Um incrível museu da Coca-Cola em São Paulo

Uma enorme escultura da Coca-Cola na rua Dr Zuquim em Santana, zona norte da capital paulista, me desperta a curiosidade em um dia janeiro. Com trânsito congestionado e uma chuva torrencial, decido voltar outro dia para olhar aquilo mais de perto.

Ao retornar em um sábado para conferir a estátua curiosa de 2 metros de altura, feita em pedra pomes, observo que se trata de uma garrafa de refrigerante apoiada sobre o que seria uma pedra triangular. Por toda a extensão da pedra e da garrafa, inscrições que lembram hieróglifos do Egito antigo. Afinal qual seria o propósito disso?

Garrafa de Coca-Cola apoiada sobre um triângulo repleto de hieróglifos em movimentada rua de Santana despertou a minha curiosidade

Eis que um detalhe me chama a atenção para um restaurante ao lado, na mesma calçada, que ostenta logo após a entrada um enorme urso polar da mesma Coca-Cola e então minha curiosidade dispara igual ao “sentido aranha” do famoso aracnídeo da Marvel. Vou entrar ali, decido.

Ao entrar me deparo com um movimentado restaurante self-service que ao mesmo tempo que serve a seus clientes a refeição do almoço é um incrível museu da Coca-Cola em plena cidade de São Paulo.

Logo na entrada, como disse, fui recepcionado pelo enorme urso polar da marca e diversos itens de merchandising espalhados pelo espaço do primeiro salão do restaurante. Percebo que seja lá quem for seu proprietário deve gostar muito da marca americana de refrigerantes.

garrafa de Coca-Cola apoiada sobre um triângulo repleto de hieróglifos em movimentada rua de Santana despertou a minha curiosidade

Conforme adentro ao salão principal do restaurante, onde fica o bufê de comida, reparo que não é apenas o espaço de um simples fã da Coca-Cola. O lugar é mais que isso, um incrível museu dedicado a essa bebida.

Fico parado, quase que hipnotizado, por alguns minutos contemplando tanta coisa legal exposta sobre a marca de refrigerante até que uma figura simpática e gentil vem até mim e pergunta se eu gostei do que vi. Ele se apresenta como Homero, dono do estabelecimento.

Engatamos uma descontraída conversa e logo ele explica sobre o local, que inicialmente foi planejado para ser uma choperia, mas que acabou virando um restaurante, e que funciona naquele lugar há mais de vinte anos. O trabalho de conduzir o negócio ele divide com seu filho, cujo nome também é Homero e é outra figura de grande simpatia.

Garrafas de vidro, pet e de alumínio se misturam aos incontáveis objetos da coleção exposta no Restaurante Free Port

Ele me conduz por um pelo restaurante-museu em um passeio onde junto ao aroma de uma comida saborosa, tipicamente caseira, me aventuro por uma interminável coleção dos mais variados e inimagináveis itens da Coca-Cola que se pode imaginar.

E quando digo variado, coloca variado nisso! São garrafas de vidro, garrafas pet, garrafinhas de alumínio, copos da Copa de 2014, coleção da Fashion Week, quebra-cabeças, muitas miniaturas de caminhões de bebidas, ioiôs, brindes, muita, mas muita coisa mesmo.

Entre as garrafas uma em particular me chamou a atenção: trata-se de uma garrafa da posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2007, um item que além de raríssimo eu jamais imaginei que existisse. Se tratando de coisas que não tinha ideia que a Coca-Cola já tinha feito em matéria de brindes encontrei dedais, telefone, máquina fotográfica, rádio, pilhas e até uma curiosa réplica do robô R2D2 da franquia Star Wars.

Garrafinha de Coca-Cola da posse presidencial de 2007, um dos itens mais curiosos e raros da coleção

Pergunto a Rodrigues quando essa coleção começou e ele conta que o primeiro brinde adquirido foi em sua viagem de lua de mel, em 1982, quando serviram em um restaurante na Inglaterra uma Coca-Cola com uma tampinha que ele não tinha visto antes. Ele a trouxe ao Brasil e daí por diante foi coletando, seja ganhando ou comprando, cada vez mais objetos da marca.

De acordo com pai e filho, eles não tem um número preciso mas garantem que possuem o maior acervo particular da Coca-Cola no Brasil, uma vez que além dos itens à disposição para conferir no restaurante, Homero Cesar Rodrigues, de 80 anos, ainda possui objetos da marca em sua residência.

Homero Cesar Rodrigues e seu filho Homero Cesar Filho, duas gerações no restaurante Free Port

E pensar que eu, sem saber o que encontraria naquele dia ao entrar por aquela porta, estava vestindo uma camisa polo “azul Pepsi”…

VEJA MAIS FOTOS DESTA INCRÍVEL COLEÇÃO:

Serviço:
Restaurante Free Port

Rua Dr. Zuquim, 130
Santana
Telefone: (11) 2973-4745

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Respostas de 5

  1. Esse cara também tinha ou têm uma grande coleção de carros antigos, que ele alugava pra comerciais, eu conheci a coleção e conheço o Nininho que é cunhado dele e cuidava dos carros.

  2. E além desta bela coleção, a comida e o atendimento lá são muito bons. E para os torcedores Corinthianos, como eu, o Sr. Homero têm uma coleção de camisas do Timão Sensacional.

  3. Essas garrafas ficavam no Hopi Hari logo quando inaugurou o parque, até meados de 2003, quando a Coca-Cola era uma das empresas que patrocinaram o parque de Vinhedo. Para ser mais exato ficava na fila da Montezum.

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