O lar da família que foi ícone da história do empresariado de São Paulo, deu o seu último suspiro no dia 18 de maio.
A mansão do Matarazzo foi construída na década de 1940 na Avenida Paulista. Ícone do empreendedorismo brasileiro, as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM) contribuiram muito no desenvolvimento econômico do país. Em 1990, a mansão foi demolida. Seu local virou um amplo estacionamento.
Este contexto histórico sucinto sobre a mansão da família Matarazzo poderia parar por aqui, mas após a demolição algo sobreviveu: o jardim de inverno e a sauna.
Passados mais de 20 anos, o CONPRESP – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico – deu baixa no pedido de tombamento. A ganância de incorporadoras e empreiteiras por este espaço cobiçado fez o pouco que ainda restava do que outrora fora uma mansão, sucumbir. E assim foi feito, no dia 18 de maio o resquício da mansão foi para o chão, definitivamente e para sempre.
Em uma cidade tão carente de verde, no local ainda persistem árvores como jabuticabeiras e palmeiras e uma simples proteção protege essas árvores do canteiro de obras. A pergunta que não quer calar: qual será o destino dessas árvores?

Manejo ambiental autorizado, mas é justo para a cidade ?
Este processo de urbanização brutal e desorganizado é uma realidade onde não podemos fechar os olhos. E ela nos remete a ignorar o passado, demolir a história tendo como finalidade a construção de mais um shopping acoplado com um centro comercial. Afinal, estamos falando da Avenida Paulista, o coração financeiro do Brasil. É o alto preço que pagamos.
Saiba mais: Mansão Matarazzo – O que ainda resta ?
Veja mais fotos da demolição do local (clique na miniatura para ampliar):
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