Ah, o Minhocão… ou Elevado Presidente Costa e Silva ou melhor, João Goulart mais recentemente. De toda a capital paulista é difícil encontrar outra obra viária mais polêmica do que esta.
Uma via elevada construída de forma apressada e sem um planejamento isento, visando apenas agradar os proprietários de veículos que precisavam se deslocar rapidamente, ao invés de se investir em melhores soluções de transporte coletivo.
O prefeito de São Paulo à época, Paulo Salim Maluf, fez do projeto um dos grandes destaques de seu extenso portfólio de obras, em uma época que poucos contestariam o governo. O vídeo abaixo, de 1969, mostra Maluf apresentando o que viria a ser a via elevada e como seriam as obras.
E ao erguer uma grande via sobre duas importantes avenidas paulistanas, a São João e a General Olímpio da Silveira (além da então pacata Amaral Gurgel), não levou-se em consideração a qualidade de vida de milhares de paulistanos que moravam nestas vias, que de repente tiveram suas vidas transformadas em um inferno.
E o inferno não foi apenas o intenso período de obras, em turnos ininterruptos, que durou cerca de 14 meses. O pior foi depois de pronto, quando o Elevado Costa e Silva passou a funcionar todos os dias, 24 horas por dia. Apesar das inúmeras reclamações dos moradores da região afetada pela via, o Minhocão só começaria a ser fechado à noite em 1976, entre meia noite e cinco horas da manhã. Posteriormente, em 1989, a prefeitura estenderia este período para o que rege até hoje, fechando às 21:30 e também aos domingos.
Bastante criticado pela obra, o Prefeito Paulo Maluf ignorou todas as opiniões contrárias ao elevado. Durante todo o ano de 1970, especialistas se revezaram em artigos dos principais jornais paulistanos para mostrar o quanto aquela obra era equivocada e trazia uma solução viária bastante ultrapassada, que já estava sendo abandonada em vários países que a adotaram antes de nós, como os Estados Unidos.
Tudo em vão. No início de janeiro de 1971 a obra estava concluída e a prefeitura prometeu uma grande festa de inauguração daquela que seria, segundo as palavras do prefeito, “a maior obra de concreto armado da América Latina”. Na semana que antecedeu a abertura do minhocão, a Prefeitura de São Paulo publicou convite à população nos principais jornais paulistanos (observe o texto do anúncio que chama Costa e Silva de “uma das grandes figuras da Revolução de 1964”, algo impensável nos dias de hoje):
A empolgação das pessoas com a inauguração não era tão grande quanto a do prefeito. Conta-se que na época, para evitar um fiasco de público no momento inaugural, funcionários de repartições públicas municipais foram “gentilmente convidados” a irem a abertura. Mesmo assim, o público foi muito aquém do esperado.
Estava aberto o Minhocão e no dia seguinte à sua inauguração, 25 de janeiro o primeiro dia útil (na época o aniversário da cidade não era feriado), já ocorreu o primeiro congestionamento da via elevada. E essa cena continua se repetindo até a atualidade.
Na fotografia abaixo, vemos o Elevado Costa e Silva pouco depois de inaugurado, quando tudo ainda era muito novo e bem cuidado.
LUCRANDO COM O MINHOCÃO:
Apesar de controverso e polêmico o Elevado Costa e Silva, por outro lado, trouxe muitos dividendos para as empresas que participaram de sua construção. Fizemos uma compilação de propagandas de 1971 que usaram o Minhocão como tema, seja como fornecedora de materiais para as obras ou de empresas que apenas quiseram ser simpáticas com a chegada do elevado.
COM OS DIAS CONTADOS ?
O novo Plano Diretor da Cidade de São Paulo, em vigor desde julho de 2014, prevê que o Minhocão deve ser progressivamente desativado, até que seja possível sua demolição ou transformação em um parque suspenso. Mesmo sendo um desastre urbanístico sem precedentes da capital, a medida ainda gera polêmica e há defensores tanto de sua manutenção como via de trânsito, quanto de seu fim.
O São Paulo Antiga se posiciona de maneira editorial favorável ao fim do Elevado Costa e Silva, demolindo parte dele e preservando uma outra parque como um parque público. Gostaríamos de saber a sua opinião: Você é contra ou a favor da demolição do Minhocão ? Deixe sua opinião nos comentários!
MUDANÇA DE NOME:
Em 23 de junho de 2016, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou a mudança do nome do viaduto para Elevado Presidente João Goulart, em homenagem ao ex-presidente da República (1961-1964). A lei foi sancionada pelo prefeito da paulistano, Fernando Haddad em 25 de julho de 2016.
Respostas de 87
demolição o quanto antes, revitalização das praças, canteiros e jardins da avenida, com implantação de ciclovia de ponta a ponta. Abaixo a cultura rodoviarista!
Bravo!
Apoiado! Tem que fazer que nem fizeram lá no Rio na região dos armazéns do porto, a Perimetral. Maluf sempre botou nas suas propagandas de obras comparações com outros lugares: lembro-me de que, quando visitei o MASP com meus colegas do 1.º ano do Ensino Médio em 1982, recebemos um papel com anúncio do lançamento do Terminal Rodoviário do Tietê, que assim destacava: “Maior que este, só o de Nova York”.
Agora um detalhe à parte: a empresa que fez a galvanização é a Mangels. Para quem não sabe, a palavra “mangels” em alemão significa “por falta de”.
Demolição total, construção de ciclovias e rearborização de toda a região. Que me perdoem os carrodependentes, mas a cidade precisa respirar, viver, se unir novamente. Esta cicatriz urbana precisa ter dia e hora para acabar.
Bravo!
Morador há 17 anos ao lado da estação do metrô Marechal, síndico do meu prédio, onde residem cerca de 350 pessoas, sendo a maioria pessoas adultas, muitas padecendo de doenças crônicas, provocadas pelas poluições sonora e do ar do Minhocão, estamos estarrecidos diante da notícia de que grupinho deseja fazer parque sobre o elevado. Moradores e comerciantes, afetados diretamente por estes problemas, reuniram-se no MDM – Movimento Desmonte do Minhocão – já que esta possibilidade está garantida no Plano Diretor.
Ao longo de seu trajeto, as pistas do Elevado funcionam como um tampão, retendo os gases tóxicos dos escapamentos de milhares de carros que sob ele passam diariamente, impedindo que esses elementos nocivos à saúde humana se dispersem pela atmosfera, invadindo casas, apartamentos, comércios e gerando toda espécie de doenças respiratórias e pulmonares, entre outras. Na hipótese de parque sobre o Minhocão, os milhares de carros que por ele passam diariamente – mais de 40 mil – irão usar as pistas debaixo, multtiplicando o efeito estuda da poluição sonora e do ar.
É portanto de interesse da Saúde Pública o DESMONTE URGENTE do Minhocão. Para os milhares de moradores e comerciantes , que habitam ao longo do Minhocão e entorno, concernidos com todos esses problemas – inclusive o de saúde pública – é difícil conceber que vereadores , representantes do povo, eleitos com nossos votos, não estejam na posição de proteção e defesa dos mesmos, garantindo a eles os DIREITOS HUMANOS primordiais, que é a vida e a saúde! E queiram perpetuar essa situação de que milhares são vítimas! Não é um PROBLEMA DE CONSCIÊNCIA? Entre querer local para passear e/ou andar de patinete, por exemplo e garantir o direito à vida e à saúde de milhares de moradores dos que habitam ao longo do trajeto do Minhocão, o que é mais importante?
