Pesquisar sobre a história de São Paulo sempre trás a tona uma grande quantidade de dados que ficam escondidos das pessoas, por falta de interesse ou mesmo de pesquisa. E aquele que é talvez o imóvel mais antigo da avenida São João revela fatos muito interessantes.
Inaugurado em 1886, o prédio conhecido por muitos como sede do antigo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, não foi construído para este fim. Inicialmente, abrigou ali uma loja de pianos e oficina de pianos chamada “Casa Especial de Pianos Frederico Joachim“, que além da venda de novos pianos também fazia manutenção e trocas.
Contudo o grande chamariz do edifício era o que hoje costumamos chamar de espaço de eventos, um importante salão de festas, bailes e concertos no piso superior que era chamado Salão Steinway.
Este elegante salão foi palco de muitos concertos, cassinos, saraus e encontros literários e até eventos particulares. Alguns anos após a morte do compositor brasileiro Carlos Gomes, o Steinway foi renomeado para Salão Carlos Gomes, e manteria-se assim até ser vendido em 1909.
O CONSERVATÓRIO:
A história do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo iniciou-se em não muito longe dali, na rua Brigadeiro Tobias, esquina com a rua Santa Ifigênia em uma casa alugada que havia pertencido à Marquesa de Santos. Foi inaugurado oficialmente em 25 de abril de 1906 por Pedro Augusto Gomes Cardim e João Gomes de Araújo.
Com a eminente necessidade de venda do imóvel que foi da Marquesa, seus fundadores foram atrás de um novo imóvel para fazer de sede, e optaram pela compra do imóvel sito à rua de São João onde funcionava o já citado Salão Carlos Gomes (ex Steinway).
E foi assim, contando também com a ajuda do Governo do Estado de São Paulo que o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo transferia-se para seu novo endereço.
E com o novo espaço não demorou para o conservatório crescer rapidamente, tornando-se uma grande referência de ensino da arte musical em São Paulo, com um nível de qualidade comparável aos conservatórios espalhados pela Europa e Estados Unidos.
Entre seu renomado corpo de professores podemos citar Wenceslau de Queiroz, Camargo Guarnieri, Fructuoso Vianna além de ex-alunos que viraram mestres na instituição, como Francisco Mignone e Mário de Andrade.
O conservatório seguiu como importante referência por décadas até que sofreu um grande revés nos anos 1940, quando um interventor nomeado pelo governo de Getúlio Vargas expulsou todos os professores de origem alemã e italiana, enfraquecendo consideravelmente o corpo docente. O interventor acreditava que no local existia uma célula fascista, fato que nunca foi realmente comprovado.
A decadência foi se acelerando com o passar das décadas e a instituição nunca mais se recuperou por completo, adquirindo cada vez mais dívidas, especialmente com tributos, e tendo seu prédio histórico cada vez mais deteriorado.
O ápice da crise viria em 2006 quando o então prefeito de São Paulo desapropriou o prédio do conservatório que estava em péssimas condições, pagando R$4 milhões pelo imóvel e R$170 mil pelo acervo. Porém em virtude das dívidas acumuladas com a mesma prefeitura o dinheiro ficou bloqueado, aguardando uma certidão negativa para a liberação.
Apesar disso não foi o fim da instituição que ainda existe. Desalojada de sua sede ela funciona sem um endereço próprio, enfrentando um escassez de alunos. Seu acervo foi levado para a Biblioteca Mário de Andrade.
Já o imóvel do século 19 que foi inicialmente sede do Salão Steinway, foi restaurado e incorporado a Praça das Artes em 2012. No edifício, que é tombado, funciona, entre outras atividades, a Escola Municipal de Música de São Paulo.
Veja mais fotos (clique para ampliar):
Respostas de 50
Muitas pessoas passam de lá todos os dia e nem sabem nada sobre o prédio.
O centro velho de São Paulo, está totalmente abandonado e entregue a malandragem.
Rua DE São João. Aqui no Rio a nomenclatura do tempo de até o início da República também era assim.
que interessante!..sou pianista formada também por um conservatório,chamado Conservatório Musical Santa Barbara,que acabou sendo fechado por volta de 1970 ,se não me engano!…Ser admitida no Conservatório de São Paulo,era na época,uma vitória e uma honra inigualável…Os professores eram maravilhosos e curso para formação de pianista,puxadíssimo…Adorei saber a história!
Adorei saber da história do Conservatório onde me formei como pianista. Muito bonita!!
Em 2007, integrei o coro que cantou na missa de canonização de Frei Galvão, na vinda de Bento XVI a São Paulo. Um dos ensaios foi neste prédio, sob direção do maestro do Conservatório Dramático, Ricardo Rossetto Mielli.
O prédio estava em frangalhos por dentro, corroído pelo mofo e com o gesso despencando…
Mario de Andrade e minha esposa Elenice Galdi Linzmaier se formaram no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Elenice está no facebook com 5000 (cinco mil) amigos.
