Numa cidade como São Paulo não é fácil classificar o que é antigo, até porque as coisas mudam em alta velocidade, o tempo vai passando e a memória se apagando até para aquelas coisas que podemos classificar como recentes.
Neste sentido me veio a ideia de publicar este artigo nem tanto pelo estilo do prédio ou sua localização, mas sim para preservar a história do motivo de sua construção e da instituição que o encomendou para tê-lo como sua sede. É a típica história recente que vai se perdendo, neste caso ia se perdendo…
Para aqueles que passam pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, esquina com Alameda Ribeirão Preto, o prédio de concreto ao estilo brutalista é mais um edifício que abriga o Ministério Público Federal. Mas será só isso?
Não… Há muita história além da ocupação atual, afinal lá foi a sede, no início da década de 1970, do Banco América do Sul, um banco que se não foi tão grande, teve como um de seus princípios a responsabilidade de dar suporte financeiro através de suas operações bancárias a colônia japonesa desde 1937.
Isso porque neste mesmo ano foi criada a Casa Bancária Bratac de Carlos Yoshiyuki Kato, uma pequena instituição financeira diretamente ligada a comunidade japonesa com sede na Rua Anita Garibaldi, 77 (onde é hoje uma unidade do Corpo de Bombeiros) que depois se mudou para a Praça da Sé, 77 onde funcionavam os escritórios das empresas Bratac (Bratac é a abreviação de Brazil Takushoku Kumiai ou Sociedade Colonizadora Brasileira, uma associação que apoiou a imigração japonesa trazendo imigrantes do Japão e fornecendo-lhes terras e atividade econômica).
Com o crescimento das operações, Carlos Y. Kato e Kunito Miyasaka resolvem transformar a casa bancária em banco o que realmente aconteceu com a criação do Banco Bratac em 13 de janeiro de 1940 e que logo em agosto do mesmo ano teve seu nome definitivamente mudado para Banco América do Sul.
Porém podemos imaginar as dificuldades pelos quais a instituição passou durante a II Guerra Mundial quando o banco foi nacionalizado, sua diretoria foi substituída e toda a sorte de percalços acontecera, não só pela situação mundial, mas por pertencer “aos japoneses” cujo país de origem pertencia ao Eixo.
Terminada a guerra, em outubro de 1946, o banco volta às mãos de seus donos originais, seu capital é aumentado através de subscrições e suas dívidas são definitivamente equacionadas em 1949.
Em crescimento sua sede muda para a Rua Senador Feijó, 187 de onde, finalmente de muda para a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
O prédio encomendado pelo banco é de autoria dos arquitetos Ariaki Kato e Ernest Robert de Carvalho Mange, este que foi presidente da Empresa Municipal de Urbanização da cidade de São Paulo. O projeto é de 1965 e foi executado pela Construtora ENGIN Ltda. com seus 18 andares e 16.800m² de área construída num terreno de 2.007 m².
Além da sede do banco propriamente dita, neste endereço, era mantida uma galeria de artes e um auditório onde haviam várias exposições e outras manifestações artísticas patrocinadas pela instituição.
Também temos que lembrar que na Alameda Ribeirão Preto, 82 bem ao lado da sede do banco, existe um outro prédio onde os elementos da fachada são idênticos ao prédio da Avenida Brigadeiro Luís Antônio e que era conhecido internamente como “Sede 2”. Neste outro edifício, segundo relato de ex-funcionários funcionavam diversos departamentos tais como Recursos Humanos, FGTS, Jurídico etc.
O Banco América do Sul foi assumido pelo Banco Sudameris em 1998 e assim deixou de existir depois de 58 anos servindo ao público em geral e em especial as empresas e cidadãos ligados de alguma forma a colônia japonesa.
O pouco que sobrou de sua memória está conservado no setor de acervo cultural do Banco Santander Brasil*¹ em São Paulo.
Veja mais imagens sobre o Banco América do Sul (clique na miniatura para ampliar):
Nota:
*¹ Numa época de muitas consolidações no setor bancário, o América do Sul foi comprado pelo Banco Sudameris, que foi comprado pelo Banco ABN AMRO Real (O banco ABN AMRO havia comprado o Banco Real) que por sua vez foi absorvido pelo Santander que comprou a ABN AMRO a nível mundial. Ou seja, um funcionário do Banco América do Sul que tenha sobrevivido a estes movimentos trocou de empregador quatro vezes sem ter perdido o emprego.
