente sobrevivente da região.
Apesar de estar necessitada de uma pintura, sua fachada e exterior estão bastante preservados, com todos as características originais no lugar.
Atualmente são duas residências, mas creio que no início quando foi construída talvez fosse apenas um sendo a porção térrea um amplo porão habitável. A impressão é que em algum momento – e há muito tempo – este porão foi convertido em uma segunda casa.
Outros detalhes que chamam a atenção são o pé direito alto da casa de cima, fácil de ser observado mesmo por fora através das dimensões da janela e o posicionamento do telhado, e o gradil do portão que ainda é original.
Infelizmente o imóvel ainda não é tombado e infelizmente está sob risco constante, já que este trecho de Santana próximo à Santa Terezinha vem sendo alvo de especulação imobiliária.
10 respostas
Linda, pena que pequenos imóveis como esse fiquem a mercê da vontade de seus donos
Entendo o que você quer dizer, mas pense no que escreveu.
“Pena que pequenos imóveis como esse fiquem à mercê da vontade se seus donos” E de quem mais poderia ficar?
O Brasil é país onde é basilar o direito a propriedade. Ainda be,;
A região de Santana, talvez pela proximidade com a Serra da Cantareira, abriga muitas construções em estilo de chalés, aqueles típicos da paisagem da Suíça.Tais casas aparecem mais em evidência conforme a gente vai subindo pela avenida Nova Cantareira, avenida Água Fria, etc.
Seira interessante também abordar aqui no São Paulo Antiga esses chalés. Tem um em especial bem antigo, na Nova Cantareira, que está com placas de venda. E isso é um perigo…
Eu fico deslumbrado com esse tipo de arquitetura.
Casas do Século Passado.
Construções Belíssimas ficarem no estado como essa.
A Prefeitura deveria cobrar 3 VEZES mais o VALOR DO IMPOSTO PREDIAL pela falta da conservação.
Tem indícios de quem originalmente morou nessa casa?
É lamentável que essa casa ainda não esteja tombada pelo Patrimônio, pois com uma boa revitalização, retornará sua beleza!
Surpreendente essa postagem, caro Douglas: tendo morado alguns anos na região, e andarilho dessas íngremes calçadas, admito que nunca notara a singularidade desta construção. Pois é! A foto evidência claramente a forte inclinação da rua, cujo entorno apresenta acidentada geografia além de ruas de paralelepípedos, calçadas com degraus irregulares etc; enfim, onde qualquer distração o tombo era certo. Hoje, a região, antes predominantemente de residências térreas, está sendo substituída por gigantescos arranha-céus. C’est la vie!
Em tempo: quase em frente há a vila holandesa e nas vizinhanças, o quartel do CPOR; antiga moradia da família Bonifácio de Andrade, notórios personagens da história brasileira.
Retornando para uma correção, caro Douglas: o nome correto da família é Bonifácil de Andrada e Silva e não Andrade. Peço compreensão pelo erro (hehe), tanto o personagem histórico quanto o blog e seus leitores merecem a informação correta; obrigado! Lucio
Existe uma casa grande na Rua Conselheiro Moreira De Barros na altura do número 1150 se não me engano que parece um palacete com uma torte alta e janelas grandes! Adoraria saber mais sobre ele!
Estou aqui agradecendo a você Douglas e sua equipe, pela atenção, conheci esse pedaço da rua Pedro Luiz e toda a redondeza, pois, nasci subindo essa rua na primeira travessa do lado esquerdo, que até a rua Alexandre Nanini, na esquina da rua Pedro Luiz com a rua Bela Vista, hoje rua Mario Araújo, existia um casarão abandonado, lá moravam pessoas que não tinham onde morar esse casarão seu terreno pegava mais de um quarteirão, foram com uma pequena casa dando para a rua Marechal Hermes com muitas arvores dentro e a divisão do terreno era todo de bambuzal, com tempo foram construindo e ruas apareceram , sei que lá dentro tinha nascente, como tinha também numa das casas da rua Alexandre Nani, que dava frente para a rua Marechal Hermes da Fonseca, gostaria muito de saber quem viveu naquela época por lá, sei que o CPOR foi o solar dos Andradas, e foi assim que conheci todo esse pedaço e esse sobrado onde fui muitas vezes nele que movam meus tio e e toda sua família, que nesse sobrado eram duas residências na frente não era porão era quartos e no fundo tinha mais uma.