O projeto do Movimento Desmonte do Minhocão é pela revitalização da região. São sugestões simples , com baixo custo e que agradariam a todos. Desmonte total do Minhocão com aproveitamento de suas partes em outras obras da cidade, haja visto que são vigas pré-moldadas e que foram montadas em suas partes . A opção pelo desmonte total é que ele elimina os 3 problemas da região : Poluição Sonora , do Ar e Degradação da Região, enquanto que o projeto Parque do Minhocão aumenta os problemas de Poluição Sonora e não elimina os problemas acima citados. O Parque criaria outros problemas muito graves de segurança que não tínhamos até então, além de falta de privacidade. . Após o Desmonte do Minhocão , fazer uma bonita avenida florida, arborizada e belamente iluminada, ao longo do traçado do antigo Minhocão, a exemplo da Avenida Sumaré, interligando o primoroso Parque da Água Branca ao Parque Augusta. Quanto ao problema do fluxo dos carros, urbanistas e a CET já dispõe de opções para solucionar o assunto.
PARTICIPE D0 ABAIXO-ASSINADO ONLINE PELO DESMONTE DO MINHOCÃO CLICANDO
http://www.avaaz.org/po/petition/Vereador_Jose_Americo_DD_Presidente_da_Camara_de_Vereadores_de_Sao_Paulo_Pedimos_o_Desmonte_urgente_do_Elevado_Costa_e_S/?nUZwrib
Francisco Gomes Machado – Tradutor, Membro do Conseg Santa Cecília, Síndico e Diretor do Movimento Desmanche do Minhocão.
O transito sentido oeste vai travar na radial na mooca… O tempo inteiro… E no sentido leste… Ira travar na rua clelia… O tempo inteiro… E todo o entorno dessas vias q falei… Façam o teste… Deixem ele fechado… Um mes… Para vermos o caos… E digo mais… Nao demorará para vermos outros… Bem antes de 2050… Minha opniao é que quem viveu antes dele ser feito… Ou mudou ou se acostumou… E quem chegou depois… Bom.. Areas verdes.. De vegetaçao.. Ainda tem em sp..
Oi, Robson. Já assinei a petição agora há pouco (13h01 de 30/03/2017).
Demolição! A revitalização dos prédios, praças, ruas e canteiros centrais. O elevado nunca foi uma solução para o trânsito e é um problema urbanístico dos grandes. São Paulo precisa de novas vias, pois, somos estimulados a comprar veículos individuais. Mas, que seja feita de forma a preservar o centro histórico. Mini-anel viário e vias subterrâneas (com metrô) me parecem melhores soluções.
Já passou da hora de demolirem completamente essa monstruosidade. E sem parque suspenso, que, provavelmente, seria mais uma área abandonada pela administração municipal. Melhor investir na segurança da Praça Marechal, do Largo do Arouche, da Praça da República e e da Praça Roosevelt, que já existem por lá, mas ninguém consegue frequentar sossegado. Eu fui testemunha, na infância e na adolescência, da degradação que essa obra trouxe para a região, porque morei perto (mas não tão perto quanto os vizinhos “imediatos”, que sofreram e sofrem muito mais). Absurdo!
O Minhocão não deveria ter sido construído. Mas já que está, deve ficar. Sã Paulo precisa de vias para escoar o seu trafego e acabar com o minhocão agora seria tanta burrice, como na época em que foi construído.
Burrice igual ter acabado com a Perimetral no Rio, enterrar a I-95 em Boston (http://www.bostonmagazine.com/news/article/2013/09/24/mayor-tom-menino-big-dig-photos/), redescobrir o rio Cheonggyechon, em Seul (http://localecologist.blogspot.com.br/2013/06/before-after-green-seouls.html). Só piorou a situação. Ou não?
Comparando com países de primeiro mundo onde se investe em outros meios de transporte realmente parece bem mais fácil do que é(do ponto de vista de quem se desloca por essa cidade).
Enquanto não se resolver de vez o motivo de muitas pessoas irem de carro para diversos lugares, isso leva muitas delas ao trânsito sim. Não é nem caso de faltarem ônibus, de estarem lotados, levar algumas horas para ir de um lado a outro da cidade, do risco de assalto esperando por um ou dentro de um, mas como se tudo isso não fosse suficiente, é que o crescimento da cidade não é acompanhada por bons projetos para o fluxo de pessoas, e quem fica em uma situação destas e opta pelo carro é vilão, carrodependente e etc.
Há muita gente que gosta de carro também(como de várias coisas) mas nessa multidão é uma minoria, é incrível ver muita gente achando que todo mundo ali adora isso.
O fato é que mesmo em um país fortemente rodoviário como os EUA tem condição disso por oferecerem soluções incomparáveis com o que há aqui. São Paulo é uma cidade enorme e importantíssima, e dá tristeza ver a malha ferroviária que possui, guardadas as dimensões, é só dar uma olhada em outras grandes cidades pelo mundo(não digo de Nova Iorque pois é covardia…) mas entre diversas outras, veja e compare. Sem falar que com elas se chega a aeroportos…
Em Toquio:
http://www.disfrutatokio.com/imagenes/plano-transporte-tokio.png
Sou totalmente a favor de sua demolição, desprezando a idéia de transformar o viaduto num parque. Afinal, os maiores problemas por ele gerados ficam embaixo, no nível da rua, não no leito do Minhocão. Contudo, não acho sensato simplesmente fechá-lo (ainda que gradativamente) sem oferecer alternativas às pessoas que o utilizam hoje, sejam essas alternativas rodoviárias (avenidas expressas – por exemplo, acima do leito da ferrovia – ou corredores de ônibus) ou ferroviárias (Expresso Leste esticado até a Lapa, por ex.). Pouco adiantaria demolir o monstrengo e transformar a Amaral Gurgel e a São João em estacionamento permantente. Mas reitero: a demolição é imprescindível para a revitalização daquela área que tem muito potencial.
Neste caso completo posso dizer que concordo com o que diz, pois isso precisará de uma solução para que resolva esse trânsito que já existe nele hoje.
Não é o prefeito fazendo uma faixa ser exclusiva de ônibus que vai resolver…
Falando nisso me lembrei do Celso Pitta, o atual prefeito me lembra muito ele, talvez seja o plano de continuação, que junto da Marta Suplicy, fizeram diversos trabalhos de dificultar a vida de quem vive em SP.
A região agoniza e hoje o cenário é de muito mais pessoas passando do que realmente usando esta região, o que por si já revela que o problema é em todo organismo e não só em um órgão.
Eu sou à favor da demolição e revitalização das áreas em estado de abandono e degradadas por interesse de São Paulo ser um centro urbano que não precisa mais ser da mesma forma, mas para isso precisa de muita gente interessada em aplicar o que resolve com sua carência de alternativas que funcionem, e parar de fazer de conta que está resolvendo algo fazendo faixa exclusiva para ônibus ou uma ciclo-faixa que leva nada a lugar nenhum ou que quase ninguém consegue usar em seu dia-a-dia por diversas razões.
Falando em ciclovia(e sendo ciclista) por exemplo, noto imenso descaso ao não haverem continuidade das ciclovias/ciclofaixas sendo que a extensão delas é o que não induz muita gente a usá-las por um pequeno trajeto sendo o restante em ruas como sempre foi.
É a hora de menos propagandas e mais efeitos práticos.
Devem demoli-lo, pois transformá-lo em parque não resolve o problema social que está embaixo dele.