Bibliografia:
- http://www.bratac.com.br/bratac/pt/index.php
- www.imigrantesjaponeses.com.br
- BREVE HISTÓRIA DO BANCO AMÉRICA DO SUL S.A. 1960 Editado por BANCO AMÉRICA DO SUL S.A. São Paulo, Brasil Imprimido (sic) em GRÁFICA HOSSOKAWA Ltda. Tóquio — Japão
- Revista da Associação dos Antigos Alunos do Mackenzie – Outubro/1970
- Revista Visão – Quem é Quem – Agosto/1980
Respostas de 70
Boa matéria José Vignoli.
Corria uma história que esse edifício era a prova de terremotos por pertencer a um banco de japoneses. Isso é verdade?
Não encontrei nenhuma referencia a esta possível característica do prédio, mas fica aí um fato ou um folclore envolvendo a construção. Obrigado pela informação
José Vignoli, eu me lembro quando fizeram uma demolição escondida da antiga agência que havia no final da Rua São Bento, que era em estilo neoclássico. O detalhe é que o prédio parecia todo em estado impecável de conservação, inclusive na pintura da fachada.
A história do Banco América do Sul, embora relativamente curta mas, talvez prestando grandes serviços à comunidade de imigrantes japoneses, deixou um marco na cidade.
Medonho
Sou prova viva das sucessivas fusões. Entrei no América do Sul em 1989 e ainda sou funcionária do Santander. Portanto, há 32 anos (a completar nesse ano). Foi o melhor banco para trabalhar, apesar de ser o mais atrasado em tecnologia e informática. Saudades.
Andréa, que boa notícia!, Parabéns!
Você poderia informar o Santander Cultural sobre a nossa postagem? O contato que eu tinha lá não está respondendo e os e-mails para scultural@santander.com.br estão voltando.
Obrigado
Entrei no Banco em 1973
Sai em abril de 1994
Muitas recordações e muitas histórias
Sou uma prova viva deste Bdnco
Banco que fez parte da minha vida, pois meu pai trabalhou praticamente a vida inteira nesse banco.
Fui muito nesse prédio e tb no da Al. Ribeirão Preto.
Newton, eram outros tempos, onde se entrava numa empresa para nela trabalhar toda uma vida.
Quais as atividades que eram desenvolvidas no prédio da Al. Ribeirão Preto?
Obrigado
Parabéns pelo artigo, no prédio da Al. Ribeirão Preto, ficava o pessoal do transporte, RH, Patrimônio (onde trabalhei), comunicação, depto de ações,telefonia e a diretoria. Acho que era isso.
No oitavo andar, Diretoria. Tinha um bar, duas grandes salas de espera, uma recepção e a sala da diretoria.
Na cobertura, funcionava uma academia ( isso na transição do BAS para o Sudameris)
Na Alameda Ribeirão Preto X Brigadeiro funcionou também por algum tempo a América do Sul Cia de Seguros, posterior Yasuda e atualmente Sompo Seguros com sede na Rua Cubatão desde os anos 90.
No 8 andar refeitório da diretoria e sala de reuniões, o 7 e 6 andares diretoria, 5 andar expansão, 4 andar patrimônio, 3 andar recursos humanos, 2 andar jurídico, 1 andar ??
Bom dia! No 1° andar funcionava o antigo setor de comunicação, tive o prazer de iniciar as atividades na av brig luiz Antônio e acompanhei a construção da sede II E mudamos para o 1° andar.Gratificante!!
Entrei no Banco em 1973
Sai em abril de 1994
Muitas recordações e muitas histórias
Sou uma prova viva deste
Trabalhei no Sudameris de 1995 a 2003 e vivi o momento desta aquisição ! Realmente existiam inúmeras obras de arte de artistas descendentes japoneses e japoneses . O outro prédio pelo o que me recordo era a área administrativa e TI do América do Sul , mas não tenho certeza .
O correto é Alameda Ribeirão Preto, e não Alameda Rio Claro como consta
Hélio, obrigado pela observação. Será corrigido. Espero que, apesar disso, o artigo tenha lhe agradado.
