Quem não se lembra do saudoso jornalista Murilo Antunes Alves ?
Um dos grandes nomes da imprensa brasileira, Murilo nos deixou em 15 de fevereiro de 2010. Participante da TV Record desde sua fundação, em 1953, cobriu em sua trajetória alguns dos momentos mais marcantes do Século XX, como a ida do homem à Lua e a morte do então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy. Até falecer ainda era funcionário da emissora, sendo até então, o mais antigo empregado da casa.
Murilo Antunes Alves possuia um belíssimo casarão na cidade paulista de Itapetininga, uma linda construção e motivo de orgulho para toda a cidade. Contudo, apenas 4 meses após a sua morte, isto não foi levado em consideração e a antiga residência deste memorável jornalista veio abaixo. Um desrespeito não só a memória de Murilo Antunes Alves, como de sua cidade:
Leiam abaixo, texto assinado por Moracy Oliveira que alertou o site São Paulo Antiga sobre o triste ocorrido. No final, confiram um triste vídeo mostrando a demolição do imóvel.
O Texto:
Foi no domingo, 13 de junho, que o casarão dessa foto veio abaixo para dar lugar a um estacionamento. Ele ficava em Itapetininga, cidade 170 kms distante de São Paulo, e que tem sua origem no século 18, como ponto de parada na rota dos tropeiros que viajavam com suas tropas entre o Sul do País e Sorocaba, onde o comércio de animais era feito.
Ocupava a esquina da rua Monsenhor Soares com a Praça Duque de Caxias, mais conhecida como Praça ou Largo da Matriz, por ser também o endereço da catedral da cidade, um espaço simbólico para a comunidade local. Pertencia a família do jornalista Murilo Antunes Alves, famoso por suas entrevistas e autor de uma das poucas feitas com o escritor Monteiro Lobato, e que faleceu recentemente aos 91 anos.
Como tantos outros já demolidos, o imóvel foi vítima da ganância imobiliária e do descaso das autoridades municipais, principalmente estas, que jamais regulamentaram um Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Itapetininga, criado em 1996, o que, se feito, teria evitado não só esta demolição mas inúmeras outras que vem dilapidando a memória local. Diante desse quadro, um grupo de cidadãos itapetininganos resolveu lançar o manifesto que se encontra abaixo e que deverá, acompanhado de um abaixo-assinado, ser encaminhado as autoridades.
Vídeo da demolição:
Obs. o vídeo é muito antigo e devido a isso a qualidade é muito baixa.
Atualização: 09/02/2011
Confira novas fotos do local realizadas no mês de janeiro de 2011 por Glaucia Garcia de Carvalho (clique para ampliar).