Precisa ser demolido! Sem discutir paixões políticas ou métodos, o Rio mostrou grande ousadia ao desativar e começar a demolir o seu “minhocão”. E olha que a Perimetral carioca na minha opinião tinha função tão ou mais crítica que o nosso elevado, e provavelmente gerasse impactos muito mais significativos, que geraria quase o “caos e a catástrofe”, na opinião de alguns amigos cariocas. E mesmo assim foi ao chão! Pois então o que nos falta é coragem?
Bom, a prefeitura está construindo 2 vias expressas (túnel da zona portuária e a av. Rodrigues Alves) e 1 local (Binário do Porto) para substituir a Perimetral. De fato, a ousadia foi grande e o centro está enfrentando muitos problemas de trânsito decorrentes da desativação do elevado. Mas a forma que ela está sendo conduzida (apensar de não ser ideal) é boa. Não há supressão das vias, apenas realocação, atendendo tanto àqueles que clamavam pela revitalização quanto àqueles que se viram prejudicadas pela demolição. É o exemplo a ser seguido em SP. Não basta só desativar, tem que oferecer alternativas aos motoristas e à população lindeira que aproveitava o espaço aos domingos.
Carro dependentes????? Eu nem dirijo. Feio, bonito, o fato é que está lá. Transforma-lo em parque???? Faz-me rir. Logo ia virar “moradia”, local facilitador pra drogas, abandono por parte do poder público responsável e pelo próprio cidadão, e por aí vai. E quanto a sua utilidade: transporte público já ta todo em ordem? Não, não está. Sei que não porque como disse, não dirijo. Sou idosa e se quero me deslocar pra zona central ou leste rapidamente, pego um taxi e vou exatamente pelo minhocão. Terminar com ele sem antes implementar uma maneira ideal para quem usa esse caminho é tão ridículo quanto sua construção.
Vc têm toda a razão Heloísa, concordo plenamente além do q tda e qualquer mudança haverá um dispendio da verba pública, o q sempre é contabilizado além dos gastos. Sou contra a demolição pois o transito já é caótico com o minhocão nessa região imagine sem ele!!
Parabéns mesmo Sra. Heloísa, é um ponto de vista importantíssimo para que se veja que o povo é que está em uma encruzilhada e quem sabe forçar alguns a pensarem que não decidimos isso pensando em conforto, status nem nada que não seja essencial.
Mas para muitos hoje em dia é bonitinho fazer discurso denegrindo outras “categorias”, quando alguém se define de uma delas.
Pois é, querem demolir mas existe alguma alternativa para o transito?
A alternativa mais sensata que eu vi até agora era de enterrar a ferrovia entre a Lapa e o Brás (passando as linhas de trem para o subterrâneo, não desativando-as, claro) e por cima construir uma avenida semi-expressa. O projeto chama-se Operação Urbana Lapa-Brás, da época do Kassab e contemplaria toda a revitalização dos entornos da ferrovia e a demolição do Minhocão. Tem maiores detalhes no site da prefeitura.
O comentário mais sensato é do Rogério Dezena. Prefeito nenhum quer melhorar nada, eles só querem fazer obras. Não vi este blog dizer nada sobre o clube de regatas Tiete, no qual passou para a prefeitura em 2014 e simplesmente foi demolido, era uma área pronta para a comunidade usar e de caráter histórico. A prefeitura esta falida, não consegue manter nada em condições boas, tudo é feito de qualquer jeito custando pelo que deveria ser o melhor. Estamos vendo hoje a maior demagogia política da História desta cidade, faixas de ônibus em tudo que é lugar e agora as de bicicleta. Eu utilizo para meu lazer e trabalho, bicicleta, motocicleta, ônibus e automóvel e vejo que as maiorias das obras são eleitoreiras e sem nenhum estudo. Sabe o que deveriam começar a demolir nesta cidade?…….prédios, para serem transformadas em praças.
O sr. venderia seu prédio/casa pelo preço que a prefeitura oferece para virar um parque?
O prédio é “seu” até o ponto que ele não contempla a função social da propriedade. Numa cidade de 11 milhões de habitantes é imperativo que as necessidades coletivas se sobreponham aos direitos individuais.
Sou a favor da criação de um parque suspenso, e não da demolição. Moro ao lado do Minhocão e é sempre muito bom passear de bike por lá. Muitas famílias também passeiam com seus cachorros e filhos pequenos. Penso que, se fosse demolido, quem garante que a máquina da exploração imobiliária que assola a cidade não se aproveitaria para erguer ainda mais prédios no vácuo que se formaria? Não, muito obrigada. Prefiro um mínimo de “verde” (vulgo área de lazer) com o que contar no centrão antigo da cidade.
Laura, provavelmente vc não mora de frente para o viaduto e nem passa por baixo dele a pé, apenas o usa aos domingos (ou, caso tenha carro ou ande de táxi, como meio de locomoção rápida). Apesar de não morar de frente para as vigas, eu passo pela São João frequentemente, inclusive a noite. Não é uma experiência agradável. Nenhum parque suspenso (a não ser um feito com vigas transparentes) irá resolver o problema de escuridão, acúmulo de lixo, barulho e ocupação do canteiro central que poderia ser arborizado e contar com uma ciclovia. Parque nenhum irá resolver o problema das pessoas que moram no 2o, 3o andar, de frente para o Minhocão e, ao invés de ter uma visão desobstruída, contemplam as vigas do elevado. Falta espaço verde na cidade? Falta e muito. Mas há muito espaço subutilizado na região no nível da rua e que poderia ser usado para tal. Praça Marechal Deodoro, o espaço hoje ocupado pelo terminal Amaral Gurgel, rua das Palmeiras, que poderia virar um boulevar e, quem sabe, devolver o sentido a seu nome… É tão melhor passear aos domingos pelas pistas cobertas de asfalto do que reivindicar uma revitalização da área?
Em 2006 a prefeitura lançou um concurso de propostas de arquitetura sobre o que fazer com o elevado. O projeto vencedor previa o fechamento lateral do minhocão e a construção de um parque em cima das vias expressas. Assim, o viaduto seria transformado em um ‘túnel elevado’ com um parque por cima.
O problema é: quanto custa a construção e principalmente, a manutenção disso?
Caríssimo.
Aos defensores do transporte individual: não se preocupem, minhocão jamais será demolido sem que haja uma alternativa para o tráfico daquele elevado. A prefeitura com certeza sabe disso, e por essa razão ele ainda não foi demolido.
Eu sou a favor de transformá-lo num elevado, semelhante ao High Line Park de Nova York. Mas isso deveria vir junto de um plano de iluminação eficiente na sua parte inferior. O Centro da cidade precisa de áreas verdes, e está aí uma ótima oportunidade para isso.
High Line não tem uma avenida embaixo dele, tampouco prédios residenciais em volta. Ninguém convive diariamente à sombra do elevado. Fora que, por ser feito de vigas metálicas, sua estrutura é bem mais leve visualmente. No caso do Minhocão, caso ele fosse transformado num parque, o pessoal que mora no nível das vigas (2o ou 3o andar) iria continuar com a completa falta de privacidade. A avenida embaixo, ainda que melhor iluminada, continuaria com um tampão concentrando a poluição e o barulho, servindo de abrigo aos sem-teto, como já ocorre hoje. A comparação direta entre a HL e o M. dificilmente é válida, ao meu ver.