Que saudade…..na Alameda Rio Claro tbm pertencia ao Banco.Ali funcionava o Departamento Pessoal,Fgts,Jurídico entre outros…era a Sede 2.Trabalhei no Departamento Pessoal
Fui funcionário do Banco América do Sul (1973/1999), e nunca pensei que um dia ele iria ficar apenas na história, para mim ele foi tudo de melhor que tive na vida na esfera profissional.
Um banco de japoneses voltado para preferencialmente para comunidade japonesa, onde praticamente era inexistente a presença de negros no quadro de funcionário (principalmente na década de 80) creio que este histórico somente quebrado após as fusões no setor bancário !
boa tarde AMILTON, também fui funcionário do Banco América do Sul, em Campina Grande 1987/1995… ,muitas lembranças boas.
Um banco de japoneses para japoneses. Encontrar um funcionário que não tinha olhinhos puxados dentro da empresa era raríssimo. Super discriminatórios.
Aí q vc se engana.
Ele não discriminava ninguém, tanto q havia muito ocidentais também.
Se quiser te apresento um monte de ocidental q trabalhou lá e era feliz.
Ocidentais sim, negros nenhum !
Boa Tarde !!!
Discordo de todos trabalhei neste banco de 13/05/1974 a ABRIL de 1981 onde na agência que eu trabalhava que era na RUA 12 DE OUTUBRO / BAIRRO DA LAPA-SP, nesta agência inclusive tinha funcionários negros que inclusive um ou dois chegaram a chefia , que inclusive tinha um que era motorista que chegou a função Auxiliar de Contador e também tinha vários colegas brasileiros que chegaram a chefia para aquela epoca era o maximo além do respeito eu só sai porque fui para area de saúde onde estou até hoje até o momento. Agora era um banco pequeno mais para o pessoal oriental onde o banco não acompanhou a tecnologia , assim também foi a coperativa de COTIA, ou seja malservação / gestão temeraria .
Sabia que ia parecer um mimizento com esse vitimismo racista. O Banco era de Japoneses, você queria o que? Lá na Fundação Palmares tem algum japonês??? Amigo, aqu estamos falando de historia e essa aqui é de descendentes japoneses em São Paulo e não de afrodescendentes.
Realmente não discriminava, durante a segunda guerra sofreu intervenção federal e meu avô agrônomo foi indicado como interventor da colônia japonesa no Estado de São Paulo.
Terminada a guerra foram devolvidos os bens e ele se tornou grande amigo das famílias Miyasaka e Kato. Os dois pediram que ele sugerisse algum nome para dar continuidade na direção do banco e a indicação foi de um grande amigo e colega também do Ministério da Agricultura para a presidência do Banco.
A partir desses eventos após a segunda guerra, a diretoria deixou de ser exclusivamente de japoneses.
Caro , voce se engana eu sou brasileiro e trabalhei 11 anos nesta gloriosa instituição financeira . Nunca sofri nenhuma discriminação por parte de qualquer membro oriental da empresa , reveja seus conceitos
Ocidentais sim, negros nenhum !
Caro , ledo engano seu , eu sou brasileiro , não tenho olhos puxados e trabalhei por 13 anos e nunca vi discriminação alguma contra brasileiros natos . Era uma otima empresa para se trabalhar , ate hoje nos reunimos para lembrar os velhos tempos
Meu pai trabalhou no BAS até a aquisição pelo Sudameris e passou um período no prédio da Brigadeiro. E eu, muitos anos depois, trabalhei no prédio da Alameda Ribeirão Preto, quando tinha virado sede do Conselho Regional de Enfermagem. lá, meu pai disse, funcionavam departamentos administrativos, salas de reunião e o setor de depósitos noturnos. entre 2008 e 2009 houve uma reforma no prédio, e o vão livre foi fechado com vidros para se tornar sala de espera com ar condicionado =(
Belo artigo! No prédio da Alameda Ribeirão Preto, 82, hoje funciona o Conselho Regional de Enfermagem.
Jose Vignoli , parabéns pela reportagem fantastica , trabalhei em Curitiba/Pr e Florianopolis/Sc foi uma verdadeira erscola
O nome da Alameda é Ribeirão Preto. Era o Centro Administrativo do Banco e chamado de séde II.
