Avenida Cruzeiro do Sul 1957 & 2013

Fazer comparativos é uma das melhores maneiras para observarmos as mudanças da cidade através dos tempos. E esta sessão “Antes & Depois” é uma das mais acessadas  aqui no blog pelos leitores que gostam de conhecer os locais de hoje com as lentes de ontem.

E o comparativo desta vez é na zona norte da cidade de São Paulo. Observem a fotografia abaixo, feita por William Janssen, estrangeiro que na década de 50 fotografou bondes de inúmeras cidades brasileiras.

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A fotografia é espetacular e mostra o final da Avenida Cruzeiro do Sul, em Santana. Na imagem, além do bonde, é possível notar um bairro ainda bastante pacato, com os trilhos do Tramway da Cantareira no lado direito alguns pequenos estabelecimentos comerciais no centro da fotografia e, a esquerda a Escola Estadual Padre Antonio Vieira.

Agora, observamos a fotografia tirada em 28 de julho de 2013:

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A atualidade mostra que pouca coisa daquela época ainda resiste neste trecho da avenida. A igreja ao fundo da foto de 1957 ainda existe, mas desapareceu na foto de 2013, engolida pelos grandes edifícios que foram erguidos no horizonte. As casas pequenas já não existem mais. É possível notar que um prédio pequeno, de quatro andares, no canto direito das duas fotos ainda sobrevive, na cor branca em 1957 e em um tom de amarelo na imagem atual, escondido pelo paredão de um edifício.

Os trilhos do trem da cantareira desapareceu, com a extinção da linha férrea na década de 60. Em seu lugar hoje corre a linha do metrô, já um pouco acima da Estação Santana. Nota-se também a poluição visual causada pela fiação aérea, um dos grandes males da capital paulista. A escola sobrevive preservada tal qual em 1957, apenas estando coberta por diversas árvores. E, por fim, o saudoso bonde deu lugar aos ônibus coletivos.

Abaixo, uma outra imagem atual da escola que é a grande sobrevivente desses 56 anos de distância entre as duas fotografias:

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Para você, melhoramos ou pioramos em 56 anos ? O que melhorou e o que piorou ? Deixe seu comentário.

Veja outros comparativos na nossa sessão Antes & Depois

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28 respostas

  1. Olha, nesse ponto, neste bairro só melhorou, em todos os aspectos: transporte, infraestrutura, conforto, meio ambiente pelas ruas serem mais limpas e arborizadas, em todos os aspectos melhoraram, até a poluição visual da fiação aérea parece ser um problema antigo também, rsrsrsrs, enfim.

    Acredito que a única coisa que piorou, assim como em toda a cidade de São Paulo, é a ocupação desordenada causada pelo crescimento urbano desordenado da cidade e na falta de planejamento e intervenção urbana por parte do poder público para deixar a cidade mais organizada. O exemplo mais notável na foto são od edifícios no fundo que com certeza, pela especulação imobiliária na região foram construídos sem fiscalização “enfeiando” a cidade e o bairro.

  2. O que melhorou foi o transporte e muito que acompanha a megalópole,a iluminação da cidade,o comércio em geral, a modernidade do automóvel,a população aumentou gigantescamente,mas também criou-se a classe C(melhorando a vida de 40 milhões de cidadãos!),o Brasil no cenário mundial, as condições de emprego,a agilização dos concursos publicos,nossa balança comercial ,infra estrutura em vários estados do país,dando condição do cidadão permanecer no seu estado, e muito mais! O que piorou foi o ensino, a poluição,a segurança,o custo de vida exacerbado,consumismo desenfreado,impostos e a desumanização que cresce com a megalópole!Mas ao ver as duas fotos e vivenciar as duas épocas é emociante,sem dúvida!

  3. Um colega meu da Escola Técnica Federal me informou que a turma dele plantou a primeira árvore da foto – a esquerda – em 1959… acho que num ‘dia da árvore’…

  4. prefiro as casas antigas, são minha paixão, modernidade para mim não vale nada, só poluição e nada a ver com a vida simples mas compensadora de antigamente…..

  5. Na época, a escola em questão chamava “GRUPO ESCOLAR BUENOS AIRES” , se não me falha a memória!

      1. Fiz o pré-primário neste prédio e era mesmo Buenos Aires. Na década de 1960 parte das turmas do primário se mudou para o novo prédio na Olavo Egidio levando consigo o nome. Não poderia afirmar, mas acho que neste prédio, antes do Olavo Egidio ficar pronto, conviviam duas escolas, Padre Antonio Vieira e Buenos Aires.