O centro da cidade, em contra ponto a outras regiões tem muitas áreas verdes…. Parque da Luz, Parque da Água Branca, Largo do Arouche, Praca da República, a luta pelo Parque Augusta, parque Trianon, A praça Rotary, a Praça Marechal que pode ser vitalizada, a Praça Rooselvet que deve ser arborizada…. a Praça Buenos Aires…..
Sou totalmente a favor de sua demolição por completo! Sempre foi uma aberração, construído em um momento de completa afirmação do transporte individual do automóvel em detrimento de uma política mais eficiente de transporte público. O projeto já era feio, ficou horrendo com o passar do tempo, escuro, cinza, sujo, absorvendo toda a poluição do entorno, um pavor completo. Mas não é privilégio de São Paulo…nesse mesmo período ou um pouco antes, outras cidades do mundo fizeram projetos parecidos, uma arquitetura brutalista, como em Birmingham e Coventry, na Inglaterra, ou aqui mesmo perto, com o projeto da Avenida Perimetral no Rio, que enfeiou toda a região central que margeava a bela baía da Guanabara e antecedeu o Minhocão por uns dez ou mais anos. Felizmente no Rio o bom senso está demolindo aquilo e devolvendo a beleza de locais históricos como a Praça XV e seus prédios. SP deveria seguir o exemplo carioca e, no local do Minhocão, desenvolver um projeto que combinasse o transporte leve sobre trilhos com muitos jardins, parques, áreas de lazer, pistas especiais para ciclistas, tudo de forma inteligente, harmoniosa e numa escala realmente humana, que valorizasse as pessoas, a socialização, o “voltar às ruas”, o coletivo e também trouxesse alguma esperança para revalorizar toda aquela área central que foi degradada muito por conta exatamente da desvalorização provocada pela construção dessa aberração. O momento é de valorizar e lutar por um transporte público de qualidade e não o carro, individual. Abaixo de vez o Minhocão!
Concordo com vc João!
Muito bom.
Concordo com tudo!
Demolição.
O mais emblemático no vídeo é Paulo Maluf afirmando orgulhosamente que o monstrengo ‘é a maior obra em concreto da América Latina’. Remete imediatamente ao filme Titanic na cena em que o dono do estaleiro diz que o navio ‘é o maior objeto que se move na face da terra construído pelo homem’
O resto da história todos conhecem.
Maluf, entre outras grandes frases de impacto, também proferiu a seguinte pérola,na campanha de Pitta para prefeito: “Se o Pitta não for um bom prefeito, nunca mais votem em mim!” Outra história que todos também conhecem o restante.
Se realmente o minhocão não suporta o tráfego pesado de veículos e corre sérios riscos de desmoronamento, a construção de um parque suspenso seria a opção mais inteligente e viável, pois, acredito que o tráfego de pedestres não o afetaria, inclusive, poderiam melhor sua estrutura após a reforma. Por outro lado, essa questão de demolição não faz o mínimo sentido para mim, imaginem a mão de obra e o caos para realizar esse procedimento, obviamente quem projetou esse viaduto não tinha o mínimo de bom senso, pois, só tinha interesses financeiros e não se preocupava nem um pouco com a cidade e com o bem-estar de todos.
A demolição dele só se tornaria possível se fosse criada uma via alternativa para ele, uma possibilidade seria o aterramento das linhas da CPTM no trecho Lapa-Brás com novas estações, esse seria um projeto que poderia desativar esse monstro urbanístico, mas não se sabe se ele ainda é cogitado pela Prefeitura e a CPTM, sem isso dificilmente ele pode ser demolido…
Um detalhe é que o Metrô teve que alterar a posição de algumas fundações e sapatas para poder construir os túneis da linha 3 – Vermelha no trecho.
No mais, ótima reportagem!
Sou favorável a demolição total, mas que antes seja feito um planejamento sério e isento de interesses, buscando alternativas que possam atender a todos. Essa história de parque requer uma manutenção tão mais onerosa quanto a de hoje deveria ser, além do que não resolve os problemas e a insalubridade que reinam abaixo da estrutura de concreto.
Impressionante como eram as coisas nos “tempos da Revolução”. Maluf, que sempre primou pelo gigantismo de suas obras e pela arrogância como político, decidiu destruir a vida de uma parcela de paulistanos, tirando-lhes o sossego, o valor de seu patrimônio e esperança. A pretexto de proporcionar ao paulistano uma via de trânsito rápido, desfigurou lugares históricos como o Largo Santa Cecília, a Praça Marechal Deodoro e o Largo Padre Péricles.
É inegável que o Elevado facilitou e facilita a vida de quem se locomove em São Paulo, mas o custo de sua manutenção sempre foi elevadíssimo – e não falo em termos materiais. As regiões por onde passa estão absolutamente deterioradas. Sou a favor da demolição total. Planejada, a derrubada do Elevado não causará maiores transtornos à cidade.
“É inegável que o Elevado facilitou e facilita a vida de quem se locomove em São Paulo,”
Isto não é verdade – investimentos mais bem pensados com os mesmos recursos teriam trazido um retorno maior à mobilidade. Assim, o Elevado pode ser melhor do que “nada”, mas é pior do que outras opções e ter sido escolhido em detrimento destas faz com que o Elevado atrapalhe a vida de quem se locomove em São Paulo.
“Devem demoli-lo, pois transformá-lo em parque não resolve o problema social que está embaixo dele.” Não tirou os mendigos da rua e ainda os deixou sem teto. Genial. Por que não pensamos nisso antes? Que brilhante! Vamos demolir todas as pontes, viadutos, marquises e pontos de ônibus, assim acabamos com a questão da moradia! É o fim do MTST! É o fim da miséria! Viva!
Deixem o Minhocão em paz. Nem como parque, nem como entulho: o futuro dele é como está hoje. Certo, o barulho incomoda. Troquem o asfalto por um que o absorva. Mudem os horários de funcionamento. Tem uma miríade de prédios e terrenos abandonados por toda São Paulo. Façam deles lugares habitáveis, parques, algo útil para o público. Mas deixem o Minhocão em paz.
O rio Tamanduateí está desfigurado, coberto por 2 km. Por que não clamar para que aquela monstruosidade (uma monstruosidade de fato) seja desfeita? São tantos os córregos canalizados e largados ao esquecimento. Por que não impedir que esse processo continue?
A questão do tráfego na cidade está, sem dúvida, ligada ao privilégio dado aos carros. Mas não só à ele. Milhares de pessoas trabalham longe de onde moram, já que não criam empregos em mais regiões.
Pensando bem, a ideia de demolir o Minhocão para “unir a cidade” não é tão ruim. Sua destruição vai “valorizar a área, etc e tal” e assim encarecer os aluguéis e o preço dos apartamentos, para que mais pessoas possam se encontrar nas ruas.