Sou ex-funcionário e tenho muita saudade nessa época.
Show de bola essa história. Trabalhei na manutenção do Sudameris entre 1996 e 2004.
Estive a frente de vários processos internos que envolviam essas mudanças.
Vi o Sudameris comprar o América do Sul, ser comprado pelo Abn anto bank e posteriormente tudo sendo adquirido pelo Santander. Velhos tempos, grandes histórias.
Uma história relevante, foi a retirada do grande símbolo do BAS do topo desse edifício da Brigadeiro.
Fizemos com mão de obra interna, com poucos recursos e com toda a população de bancários trabalhando no local.
Foi penoso mas cumprimos as ordens, a missão.
Grande abraço, valeu pela lembrança
Trabalhei no BAS DE 1983 a 1999 iniciando em Sorocaba e passando por Americana e finalmente saindo, ja do Sudameris, em Belo Horizonte. Era uma família. Primeiro emprego e uma escola tanto pelo lado profissional quanto da ética e vida em familia. Muitos exemplos e saudades.
Só uma correção, o outro prédio, que era chamado de Sede 2, ficava na alameda Ribeirão Preto,82 e abrigava a diretoria e departamentos depois de construída .
Em 1987 iniciei minha carreira no mercado financeiro no Banco América do Sul ….evolui passando por todas as aquisições até Santander…..aprendi muito por ali durante 30 anos!!!!….hj já em outra IF sou grata e feliz pela minha história e trajetória!
Obs.: a rua lateral da Sede II (assim chamavam) era Al. Ribeirão Preto pelo que me recordo e não Rio Claro)
Abraço e parabéns pelo artigo
Andrea Gomes
Bela matéria José Vignoli. Parabéns !!!
Excelente contribuição histórica e valoriza empreendedores, e no caso, aos imigrantes Japoneses que tanto contribuiram para a nossa sociedade. Parabéns
Muito boa e interessante sua matéria!! Trabalhei no Banco América do Sul de 1985 até 2015.Porém, não conhecia a história de construção do prédio. Parabéns e obrigada pela divulgação do material.
Adorei ver as fotos fui funcionária do Banco, fui admitida em 02/01/1990 sai em junho de 2018 , sou aposentada desde 2017 como Santander, atualmente sou correspondente bancaria, temos um grupo no WhatsApp dos ex-funcionários do BAS com mais de 80 pessoas.
Fui funcionário do banco de 1987 a 1991, trabalhando no 11o andar do prédio da Brigadeiro. Ali era a Secad/Secred (setor de cadastro / setor de crédito), onde eram aprovados financiamentos, possibilidade de empréstimos e tal. Eu trabalhava no período da manhã e, no meio de uma centena de funcionários, era um dos poucos não-orientais do local. Mas isso jamais foi um problema. E, muito pelo contrário, fiz grandes colegas lá. O fato é que eu fui demitido nos altos dos meus 19 anos, após virar representante do banco no Sindicato dos Bancários e encabeçar uma greve em agosto de 1991 (dizem que foi a primeira da instituição)….Mas, apesar da limitação dos gestores, o banco tinha bons benefícios, como divisão nos lucros e 14o salário.
bom dia!! Entrei em 1989 no América do Sul, para carregar malotes na madrugada! Sai em 2000 como advogado. Trabalhei na compensação e no Jurídico. Ótimas recordações!! Grandes amizades!!
Eu me lembro muito bem desse banco e o que mais chamava a atenção era o fato de todos os funcionários serem de traços orientais.
o meus amigos tbm trabalhei no BAS de 76 a 91 mt bom tenho saudades comecei em Americana, Atibaia, Limeira sp foi otimo do Gerente ao Continuo era o mesmo trato Obs…….agora estou a procura das minhas acoes, nao estou encontrando ja fui no Bc Santander e nada Por favor se alguem ai, meus amigos souber de alguma coisa me ajuda ok esta ai meu Email um grande Abraco a todos
Saudades de onde eu iniciei minha carreira, primeiro como estagiário, depois como advogado do Banco de Investimento, e em outra etapa, como advogado do Crédito Imobiliário. Homenagem ao meu mestre, Dr. Ruy de Oliveira Pereira.
BAS /ag. Guarulhos Gerente Yamamoto e sub Gerente João Akira Ebara…………., idos de 1974 e 1978……..!!!!!!
