Casa – Avenida Paes de Barros

Um passeio por qualquer bairro paulistano vai revelar sempre uma ou outra construção abandonada, seja ela casa, uma fábrica, um terreno ou até mesmo algum edifício. Aqui mesmo pelo site da São Paulo Antiga você irá encontrar algumas catalogadas. As razões que levam ao abandono são as mais diversas, mas muitas vezes os motivos são de questões legais, como inventários, disputa em família e por ai vai.

Hoje apresento uma casa que vejo há anos nesta situação e que me entristece muito pois ela poderia estar sendo habitada normalmente, entretanto está em situação de abandono:

Localizada no número 597 da avenida Paes de Barros, no bairro da Mooca, este sobrado antigo aparentemente foi construído na década de 1950 e apresenta-se em bom estado de conservação. No entanto, desde 2018 encontra-se fechada e nos últimos tempos em situação de abandono. Além da entrada até janelas foram emparedadas com blocos.

É realmente lamentável vê-la assim pois até poucos anos atrás encontrava-se limpa e funcional, sendo que era sempre visto pessoas nesta residência. É possível que o morador tenha falecido e a casa esteja em algum litígio de inventário, e enquanto isso o imóvel se deteriora. Inventário hoje é super rápido de ser feito se as partes interessadas estão em entendimento.

A fotografia abaixo de 2017 é uma das últimas com o imóvel ainda habitado, nota-se que além de ampla a residência é muito bonita e estava até então muito bem preservada.

Penso que é necessária uma legislação mais coerente com a realidade paulistana no que tange imóveis vazios, abandonados ou não, que não cumprem a sua função social. Deveria ser dado um prazo máximo para resolução de toda e qualquer contenda que envolva o imóvel de, por exemplo, quatro anos. Após esse prazo o imóvel deveria ser entregue ao poder público municipal para ser destinado a moradia ou algum outro serviço social. Isso ia fazer os proprietários desses imóveis se mexerem rapidamente.

Enquanto isso não acontece, vamos vendo as casas se deteriorando. Abaixo mais duas imagens da casa atualmente:

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Respostas de 18

  1. Inventário e rápido e fácil mas para fazer e caro, todo procedimento e txs tem que a pagar a vista, se a família não tiver condições não o fará. E para que o inventário prossiga além de todos herdeiros concordar o imóvel tem que estar regular perante prefeitura, estado e federal.

    1. Realmente conheço casos absurdos em que a família fica 10 anos ou mais sem fazer o inventário alegando taxas caras – que realmente são -, mas todos os filhos dos falecidos têm carros de valor alto, viajam, gastam com roupas de marca e futilidades. Na maioria dos casos que vejo, portanto, é inversão de prioridades e desleixo da família.

  2. Gosto muito de olhar por estes imóveis antigos..Eu também concordo que deveria dar uma utilidade a estes espaços, a qual já foi uma bela moradia da época.. Infelizmente depende do poder Público em dar uma ajuda pra isto ser resolvido, não falta dinheiro e sim consciência de preservar .

  3. Exatamente, que seja passado ao poder público e que este pague ao proprietário o valor de mercado do imóvel.
    Ninguém deixa um imóvel abandonado por vontade própria, mas por problemas alheios s sua vontade, como até a falta de comprador para o mesmo.

    1. Verdade Sh. Alfredo, ninguém abandona seu imóvel atoa, e sugerir que o poder público tome posse é totalmente insano , pois sugere uma falta de respeito a propriedade particular, na qual se depositou trabalho, suor e sonhos, as custas de muitos impostos.

    2. Muita gente abandona por mesquinharia sim. Conheço famílias cujos patriarcas eram pessoas zelosas e honestas, mas cujos filhos e netos são desocupados usurpadores, que querem o patrimônio, mas sem pagar nada. E, sem consciência e nem respeito à obra e à memória dos falecidos, deixam tudo deteriorar. Uma vergonha.

  4. Tem na avenida de pães de Barros no ponto de onibus parada Juventus, mais um prédio há mais de 10 anos abandonado e ninguém faz nada

  5. um bem de família é da família e ponto final alguém trabalhou muito pra conquistar, e só cabe a família decidir o que fazer, este papo de tem que cumprir função social pra mim é papo furado .Se o imóvel está parado deve ser por inúmeros motivos como litígio, problemas com inventário, documentação, etc.Mas de qualquer forma isso é problema da família

  6. Como já citado inventários são rápidos desde que se tenha dinheiro, são taxas altas, valores que são cobrados de acordo com os bens inventariados….Se os bens já são da família acho absurda tantas taxas e impostos a serem pagos, além do que há honorários advocatícios e dependendo do vínculo familiar a dor e sofrimento psicológico da pessoa herdeira. Sei bem o que é isso.

  7. Sendo que o advogado leva 20% do valor do processo,assim caso a família tenha que inventariar e não tendo o valor para o advogado e custas processuais não
    há como inventariar,aí a opção seria alugar
    que demanda reforma e mais gastos ,de
    novo,portanto,se a família não estiver em boas condições financeiras ,tudo continuará
    como está….
    Não estou considerando o consenso familiar,
    que por si só já é um grande desafio

  8. O custo para se fazer um inventário é absurdo, tenho caso de primos que gastaram 60 mil só para fazer o inventário. O terreno onde moro é herança do meus avós paternos. Meu pai tinha mais 4 irmãos, destes apenas 2 ainda vivos, ou seja para regularizar o terreno teria que fazer 6 inventários o que torna impossível devido aos custos.

  9. Esse papo de jornalista esquerdista que votou no Lule é fora da caixinha…
    A pessoa trabalha a boda toda para conquistar uma casa e deixar para filhos e netos e o cara me vem com o papo do poder publico tomar aquela residência.
    Entrei no site para ver a casa, pois morei 35 anos na Mooca e me deparo com uma matéria de texto absurda dessas!

    1. Não tem nada de “Lule” ou “Bolsonare” seja mais inteligente que isso ao fazer seu comentário se você consegue.
      Se a casa estivesse ocupada pelos tais “filhos e netos” não vejo problema algum, agora casa vazia em situação de abandono e ajudando a desvalorizar o entorno não é o que se espera, especialmente em uma cidade com um déficit enorme de moradia.
      A desapropriação de casas que não cumprem sua função social é algo válido e justo. E não se esqueça que desapropriação é feita com indenização monetária.

      1. Douglas, entendo perfeitamente seu posicionamento no texto e defendo, sim, a preservação do patrimônio em caso de famílias desleixadas que deixam patrimônio se deteriorar. Não é “problema da família”, como disse o bolsominion, mas sim da cidade e de toda a sociedade. Estamos sendo contaminados por esses paulistanos babacas de extrema direita, seguidores de Olavo de Carvalho e Q Anon.

    2. Logo se deduz que você é um nazifascista que votou no Bolsonazi. Viúva chorosa do Bozo!!

      PS: se passou comentário falando de “Lula esquerdista”, vamos ver se não passa esse de Bozo fascista.

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