Sou TOTALMENTE CONTRA a demolição do Elevado. Nos dias de hoje, as pessoas que têm carros são tratadas como marginais. Vide as tais “faixas de ônibus”, que nada mais são do inutilizar uma faixa de rolamento, deixando-a exclusiva para ônibus. Fazer “corredor” desta forma é fácil. Corredor de ônibus, pra ser corredor, pra ser funcional, tem que ser como o Santo Amaro, o Paes de Barros e Trólebus São Mateus – ABD, ou seja, na faixa central das pistas, com via exclusiva. Mas voltando ao caso do Elevado, não faz sentido demolir uma via que, no meu entender, desafoga o transito que passa por baixo dela. É inocência pensar que sem o Elevado, as pessoas vão deixar seus carros em casa. As pessoas buscarão rotas alternativas, sairão mais cedo, ou qualquer outra coisa que as permita sair com seus carros, mas não deixarão de usá-los. O fato de não haver mais o Elevado não fará com que menos carros saiam às ruas, e muito menos fará com que esses carros sumam, evaporem… Esses mesmos carros que hoje se valem do Elevado se valerão de outras vias, vias essas que, se hoje operam no limite (na verdade, via alguma opera no limite… todas estão sobrecarregadas), passarão a estar sobrecarregadas. A eliminação do Elevado não ajuda em nada na fluidez do trânsito, mas sim, o contrário. Ao eliminarmos o Elevado, a cidade perde uma importante via de acesso. Seria como fechar qualquer outra via de grande importância da cidade. Quando se elimina uma opção, é porque já há outra pronta a ser a substituta, coisa que não há neste caso. Não há outra via substituta, não há transporte substituto, não há opção. A cidade está sendo atingida por uma série de decisões equivocadas, mas que tem forte cunho populista, tais como: os pseudo-corredores de ônibus, as ciclofaixas (por favor, de todos os leitores, quem aqui vai ao trabalho de bicicleta?), e agora, a demolição do Elevado. Essa demolição não deve ser feita apenas por questões “arquitetônicas”, “estéticas” ou afins. Há que se pensar na mobilidade urbana.
Aproveitando o espaço, e saindo um pouquinho do assunto “Elevado”, gostaria de dizer que todas essas medidas todas (corredores/ciclofaixas/demolição) seriam muito bem-vindas se houvesse, ANTES de suas aplicações, a criação de toda uma estrutura adicional que permitissem que seu uso fosse pleno e popularizado. Vejamos: ciclofaixas, por exemplo. Quem aqui vai de bicicleta? Quase ninguem, creio. Quantos gostariam de ir? Talvez alguns… E por que nao vão? Ou porque moram longe do local de trabalho, ou pq trabalham em escritorios, ou pq atendem clientes… Como podem ir de bicicleta? Para chegarem suados, sujos, no trabalho? A cidade de São Paulo é absurdamente grande e a maioria da população faz grandes deslocamentos de casa para o trabalho, o que demonstra que as ciclovias são, neste cenário, inúteis. Falando dos corredores de ônibus… As pessoas que utilizam ônibus continuam a usá-los com o corredor, mas quem tem carro não deixou de usar apenas porque o ônibus anda em faixa exclusiva. O nível do transporte continua ruim, a qualidade dos veiculos deixa a desejar, nos horários de pico continua um inferno entrar num ônibus… E se não bastasse, a prefeitura ainda proibe os fretados (tá certo que isso não é de hoje, mas já que agora tem faixa exclusiva, libera os fretados, isso sim ajudaria a diminuir, e muito, o numero de carros na rua). E, além de tudo isso, ainda querem demolir o Elevado… E engraçado que, em relação às motocicletas, não se toma qualquer atitude a fim de melhor o fluxo delas na cidade. Não se faz faixa exclusiva como que está na Rua Vergueiro, não se faz aquela área de parada para semáforo, como foram feitas algumas… E tome motoqueiro morrendo…
Pois bem. É isso que eu tinha pra falar. Desculpe se fugi um pouco do assunto ou me excedi.
Fábio – Morador da Zona Leste – Não gosto de motocicletas – Tenho carro – Trabalho a 10 minutos de casa
Fábio, você precisa estudar mais o assunto ao invés de falar a respeito apenas pela “opinião cotidiana”. Você usa o carro e trabalha perto de casa, como sabe a situação dos ônibus? Eu, que os uso todos os dias não uso minha opinião pessoal de argumento porque é apenas “evidência privada”, isso não tem valor nenhum estatístico e não pode guiar as decisões de uma prefeitura. No entanto, estudos estatísticos a respeito do assunto FORAM realizados e publicados, o google está aí para você procurar.
Em muitas cidades do mundo uma boa parte da população vai de bicicleta ao trabalho – elas aceitam chegar sujas e suadas ao trabalho? Somos então um povo mais limpo, é isso? Esse argumento é estapafúrdio e mostra que você não tem conhecimento nenhum sobre o tema.
Você diz que é “inocência” focar o transporte urbano em soluções coletivas que, é claro, estarão incompletas ainda por muitos anos (não se muda as coisas em alguns poucos anos, é uma coisa de décadas) – que dados você dispõe para argumentar a respeito? Sabe de alguma coisa sobre quando foram implantadas soluções parecidas com as que se tomam hoje em outras cidades do mundo?
Entenda, usuários de carro são menos de 1/3 da população de são paulo e ainda sim são responsáveis pela maior parte do trânsito. O usuário de carro hoje não é o alvo das políticas de transporte, ele é parte do problema.
Sou definitivamente a favor da demolição desse monstrengo
Não sabes o que está falando, se isso acontecer verás…
O mesmo deve ser demolido em partes, porám concordo com um parque suspenso também ,desde que seja fechado a noita para evitar que se transforme em oficina de drogas e prostituição, tão comum no local. Penso que temos que fazer um trabalho de revitalização para investir na recuperação da Av. São Joãos, seus imoveis antigos e espaçosos e lohas de moveis usados, porém classicos, pois com a contrução desta avenida, acabamos com a Av. São João. Há tempo de recuperaçõa ainda.
Não a demolição mas poderia ser feita como foi feita naquela via elevada de trem que foi desativada em Nova York que foi transformada numa área de lazer p/população. O próprio Minhocão, aos domingos e feriados, já é fechado p/esse fim. Agora, é evidente que isso tem que ser bem planejado e estudado e é aí que mora o problema pois a atual administração não tem planejado nada, tudo tem sido feito de improviso, mais preocupado em dividendos eleitorais ou em agradar grupos organizados, como os ciclistas.
Demolição total! O Minhocão é o mais claro exemplo de quanto uma má administração pode enfeiar e piorar uma cidade. Não vejo solução para o monstrengo que não seja botá-lo “na chon”.
André V.:
“Fábio, você precisa estudar mais o assunto ao invés de falar a respeito apenas pela “opinião cotidiana”. ”
R: Vou falar, SIM, da opinião cotidiana, posto que isso é o que conheço. Não é da minha de formação um estudo aprofundado. Não sou urbanista ou coisa que o valha. Aprofundar-se no assunto é função de quem vive disse, quem estudou sobre isso e pode efetivamente fazer algo para amenizar/resolver o problema.
“Você usa o carro e trabalha perto de casa, como sabe a situação dos ônibus? ”
R: É preciso andar para saber? Moro no extremo da Zona Leste e vejo como a condução passa pelas ruas. Eu moro em frente ao ponto final/inicial de uma lotação que vai ao metro carrão, e quando saio de casa, vejo filas de 50, 60 pessoas esperando a condução que não chega. Eu vejo onibus cheio passando do meu lado… Existem certas coisas que não se fazem necessárias “experimentar” para saber se são boas, ou ruins… E eventualmente eu ando de ônibus.
“Eu, que os uso todos os dias não uso minha opinião pessoal de argumento porque é apenas “evidência privada”, isso não tem valor nenhum estatístico e não pode guiar as decisões de uma prefeitura. No entanto, estudos estatísticos a respeito do assunto FORAM realizados e publicados, o google está aí para você procurar.”