Boas lembranças do pessoal da Tesouraria da Microlite…..!!!!!
Sou de origem Italiana, entrei no BAS em 1971 e saí em 2013 já no Santander. Sou daqueles com único registro na Carteira Profissional que trabalhou em 4 bancos. Era um banco pequeno pelos padrões de hoje, operacionalmente, era um sistema de “feijão com arroz” mas que funcionava muito bem. Exemplificando, o sistema de cobrança dava de 10 a zero em alguns bancos “ditos” grandes. Era um dos que prestava serviços de cobrança à AUTOLATINA.
entrei no BAS em 1972 onde permaneci ate 1981 e nesses quase 10 anos nunca sofri ou notei nenhum tipo de discriminacao. Se nao havia funcionarios negros é porque certamente nao havia tantos candidatos pra serem notados. No entanto, na maior agencia da rede, Sen. Feijo, em sampa, onde trabalhei, havia sim alguns representantes negros e que eram felizes entre nos , descendentes ou não de japoneses. Obviamente havia os figuroes, verdadeiras mumias decorativas que ocupavam determinadas posiçoes de importancia na empresa e que mal falavam portugues e portanto nao se comunicavam conosco, brasileiros.
José Vignoli, parabéns pela excelente matéria, trabalhei nesta empresa de 1977 a 1986 n matriz e sede II.
Quando conheci meu marido Roberto Masacatsu Sakuma na década de 1950 ele já trabalhava no Banco America do Sul , agência de Marília , onde morávamos. Em 1962 Robertp se transferiu para S.Paulo como contador da agência da Galvão Bueno . No ano em que casamos ele foi para a nova sede da Matriz anteriormente na rua Senador Feijò ,agora no belo prédio da Brigadeiro Luís Antonio onde trabalhou no departamento de câmbio até se aposentar na década de 1980..O Banco América do Sul fez parte de toda nossa vida em comum, era, como ele dizia ,sua família profissional .Foi portanto muito triste para ele ver o nome e o símbolo do BAS desaparecer ao longo de várias aquisições que culminaram no atual Santander. Roberto faleceu recentemente em novembro de 2021. Por isso foi com imensa emoção que vejo a história do Banco América do Sul aqui revivida ! É como se a vida de meu marido renascesse nessa reportagem. Ao sr.. José Vignoli, toda minha gratidão !!!
Iniciei minha carreira no BAS Ag. Registro em 1971, fui transferida para Matriz no Dpto. de Câmbio na área de Comunicação em 1976, depois Importação e Remessa. Muita aprendizagem, eu adorava trabalhar lá, fiz muitas amizades e mantenho relacionamento até hoje. Fiquei muito triste quando o BAS foi vendido para Sudameris, atualmente Santander. Guardo boas recordações da época e sinto muitas saudades….
Só tenho que agradecer ao Sr. José Vignoli pela excelente matéria. Muito obrigada!!
Como descendente de japoneses, eu só tenho a agradecer por este belíssimo artigo. Se não fosse por você, este pedaço de história seria esquecido. E pelo que vejo nos comentários, o BAS teve uma grande importância na vida de muita gente, dentro e fora da colônia japonesa.
Como correntista, meu pai viveu as transições Banco América do Sul > Sudameris > Banco Real > Banco Santander. Muitos correntistas nipo-brasileiros do Santander estão nele pela simples continuidade do BAS.
Trabalhei no Banco América do Sul S.A. de 1989 a 1991, na agência São Luís-MA. Foi muito interessante. Aprendi muito. Fiz cursos e aprendi muito sobre relações humanas, relações com mercado e valorização do funcionário em primeiro lugar, porque é o funcionário que lida diretamente com o cliente. “O funcionalismo é a alma da organização bancária”. Frase de Kunito Myasaka, fundador do BAS. Se o cliente é o patrimônio da empresa, os funcionários são a alma desta empresa e da sua organização. Por isso, no BAS, o funcionário era muito bem valorizado e muito bem tratado, e respeitado. Mas se um funcionário tratasse mal um cliente, era demitido na mesma hora.