        1. Eu estudei no CEPAV de 1994 a 1996 no Ensino Médio foi a melhor época da minha vida a escola tinha uma espécie de porão embaixo do prédio onde as carteiras e cadeiras quebradas eram guardadas e um laboratório ao lado da cantina,eu voto nessa escola

  6. Concordo com a amiga Adriana, sou extremamente saudosista e, se pudesse optar pela arquitetura, urbanismo, tranquilidade e muitas outras coisas de antigamente aliada a modernidade e tecnologia de hoje, seria a o lugar perfeito!

  7. Nossa, essa imagem é perfeita!

    Nos faz sentir na decada de 50, embarcando com os operários ali no bonde. Parabéns ao blog!

  8. Sem dúvida o transito e consequentemente a qualidade de vida pioraram muito. Essa foto deve ter sido tirada num domingo e bem cedo, porque é a única hora que seria possível isso. Não me lembro de quando vi essa avenida assim pela última vez. Parabéns pelo trabalho.

  9. A tomada dessa foto indica a data de 29 de janeiro de 1957, e traz uma cena do bairro de Santana ainda com a presença de bondes, além da via férrea que passava no canteiro central da av. Cruzeiro do Sul (hoje ocupado pelos trilhos do metrô) do lendário trenzinho da Cantareira (ramal Horto Florestal). A cena trouxe-me (algumas) lembranças que vivenciei por essas paragens, só que no ano de 1962 (5 anos mais tarde). Afinal o que são 5 anos quando já se passaram mais de 50, nao é? Lembro sim que caminhei inúmeras vezes ao lado dessa calçada (era do então Ginásio Estadual Buenos Aires). Acho que no ano seguinte, a escola mudou-se para a rua Olavo Egidio e esse prédio histórico (doado pelo governo da Argentina) se tornou o GE Padre Antônio Vieira. Mirando os olhos no sentido da via férrea — lá virávamos à esquerda e lá estava a estação Santana (situado num curto trecho da av. Alfredo Pujol, entre a Cruzeiro do Sul e a Voluntários da Pátria). Lembrança dos meus tempos de admissão, um cursinho que fazíamos à época para os disputados exames — eram as vagas do curso ginasial em escolas públicas (dos tempos de garoto, a caminho dos onze anos). Em tempo: quase em frente à escola, ficava a metalúrgica La Fonte. Outra: não havia mais bondes em 1962. Por fim, caro Douglas, parabéns pelo blog.

  10. amei ver essa comparação, ao meu ver antigamente nao tinha a tecnologia que tem hoje,tornando a vida mais facil, porém antigamente parecia ser bem mais tranquilo e possuir bem menos violencia do que hoje

  11. Da pra ver na foto que o céu estava mais limpo, ou seja, não havia muita poluição.

  12. Será que alguém tem fotos da quadra e salas que ficavam nos fundos da igreja matriz de Santana? Foram demolidas (não a igreja) para darem lugar à estação do metrô.

  13. esse pedaço está muito maltratado, sob o metrô, estação santana, uma porção de barracas nas calçadas do centro da avenida, um lixo! com cheiro de urina e fezes e a maioria na droga.

  14. eu, faz tempo estou pesquisando se o janio quadros estudou nesse colegio padre vieira -vc sabe dizer alguma coisa (quero dizer tambem que no estado todo de sao paulo tem esses colegios do mesmo formato e estilo…)apesar de janio ser do mato grosso veio pequeno pra sao paulo…..abração…

  15. Morei nesse local de 1965 ate 1982, durante esse tempo via a desconstrução de uma área residencial para uma área coalhada de moradores de rua, comercio caótico e a degradação da qualidade de vida tornando o local uma pocilga.

  16. Eu morei na Ezequiel Freire desde 1959 até 1983… Andei no “maria fumaça” de Santana para o Jardim Pery e vice versa…
    Bonde, no sentido jabaquara hospital servidor público…
    O colegio da foto é o Padre Antônio Vieira… Cruzeiro do Sul com a Gabriel Pizza…A igreja Matriz de Santana na esquina com a Voluntários da Pátria (me casei alí)…
    Olhando a foto, vejo que era tudo muito mais bonito, romântico…
    Saudades!

  17. Em conversa com meu pai, tios, avós, soube que o prédio do colégio era uma embaixada antes de receber estudantes e foi doado. Por isso que recebeu o nome de Buenos Aires. O prediozinho no fundo que o texto cita ainda permanecer, mas ter mudado de cor, é um dos prédios pertencentes ao Colégio Santana, ao lado da capela.

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