R: Mais uma vez, reforço que o aprofundamento no assunto não é para mim, e que a opiniao que registrei aqui é totalmente baseada no que penso, no que entendo ser correto, ou que entendo estar errado. Não vim aqui pra analisar o problema de forma técnica, até porque não tenho formação pra isso, e também porque, até onde sei, este site nao é voltado a profissionais… E muito menos tenho pretensão de achar que minha opinião pessoal vai balizar as atitudes da prefeitura…
“Em muitas cidades do mundo uma boa parte da população vai de bicicleta ao trabalho – elas aceitam chegar sujas e suadas ao trabalho? Somos então um povo mais limpo, é isso? Esse argumento é estapafúrdio e mostra que você não tem conhecimento nenhum sobre o tema.”
R: Não é argumento, é opinião. E se é assim, me diga se vai ao trabalho de bicicleta? Eu não vou, e nem pretendo ir, mesmo num deslocamento em que eu gastaria 25 minutos… E mais: aqui NÃO é a Europa…Não é Amsterdam, cuja área cabe dentro da Zona Leste…
“Você diz que é “inocência” focar o transporte urbano em soluções coletivas que, é claro, estarão incompletas ainda por muitos anos (não se muda as coisas em alguns poucos anos, é uma coisa de décadas) – que dados você dispõe para argumentar a respeito? Sabe de alguma coisa sobre quando foram implantadas soluções parecidas com as que se tomam hoje em outras cidades do mundo?”
R: Não os tenho, e assim como sei que de fato não se faz nada de uma hora pra outra, mas então, que se faça algo planejado para esse “longo prazo”… “Planeje e faça”, e não “faça e depois a gente vê o que faz…”
“Entenda, usuários de carro são menos de 1/3 da população de são paulo e ainda sim são responsáveis pela maior parte do trânsito. O usuário de carro hoje não é o alvo das políticas de transporte, ele é parte do problema.”
R: Então, que se resolva o problema contemplando TODOS os envolvidos. Ou as minorias não merecem espaço??
A construção do horrendo Minhocão foi a pá de cal que faltava para matar de vez o combalido centro da cidade, já em franco declínio e processo de degradação desde pelo menos os anos 50.
Pra variar tinha que ter o dedo do Maluf nisso acho que foi dinheiro gastos demais nisso e metade dessa dinheiro já foi pro curral faz anos e não acho que exatamente custou o mesmo que fala no vídeo era ditadura militar vai ver se tinha lá mídia falando de corrupção durante de tal construção
eu acho que deve manter pequena parte dele, revitalização construção de praças e centros culturais demoli-ló totalmente não ira trazer o dinheiro que tanta gente perdeu nesses anos alem do sossego,sono,paz, paciência e os cabelos de muitos com o estresse. Tinha gente que literalmente enlouqueceu e se mudou de lá com toda razão as pessoas que a residem lá ao redor dessa “anaconda gigantesca” querem que seja construído um parque com ciclovias, varias pessoas já apresentaram fotos de como a região era antes de 1969 quando começou esse esse mostro de concreto seria uma maravilha ter jardins suspensos e exposições de arte no Minhocão.
acho que deveria ser feito o mesmo o que ocorre no RJ com a Perimetral mais não demolir totalmente somente em zonas especificas.
Será que não há alguma maneira de se enterrar o Minhocão, isto é, construir um túnel que interligasse uma ponta à outra e derrubasse o infeliz viaduto?
Demolição Total e ja desta coisa Horrivel que só Deteriorou o Centro da Nossa Cidade
No meu caso desejo a queda total, sem nada no lugar.
Sera que alguém possui alguma foto da cidade antes do minhocão
Haverá um Fórum para discutir sobre o futuro do Minhocão na Câmara Municipal no dia 03/12/14, das 18h30 às 22h00.
Vamos participar!
A região central de SP sofre com a degradação há muitos anos. Com ou sem minhocão, devemos, inicialmente cuidar da população e a educação vem em primeiro lugar. É tão lindo ouvir as pessoas louvarem faixas de ônibus, metrô, trem, monotrilho (opa… esta obra será por via elevada em uma região nobre que, apesar dos vergalhões, valoriza mais e mais). Agora, quero ver todos estes com o bilhete único não mão, enfrentando ônibus e vagões totalmente desconfortáveis, que sempre dão “pane” nos fazendo chegar atrasados apesar de sairmos mais cedo, enfrentar tamanha falta de educação das pessoas (todos querem ser o primeiro a entrar). Atropelam idosos, gestantes, crianças, fora violência, estupro… E querem culpar o fato de uma pessoa adquirir um carro ou moto, após anos enfrentando esta situação e não aguentando mais a falta de educação das pessoas provocada, exclusivamente, pela falta de capacidade das administrações atuais que, diferente de grandes engenheiros como Faria Lima que contavam apenas com o cérebro, uma picareta e uma máquina de fazer concreto, utilizam da tecnologia para promover verdadeiros absurdos e roubalheira. Demolir o minhocão, além de nos custar caro não resolverá o prolema da região e muito menos do trânsito. Resolverá, quem sabe, o bolso dos verdadeiros interessados.
Desde 1989 falam em demolir o minhocão e até hoje ninguém apresentou um projeto coerente para resolver os problemas da população de SP. Será mais uma das soluções tampão como no caso da cracolândia. E ainda querem parque suspenso para “imitar os E.U.A”????
E.U.A é país de primeiro mundo e pode se dar ao luxo. Lá se investe em uma obra e, se der errado basta derrubar, por lá os índices de fome e analfabetismo são quase nulos. Mas, aqui em São Paulo, por favor, cuidemos primeiro da população para depois pensar em parque. A cracolândia é o exemplo, pensem. Hoje existem cracolândias espalhadas por toda a cidade. O fim do minhocão provocará o erguer de outros minhocões pela cidade, apenas isso… e algumas regalias para os reais interessados. Chega de soluções tampão, de tirar o problema de um lugar e espalhar este ao melhor estilo jogar sujeira debaixo do tapete.
Demolição, sem duvida parque não resolve a situação, a avenida precisa receber luz direta bem como so edificios adjacentes so um Paulo Maluf faria uma coisa dessas
depois da copa, eu já sei o que vai acontecer: Muito mas muito entrave burocrático, e depois de uns cinco anos de falcatruas, finalmente vão implodir a velha minhoca, interditando as vias de baixo, acabando com o que resta de utilidade do minhocão, tapando as casas ao lado de sujeira, rachaduras nos prédios ao redor, entupimento de outras vias com o transito que passava por baixo e por cima do minhocão, agora desviados para outras ruas, mais uns dois anos para conclusão da limpeza e, ao final, o caótico transito de são paulo ficará SUPER CAÓTICO, agora sem o minhocão…
EU conheci o minhocão embora não more em são paulo. acho que só o fato de demolir, sem um projeto de substituição ou outra solução qualquer vai enforcar mais o transito, por vezes alucinado, por vezes paralisado, mas sempre caótico da cidade…
Bom dia Hideraldo. Talvez por não morar em São Paulo, não tenha tido oportunidade de acompanhar mais de perto os estudos técnicos e a problemática. Sugiro que acesse http://desmonteminhocao.blogspot.com
e fique por dentro das últimas notícias, inclusive projeto do Depto de Engenharia da Universidade Mackenzie, dirigida pelo Professor Dr Valter Caldana, inclusive com Desmonte a custo zero e no lugar bonita e arborizada avenida, revitalizando a área central de São Paulo, podendo ficar um cartão postal . Feliz NATAL e próspero Ano Novo para você e sua família.
Tira o elevado e coloca o trânsito aonde, na sala de vcs?