Boa tarde, lendo alguns comentários, veio as minhas lembranças, admitido no BAS, Ag. Campina Grande/PB, em 03/11/1987, onde fui admitido como escriturário, e em poucos meses, o banco sempre oferecia oportunidade para crescer no quadro de funcionários, dai passei alguns anos como CHEFE DE SERVIÇO na época, onde lembro como funcionário onde fui admitido na Gerência do Sr. Luiz Mitsuhara Itikawa, no tenho uma gratidão por ele em especial, Sr. Pedro Takuo Ebara (Gerente), Sérgio Bachega (subgerente), Edson José (na época Contador), Cida Xavier (Contadora), ai vai outros Jordânio, Ladmilson, Tadeu, Socorro Silva, Socorro Sobral, Gilvan (hoje gerente em uma agência do Banco do Brasil, aqui na Paraíba, e outros que tive a sorte de conviver e na época éramos uma família. Que saudades !
Lendo tantas manifestações de ex-funcionários do extinto Banco América do Sul, cheguei à conclusão de que pouquíssimas empresas permaneceram no coração de tanta gente apesar de seu desaparecimento. A razão desse sentimento de carinho guardado por eles era certamente a percepção de que ,antes de meros funcionários , eles se eram vistos e valorizados como seres humanos , parte de uma grande sociedade , daí a participação de lucro, o décimo quarto salário. Foi por esse sentimento que meu saudoso marido Roberto Sakuma nunca quis sair desse banco. Ele amava o BAS !
Realmente não discriminava, durante a segunda guerra sofreu intervenção federal e meu avô agrônomo foi indicado como interventor da colônia japonesa no Estado de São Paulo.
Terminada a guerra foram devolvidos os bens e ele se tornou grande amigo das famílias Miyasaka e Kato. Os dois pediram que ele sugerisse algum nome para dar continuidade na direção do banco e a indicação foi de um grande amigo e colega também do Ministério da Agricultura para a presidência do Banco.
A partir desses eventos após a segunda guerra, a diretoria deixou de ser exclusivamente de japoneses.
Todos os elogios aqui nos comentários são verdadeiros, meu avô faleceu eu tinha sete anos, mas me lembro do quanto minha avó comentava sobre a lealdade principalmente do Dr. Miyasaka que era o mais colado com meu avô, e a lealdade dessas duas famílias era transferida para os funcionários.
Em agosto de 1974 até setembro de 1976 fui funcionário do Banco América do Sul, na cidade de Taubaté-SP. Na verdade não fiquei na agência de Taubaté, mas fui trabalhar na câmara de compensação integrada do Banco do Brasil na cidade de Guaratinguetá-SP. Fui um dos pioneiros na criação desse sistema de compensação, juntamente com todos os representantes bancários daquela época. Só me conheciam pelo alcunha de GINKO, nome do América do Sul no sistema bancário, que significa em japonês “banco”. Naquele tempo o Banco América do Sul, em termos de banco privado, era o melhor para se trabalhar, foi muito bom ter conhecido o GINKO.
Trabalhei em Santos na rua amador bueno, faz muito tempo. Alguém lembra? Tem alguém vivo?
Olha que legal que achei por aqui, as histórias do BAS – Banco Américado do Sul S/A, me arremete a ótimas lembranças 🙂
Entrei no banco no dia 09/11/1987, junto agência Belém/PA na ria IV de Novembro como Escriturário onde fui encarregado de malotes, já em Janeiro de 1989 fui transferido para agência da avenida Princesa Isabel de Vitória/ES, onde fui para cobrança e atendimento ao público, depois passei para o desconto e atendimento ao público, depois fui para compensação, e depois fui para o CPD. Em 1991 fui transferido de retorno para Belém/PA, onde iria exercer a função de Comissionado, ou seja, chefe de carteira junto a nova agência São Braz recém inaugurada, porém em compatibilidade de informações junto ao contado da época, em março de 1992 pedi demissão quando retornei para Vitória/ES para trabalhar no turismo, o qual estou até os dias de hoje no ramo.
Agora, em toda minha época, posso afirmar que fiz inúmeros amigos japoneses, niseis, e muitos brasileiros de todas as raças e cores…. O BAS fui uma grande escola, e magnífico para se trabalhar. Até hoje preservo amizade de grandes amigos japoneses que hoje se encontram morando no Japão.
Trabalhei no BAS em Santos narua amador bueno 20 em 1956 a 1960. Bons tempos. Franklin f. Naka.
