Recentemente comecei a explorar mais de perto o bairro paulistano de Mirandópolis, localizado na zona sul da capital. Confesso que era uma região que eu ainda não tinha visitado a fundo e estar por ali me trouxe uma série de casas interessantes para fotografar.
Uma delas, a primeira que catalogo no bairro, é essa que publico aqui e que, excepcionalmente, não irei citar o endereço completo, com rua e numeração, explico o motivo no decorrer do artigo.
Essa casa apresenta um monte de coisas interessantes para nós, começando para uma lição básica de como o urbanismo é pobre no país. Note que essa residência é a mais antiga entre três, que são uma vizinha de cada lado. Ao serem construídas as vizinhas não seguiram o recuo dessa, deixando-a meio que aprisionada nas laterais. Muitos vão dizer que os vizinhos “tem direito de fazer o que quiser no lote deles”, contudo acho que os arruamentos deveriam seguir regras mais rígidas.
Pelo estilo da construção eu arrisco a dizer que trata-se de uma casa construída entre os anos de 1960 e 1970, usando materiais que hoje já não são tão comuns em imóveis recentes como estas pequenas pastilhas, além dos belos trabalhos em ferro nos portões de entrada e na porta de acesso a casa e o vitrô ao lado.
Por fim me chama muito a atenção o Volkswagen Brasília vermelho na garagem, todo empoeirado. Esse é o motivo que não divulguei o endereço, pois carros assim parados chamam a atenção de interessados em compra que ficam importunando os moradores. Pelas lanternas do carro arrisco a dizer que é um Brasília de 1975 a 1977. Digo porque tenho um 1976 idêntico, só de cor diferente.
A combinação casa antiga com carro antigo na garagem dá um ar nostálgico muito interessante, fico aqui na torcida de alguém tirar a poeira desse carro. Por fim essa casa é encantadora, são poucos detalhes para deixá-la um brinco novamente, com a reposição das pastilhas que caíram, limpeza (jateamento) nas demais que já estão na fachada e uma boa pintura.
Para encerrar, um outro detalhe muito legal esse por sua vez junto à numeração da casa: trata-se da plaqueta G.N com a imagem de um pastor alemão perfilado. Esse placa, que é bem antiga, servia para identificar que a residência é vigiada por guarda noturno.
Respostas de 7
Você devia fazer uma matéria sobre esse bairro que não tenho uma quadra de esporte e não tenho um parque para as pessoas fazerem exercício e muito menos artes e as construções são feitas tomando conta das Calçadas e muito carro velho na rua muitos animais sofrendo vai nas redes sociais e veja o tanto de pedido de ajuda para animais que é proteção animal recebe para a região de Americanópolis Aí sim será uma reportagem muito útil
Putz
Já vem vc jogando um balde de água fria no trabalho do cara
Faz um canal aí e mostra essas mazelas que o próprio ser humano constrói quem sabe vc não muda o mundo
Tem espaço pra todos na nave mãe
A casa realmente tem seu charme! Sobre os arruamentos e calçadas acho terrível como as pessoas não respeitam e utilizam extensões de garagens fazendo com que não sobre espaço para um cadeirante ou pessoas com carrinho de bebê, virou moda também placas de empreendimentos imobiliários serem colocadas em calçadas muito estreitas (têm base de cimento para dificultar a remoção), atrapalhando a mobilidade, falta fiscalização.
Bom dia.
Essa casa fica em Mirandópolis e não em Americanópolis.
Acho que houve um engano.
Ótima reportgem ..pesquisa adoro seus artigos!
Afinal, onde é essa casa???
Também amo observar o passado , presente nas casas antigas e tentar adivinhar qual estória aquela casa poderia contar.
A Vila Matilde tem várias estórias interessantes….
No momento passeio pela Vila Mariana e contemplo os contrastes do passado e as novas e imensas construções que surgem a cada rua.