Realmente, com o Minhocão – elevado construído passando pelo meio de prédios residenciais – o trânsito passa a poucos metros de nossa sala e quarto. De dia e de noite, temos de manter tudo fechado e vivemos como prisioneiros de nós mesmos.
Além dos problemas de saúde, segurança e poluição causados pelo Minhocão aos moradores seria oportuno estar atualizado e ver que a definição moderna de elevado, segundo a firma especializada SINERGIA, é que um elevado apenas transfere o problema viário de um lugar para outro.
Assim, de acordo com essa visão moderna viária, hoje, no mundo todo, estão demolindo elevados, dando lugar a belas avenidas e praças. Assim tem sido na Espanha, em Barcelona, na França, em Lyons, no Canadá, em Toronto, em Seul, em Boston etc.
Quanto ao que fazer com o trânsito sobre o Minhocão, cabe ao órgão responsável apresentar propostas viárias. Assim, o Superintendente da CET, o Sr Vicente Rodrigues, em audiência pública realizada no dia 9 de setembro de 2014, na Câmara Municipal de São Paulo, declarou que não será uma tragédia e não acredita que o impacto no trânsito da região seja tão grande . “Os motoristas tendem a buscar alternativas de trajetos”, afirmou.
Para quem mora e/ou trabalha ao longo do Minhocão e no entorno – cerca de 230 mil pessoas, segundo o IBGE – viram como uma luz no fim de um túnel escuro, a possibilidade que está no atual Plano Diretor, que apresenta o possibilidade do Desmonte do Minhocão e em seu lugar se fazer bela e arborizada avenida, como a Braz Leme, avenida Sumaré , entre outras.
Aproveito a ocasião para convidar os internautas a estarem presentes no II Fórum sobre o Minhocão, a ser realizado no dia 14 de abril de 2015, das 18:30 às 22:30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo.
Ja q fez…deixa do do jeito q esta..O transito sentido oeste vai travar na radial na mooca… O tempo inteiro… E no sentido leste… Ira travar na rua clelia..do viaduto da lapa até a duque de caxias.. Tenho certeza… 1 hora a pessoa levará.. Tanto de carro .. Ou onibus… … E todo o entorno dessas vias q falei… Ficariam travadas tb.. Façam o teste… Deixem ele fechado… Um mes… Para vermos o caos… E digo mais… Nao demorará para vermos outros… Bem antes de 2050… E colocar os trens submersos e fazer uma avenida em cima… Ajudaria muito o transito….Minha opniao é que quem viveu antes dele ser feito… Ou mudou ou se acostumou… E quem chegou depois… Bom.. Areas verdes.. De vegetaçao.. Ainda tem em sp..
Como eu disse num outro post relacionado ao assunto e (Douglas… com o perdão do palavrão, mas vou ter de dizer, ainda que numa forma não explicita): O Maluf enfiou o Minhocão onde não coube e f$%&* com São Paulo, mas enfim… se hoje é ruim com ele, pior seria sem ele, logo, o que eu digo é que sou a favor da destruição do Minhocão, desde que se criem outras vias alternativas que não sejam como o Minhocão, para desafogar o tráfego que vai ser gerado pela falta do mesmo. E pelo visto desde aquela época que o ladr… oops, digo, o Maluf tem essa voz de vômito peculiar da pessoa dele e desde aquela época que ele vem “obrando” em São Paulo.
Ah… e só para constar… olha só o que o Maluf destruiu para construir ISSO.
http://cultura.estadao.com.br/blogs/marcelo-rubens-paiva/por-que-derrubar-o-minhocao/
Ah… e só acrescentando… se tem duas obras, que com certeza contribuíram para degradar o centro de São Paulo, foram o Minhocão e a antiga rodoviária da Luz, porém, como eu disse, se o mesmo for demolido, qual a alternativa que vão por no lugar??
A cidade já se estruturou com o Elevado. Não é bonito , mas é prático , do qual todos os dias passam carros de serviço como Ambulâncias etc. Tirá-lo , custará milhões de reais , e seria um retrocesso, pois toda metrópole tende a crescer. Tirar o elevado , sem disponibilizar qualquer outra opção , seria um desastre no trânsito, o trânsito de cima sobrecarregaria a avenida em baixo , ou seja , perderíamos a ligação Leste-Oeste. Mas acredito que é preciso aumentar o Rodízio de placas para par e ímpar e inibir cada vez mais o uso do carro………
Não existe solução a curto prazo para o “minhocão”. O mais correto é demolir, ao meu ver, do que transformar em parque suspenso. Um parque suspenso poderia trazer problemas também como o alagamento e a falta de manutenção. Sou favorável a demolir o minhocão e também não criar nenhuma alternativa viária. Os usuários de carro devem avaliar a sua real necessidade de usar carro e encontrar caminhos alternativos.No vão central do finado minhocão(tomara um dia) poderiam colocar redes de bonde, do tipo VLT, ligando a Água Branca passando pelo centro ,Parque Dom Pedro e chegando ao Braz.
Concordo que hoje a demolição seria inviável, pois o transporte público não dá conta. Grandes investimentos em mais linhas de metrô e trens no sentido leste-oeste facilitariam uma demolição futura sem ter que construir uma alternativa viária. Por exemplo, seria perfeitamente possível duplicar ou triplicar a capacidade das ligações de trem entre a Lapa e a Zona leste. Poderiam ser construídos dois ou três andares de linhas de trem subterrÂneos, conforme a demanda exigir , transformando a área de superfície em parque com ciclovias, por exemplo, na área entre a estação Lapa e Braz da CPTM. Além disso, deve se priorizar a construção da futura linha 6 do metrô, entre São Joaquim e Cidade líder, no seu trecho leste. A linha 4 também deveria ser extendida a leste da luz, por baixo da Celso Garcia e chegando ao extremo leste da cidade. Corredores de ônibus bons, não os do estilo Haddad, poderiam ser feitos também nos leitos da radial leste e da Celso Garcia. Além do mais teria que começar o trecho vila prudente -dutra do metrô da linha 2 o mais rápido possível para facilitar a ligação da zona leste coma paulista.Extender a linha 5 da futura estação Chácara Klabin a alguma estação da linha leste-oeste do metrô.. Depois de tudo isso feito, deveria se demolir o minhocão e revitalizar por completo a região. E o mesmo vale para o Parque Dom Pedro, destruído também pela obsessão rodoviarista.
Olá. Boa tarde! Hoje teremos na Câmara Municipal o II FOrum sobre o Minhocão. Salão Nobre, a partir das 18 horas, entrada franca e com direito a palavra para perguntas e considerações. Compareça. Leve amigos. Façamos valer nossos direitos a saúde e a a segurança. Especialistas responderão as perguntas sobre o complexo problema.
Abraço.
Francisco Machado
MDM Movimento Desmonte Minhocão
Sou a favor de um meio termo,
-precisamos de tunéis para suprir o transito que precisa passar por lá ou cortar a cidade
-o elevado poderia ser reduzido para uma faixa em cada sentido “cortando/demolindo” o restante. Nessa faixas que ainda ficariam no elevado uma comportaria os dois sentidos da ciclo faixa e na outra faixa junto com a divisória no centro poderia compor uma area verde, com bancos, policiamento, luz artificial e horario de funcionamento restrito durante a madrugada.
– a parte abaixo do elevado deveria ter só uma faixa de transito com outra faixa focado em corredor de onibus/taxi.
Dessa forma temos luz e ar melhor na parte inferior, menos barulho, muita mais distancia entre o elevado e predios, foco em transporte coletivo.
