Os cofres de depósito noturno do centro de São Paulo

Caminhando pelo centro de São Paulo, principalmente pelas ruas São Bento e 15 de novembro, é possível observar alguns cofres instalados na parede externa de alguns dos edifícios. São os cofres para depósitos noturnos.

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Estes cofres começaram a surgir em São Paulo nos primeiros anos do século 20 e por décadas – até bem pouco tempo atrás – eram bastante utilizadas. No início atendiam principalmente a empresários e comerciantes cujos estabelecimentos funcionavam até bem depois do horário de expediente bancário.

A pessoa preparava um envelope (ou até mesmo um malote) e dirigia-se ao cofre do banco em que tinha conta, fazendo o chamado depósito noturno. No dia seguinte um funcionário do banco retira os depósitos por dentro do banco e fazia o crédito nas contas correspondentes.

Em uma segunda fase da utilização dos depósitos noturnos, as empresas de segurança é que passaram a utilizá-los, parando seus carros-fortes diante deles e descarregando os malotes nos cofres. Com o passar dos anos e a modernização das atividades bancárias e financeiras os mecanismos de depósitos noturnos foram caindo em desuso.

Com o tempo muitos dos chamados “recebedores automáticos” foram arrancados das paredes, mas ainda existem vários espalhados pelas principais ruas centrais da cidade. Alguns deles, inclusive, remetem a bancos que nem mais existem.

Fizemos uma seleção deles, confira:

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Local: Rua 15 de Novembro

Os principais fabricantes de cofres para depósitos noturnos são estrangeiros. As empresas Mosler (clique no nome e veja mais) e Diebold são as mais encontradas, enquanto a marca Bernardini era a nacional mais requisitada.

BÔNUS – CAIXA DE CORREIO:

Muito parecida com os cofres para depósitos noturnos, esta caixa de correio da rua 15 de novembro também é bastante interessante.

Foto: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga
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Respostas de 21

  1. tenho uma dúvida… como eram feitos esses depósitos? as pessoas tinham a chave desses cofres? pq não vejo nenhuma entrada para envelopes e imagino que daria problema caso várias pessoas tivessem acesso ao que já havia sido depositado né…

    1. Existia um sistema em que vc colocava o seu malote, quando fechava a porta o malote caia no cofre, ao voltar a abrir ja podia ser utilizado novamente. E todos tinhas a mesma chave.

  2. Até os cofres tem sua história, muito interessante, retratos de uma época, e a evolução dos depósitos!

  3. Esses cofres noturnos são os avôs dos caixas eletrônicos modernos.
    Douglas, aqui vai uma sugestão de artigo: que tal escrever sobre as rodas do enjeitados, que haviam em alguns hospitais como a Santa Casa?

  4. Outro dia eu estava na internet e eis que me aparece uma publicidade antiga do Bradesco onde mostrava uma Kombi com um caixa eletrônico na caçamba, uma espécie de caixa eletrônico móvel, ai eu pensei com meus botões: “E pensar que num belo dia nós tínhamos isso.”, o que hoje seria impensável pois os “malas” com certeza viriam com um guincho para levar a Kombosa embora.

    1. Olá, Daniel, tudo bem? Sou jornalista e estou precisando de depoimento de alguém que tenha usado esse tipo de cofre, você tem alguém para indicar? Meu nome é Melissa Diniz e meu email é (melmdiniz@gmail.com). Muito obrigada.

  5. Que legal esse artigo! Com ele descobrimos o mistério daquela “coisa” infincada na parede do prédio Banco do Brasil! Que legal! Eu relatei um passeio fotográfico pelo centro de SP que fiz um tempoa trás no blog (https://www.willingtolive.com/br/primeiro-passeio-fotografico-centro-sao-paulo) e tirei uma foto dassa “coisa” que me intrigava. Agora já sei que é um cofre de depósito notruno! Obrigado! Passeios fotográficos sempre ajudando a gente a descobrir coisas de nossa cidade 🙂
    Ainda farei mais um passeio fotográfico pelo centro para fotografar mais cofres como esses que você nos mostrou, Douglas 🙂
    Valeu! Obrigado pela ajuda!

  6. Brilhante sua matéria. Amei. Copiei no meu face. Olha lá. ABRAÇO
    Maria Eugênia Andreetta

  7. Diebold Nixdorf ainda existe. Eles produzem caixas automaticos e algo nao vistpo por estas paragens. O banco drive through ou drive-thru e um sistema deles.

    Vc efetua a sua transacao bancaria sem sair do carro, mandando depositos ou retiradas, inseridos em um cilindro de acrilico, atraves de um tubo pneumatico A Caixa, ou Teller, se comunica consigo por via de um microfone. Cameras de monitoramento estao direcionadas no veiculo.

    E usado para operacoes corriqueiras e menos complexas. As velhinhas Americanas, no entanto, nao queriam nada disto…. Elas faziam questao de entrar na agencia, e contar o seu dinheiro.

    Os bancos davam cafe mata rato, balinhas doces.Estas velhinhas guardavam muito dinheiro.

    Ate mesmo a notarizacao de documentos ( reconhecimento de firma ), e gratis, para clientes do banco. Geralmente a gerente bancaria ( no sexo feminino predominantemente ), carimbava para o cliente, sem cobrar um tostao.

  8. gostaria de ver aqui matéria fotográfica sobre monumentos “andantes ´´ sobre monumentos e outros que mudam de lugares no centro de são paulo e porque mudaram de lugar . por exemplo: o monumento que existia na rua 24 de maio e que agora encontra-se quase abandonado próximo ao largo do Arouche , um Relógio enorme que existe na rua São bento /pça. Antonio Prado e que já esteve na praça da Sé. dentre outros

  9. Tem pelo menos um desses cofres numa agência atualmente desativada do Santander em Porto Alegre na Av. Oswaldo Aranha, e também numa casa em uma das esquinas da 3ª Perimetral que não tem nenhuma indicação de ter abrigado uma agência bancária.

  10. Interessante e nos remete ao tempo quando as pessoas eram mais confiáveis. Hoje o bandido levaria o dinheiro e o cofre junto.

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