Trabalhei no BAS desde maio/87 até no final de nov.2000 no cpd anchieta onde fui transferido para o cpd do banco sudameris em santo amaro px. da estatua do borba gato ….. tanto no cpd do bas quanto do sudameris ….. fiz varias amizades e tenho muitas recordações e saudades daquela época…. muito bom…. e o bas foi uma instituição maravilhosa pra se trabalhar e aprendi muito com eles ….. a tecnologia da época do bas era tudo da unysis achavam de ponta rodava perfeitamente….. quando cheguei no sudameris anos-luz tudo da ibm …. mas não fiquei muito tempo….. só saudades……
Ola amigos, me chamo Marcio Hiromu Ishioka, minha familia toda trabalhava nesse banco que era uma grande familia, nao havia nenhuma
descriminacao como descreve o cidadão acima,. Nossa que nostalgia, bons tempos! Trabalhei no BAS de 1986 ate 1991 na matriz no 14 andar setor de cobrança, DECON/SECON, meu pai era chefe de seção na sede 2 no DEPAT/SEPAT departamento de patrimonio, ele aposentou pelo banco, todo as vésperas de Natal e Ano Novo o banco todo se reunia e festejava entre amigos, algo que não se vê hoje em dia infelizmente, 1 vez por ano fazia excursões com seus funcionários, reunia e fazia festas churrasco para seus funcionários no clube de campo do banco em Aruja, ou então em Santos na casa de praia que o banco possuía lá para benefício de seus funcionários, era realmente uma grande família, deixou muitas saudades! Obrigado por essa postagem e por relembrar essa linda história do BAS!
Olá, Marcio Hiromu , seu pai foi certamente contemporâneo ou colega de banco de meu marido Roberto Masacatsu Sakuma que faleceu há doi anos. Confirmo tudo o que você afirma em seu comentário .Realmente , o BAS colocava em primeiro lugar a harmonia e o bem estar de seus funcionários em detrimento do lucro que hoje todo banco privilegia. Talvez por esse motivo não tenha conseguido sobreviver .Uma pena !!
Olá!
Sou Ribamar Serrão,
Também fiz parte desse conglomerado de pessoas interessantes que deixaram suas marcas nessa tão conceituada empresa, o BAS. (Dez/1985 – Dez/1997)
Talvez por ser única na minha cidade e estado, trabalhei sempre na mesma agência, a Agência 070 – São Luís/MA, onde as mais próximas, era a de Belém/PA, a de Tomé-Açú/PA, a de Fortaleza/CE, a de Natal/RN e mais algumas outras dentro das regiões norte e nordeste do País.
Após deixar o “banco”, já ingressei em vários seguimentos. Porém, o bancário, deixou marcas em minha vida. Marcas boas! Diga-se de passagem.
Há quem afirme que, “assim como o corpo humano é dotado de alma, as empresas também são”. O BAS provou para mim que essa afirmativa faz sentido. Eu sentia um pouco dessa “alma” ao me deparar com a sua filosofia.
O BAS era uma escola de vida!
Olá!
Sou Osivaldo Silva,
Trabalhei no BAS no período, (1989 – 1996), na agência 070 – São Luís/MA e, sou muito grato por tudo que aprendi ali. A exemplo de muitos funcionários, entrei como contínuo e que, com o meu esforço e o reconhecimento da instituição, galguei cargos relevantes dentro do banco que me servem até hoje na minha vida pessoal e profissional.
Graças a tecnologia de hoje, faço parte de grupos de relacionamentos(WhatsApp, Instagram e outros) onde posso me comunicar com ex-colegas do banco em todo o Brasil.
Como é emocionante e gratificante ver/ler comentários de ex-colegas do BAS que, assim como eu fizemos parte da história dessa conceituada instituição financeira!
É uma pena que tenha acabado!
Bom dia!
Trabalhei numa empresa na época do Banco América do Sul. Meu patrão, Tanaka, dizia que depositava meu FGTS nesse Banco. Hoje não consigo aposentar devido não conseguir comprovar o tempo de contribuição, sendo obrigada a trabalhar mais de ano para me aposentar. Gostaria de saber se tem alguma informação referente ao meu nome nessa empresa.
Desde já, agradeço.