Enquanto nossa cidade não consegue colocar uma linha de onibus 24hs [EMTU] ligando o maior aeroporto do Brasil [GRU] a cidade e meios de transporte como metro/trem e centro, fica difícil falar em fazer obras, pois isso só precisa de onibus e motorista.
Não é mais Costa e Silva, agora é João Goulart
Mas continua Minhocão! E a matéria é anterior a mudança de nome, ou seja, não cabe alteração aqui
Enquanto existir, sempre será Minhocão. Aliás, detesto essa mania de mudar o nome dos logradouros públicos. Seja qual seja o nome dado, ele faz parte da historia do lugar.
O problema é que as sugestões de demolição do Minhocão, na maioria das vezes, vêm de poetas e não de engenheiros. E, além disso, tem muito vereador aproveitando para fazer proselitismo em cima desse assunto. Vejamos:
Primeiro: se a desculpa para demolir o Minhocão é que ele é feio e degrada todo a região, por coerência ao argumento, penso que seria o caso de demolir toda a ligação leste-oeste. Ou alguém aqui considera que o Bixiga e/ou a Baixada do Glicério são lugares aprazíveis? Só que, neste caso, eu queria ver como seria o acesso de quem vem da Santa Cecília e deseja chegar, por exemplo, à Moóca. De helicóptero?
Apesar de ter nascido em 69, eu já vi pessoas mais velhas dizendo que a aquela região já era degradada, mesmo antes da construção do Minhocão. O fato dele existir tão somente impacta no preço dos imóveis,. tanto que muitos dos moradores que hoje reclamam dele, muito provavelmente somente moram lá devido ao baixo preço dos imóveis na região.
Segundo: O Minhocão virou desculpa para vereador fazer proseltismo às custas dos cidadãos. Fecharam o elevado durante todo o final de semana para os carros, bem como, mais cedo durante os dias úteis. Resultado: o trânsito ficou um inferno na Rua das Palmeiras e também na Amaral Gurgel em pleno domingo. Os pobres motoristas que por ali se aventuram, presos no engarrafamento, ficam à mercê de todo tipo de meliante. Enquanto isso, alguns incautos que se arriscam a transitar por aquele “espaço de lazer”, são vítimas de assaltos em plena luz do dia pelos viciados que infestam o lugar.
Mas isso ninguém comenta, pois São Paulo ganhou um novo “espaço de lazer, batizado de “Parque Minhocão”. Piada isso.
Apesar de ser um desperdício enorme em termos de quantidade de material e investimentos já feitos eu sou bem a favor da demolição e depois uma longa e demorada recuperação das decadentes areas afetadas. Mesmo que vire um parque linear, mantendo-se as estruturas, as areas debaixo do elevado ficarão sempre sombrias e insalubres.
Quem pensa que só as pessoas que não são da região que serão prejudicadas, estão redondamente enganadas! Cego é quem não quer ver. Os mais prejudicados serão justamente as pessoas que moram no entorno. Hoje, por exemplo, quando o minhocão fecha (absurdamente) aos sábados e domingos, as pessoas desviam dos baixos do Minhocão, passando por dentro de Higienópolis, Santa Cecília e região.
Demolição já!
Esse viaduto é como uma fratura exposta no meio da cidade, só a sua demolição total para que se consiga recuperar o centro da cidade, recuperar os edifícios que foram sacrificados no seu entorno e atrair a população de volta para a região central.
Nasci em São Paulo – SP, em 1967, e tenho vivido entre a capital e o ABC (Santo André e São Bernardo, mais especificamente) nestes meus 52 anos. Sei que o trânsito de São Paulo e região é caótico já faz tempo, e que a cidade jamais foi planejada, ao contrário de Curitiba – PR, por exemplo. Acho que devem desativar e transformar o Elevado João Goulart em um parque suspenso. Se houvesse vergonha na cara, realmente, dos políticos, teríamos metrô desde a década de 1950, pelo menos. Grandes metrópoles do mundo, tais como Londres, Paris e Moscou já o tem há muito mais tempo que São Paulo e outras cidades do Brasil, e os benefícios são indiscutíveis. Quem não depende de carro, sendo o transporte público tão deficitário? Mesmo assim, acho que o Elevado tem que virar um parque suspenso. Fizeram isso em Nova York, com locais semelhantes, e deu super certo. Penso no inferno das pessoas que moram ali, aguentando barulho e poluição dia e noite. É preciso, mais do que nunca, investir em áreas verdes e natureza, pois o planeta todo só vai agradecer.
E mais: li a maioria dos comentários postados, e as opiniões divergem. Seria um grande desperdício com o dinheiro público a demolição. Eis uma questão muito complexa. Não sou urbanista, sou apenas cidadão. Infelizmente, debaixo do Elevado, apresenta-se um cenário de abandono. Entra prefeito, sai prefeito, e é difícil de São Paulo melhorar. Fica uma grande interrogação na minha cabeça. É a cidade mais rica do Brasil, uma das maiores do mundo, e poucos dos seus inúmeros problemas são resolvidos, embora nunca faltem promessas e mais promessas.
Na época os moradores poderiam ter levado uma ação conjunta contra a prefeitura, uma injunção …. nada se ouviu.
Depois reclamam.
Ao menos o Maluf morreu em descrédito.
Tecnicamente pode se derrubar o minhocão e passar o tráfego automotivo abaixo do nível de rua, via túnel. Problema é que a cidade está falida, sem dinheiro sequer para demolir o elevado, quanto menos escavar túnel.
Boston fez exatamente isto com o Big Dig, retirando o Southeast Expressway (I-93 ) , De cima da terra e o enfiando no subsolo , conectando a cidade ao aeroporto através de outro túnel ( Ted Williams , além do já existente Callahan Tunnel, concluído na década de 40 ). Além de facilitar a conexão Norte Sul, facilitou a conexão Oeste através da Mass Turnpike (i-90 ).
A ramificação de tal obra gerou outros polos de oportunidade :
1. A esquecida área industrial adjunta a downtown ( Fan Píer, Industrial Park, Southie ) , no Porto se revitalizou. Outrora abrigava galpões Antigos sem8 abandonados e ruas esburacadas. Agora abriga um centro de convenções, dois hotéis , edifícios residenciais de luxo, Preço de casas em Southie explodiu.
2. A trilha aonde se passava o elevado virou parque e permitiu resgatar a orla marítima conectando a ao centro financeiro ( Long Wharf, Rowes Wharf
3. Nenhum galpão no Fan Pier ( Summer Street , Congress Street, Melcher Street ) foi abaixo. Todos galpões de virada do século XIX foram preservados e reposicionados para residências loft e escritórios.
4. Houve uma migração corporativa do centro financeiro ( downtown ) para a orla , com avenidas mais largas. Muita firms de advocacia graúda entregou chaves em downtown e desceu para a orla ( Goodwin & Proctor , Ropes & Gray ).
5.Restaurantes da velha guarda deram lugar a outros da nova guarda ( abaixo No Name, Anthony’s Pier 4, e outro… ). Os novos restaurantes se não melhores no cardápio ao menos são mais arrojados na ambientação.
6. A estação de trem ( South Station ) ganhou cara nova e terminal de ônibus novo e integrado no Leather District , cujos galpões viraram moradias de alto padrão e escritórios.
Custou uma fortuna cavar túneis. Dinheiro federal teve que entrar na conversa. Empreiteiros enfiaram a mão. Porém valeu a pena.
A cidade e outra completamente.