Em 1963 quando me formei pianista e lá lecionei, sob a direção do Prof. DR. Paulo Gomes Cardim ,o Conservatório Dramático de São Paulo era ponto de referência na Av. São João. Tempos inesquecíveis
que infelizmente não voltam mais!
Elizabette Siciliano. VocIe foi minha referência para quem tem dom de tocar piano e quem não tem: você tem o dom. Bom te encontrar!
Eu entrei para o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1950 e me formei em 1953. Naquela época já estava muito deteriorado, havia boatos de que iria ruir.
Não moro mais em SP, mas sempre que vou gosto de passar em frente e relembrar esta época feliz da minha vida.
Gostei de conhecer a historia da fundação desse estabelecimento de ensino da música.
Participei de um projeto de higienização de todo o acervo que estava na biblioteca do Conservatório.
Além de limpeza manual, fizemos um novo acondicionamento.
Hoje, estão guardados no Paço das Artes, mas já havia algumas coisas na Mário de Andrade.
Há escassez de alunos porque o povo não se interessa por música de qualidade.E os meios de comunicação(eu sempre digo isso) colaboram para esse desinteresse.
É curioso como o ‘revisionismo’ histórico pode muitas vezes buscar compensar uma comunidade como indígenas e quilombolas tentando minorar nos descendentes as injustiças sofridas no passado por seus ancestrais mas soe ser tão míope em questões como a que o seu breve histórico registra quanto a tal instituição. Do mesmo modo que a Prefeitura de São Paulo ainda sofre de cólicas pela perda do Campo de Marte com a intervenção federal pós-32 e talvez alguns moradores de Santo Amaro com toda a justiça merecessem ter a sua autonomia administrativa – ainda que integrados funcionalmente à metrópole… Não entendo porque não se buscou corrigir o abuso do interventor da ditadura do Estado Novo em vez de apenas desalojar a ‘pessoa jurídica’ de seu patrimônio e instalar aí a escola do estado – que suponho que ficava ali junto ao Centro Cultural Vergueiro, onde hoje ergue-se um espigão desse novo boom imobiliário da região… que tem a sua parcela de escândalos com os fiscais da prefeitura… até onde as coisas erradas se conectam mantendo uma aparência de ‘progresso’ para a cidade mas permanecendo as injustiças no ‘saldo devedor’ da cidadania??
Esse edifico é tombado em que esfera?
Esfera municipal, tombado durante a gestão do prefeito José Serra
Bom dia, Douglas. Gosto de colecionar objetos antigos e há muitos anos, comprei um antigo álbum de fotografia, capa de madeira, em ótimo estado de conservação. Trata-se de um álbum de fotografia dos formandos do conservatório dramático e musical Carlos Gomes de 1935 ou 1936 ( se não me falha a memória…) tem fotos de vários alunos, constando embaixo de cada foto, o nomes e respectivo instrumento musical. Tem também foto de Mario de Andrade, que era mestre ou Diretor, creio eu, não tenho certeza. Apesar de não fazer parte da história da minha família, guardo o álbum com muito carinho, mas meu desejo era poder entregar as fotos para os parentes dessas pessoas como recordação ou quem sabe, doá-lo para algum museu, etc,, enfim, onde ele possa ser visto por outras pessoas que se interessem por esta história. Por isso, fiz uma pesquisa e cheguei até esse site.
Caro Rogério,
Estamos iniciando uma pesquisa sobre o Conservatório e Mário de Andrade para produzir um livro a respeito. Gostaríamos de entrar em contato consigo a propósito desse seu álbum dos formandos. Como proceder? Talvez o Douglas possa nos instruir a respeito. Elizabeth 26/07/2015
O FECHAMENTO DO CONSERVATÓRIA É O MAIOR DESRESPEITO À CULTURA MUSICAL DO BRASIL!!! SENHOR SERRA E CIA!!! COMO TIVERAM A CORAGEM DE FAZER ISSO!!! NEM O PRESIDENTE LULA SE MANIFESTOU A RESPEITO. TAMBÉM PUDERA, NUNCA FREQUENTOU UMA UNIVERSIDADE!!!
SOU TESTEMUNHA VIVA DESTA TRAGÉDIA, POIS CONCLUI O BACHARELADO EM VIOLÃO EM 1985, E EM 2008 CONCLUI MEU BACHARELADO EM REGÊNCIA!!! INFELIZMENTE FOMOS EXPULSOS DO PRÉDIO E ACABAMOS TOMANDO EMPRESTADO O PRÉDIO DA F.E. I ( NA LIBERDADE) PARA TERMINAR AS ATIVIDADES!! MAS REGER O QUE NESSE PAÍS????
Estudei violão com ISAIAS SAVIO até o sexto ano – um ótimo professor e um grande homem, um verdadeiro artista e amigo de todos. Estudei solfejo com dona GISELDA SERRONI, lá nos altos da casa- uma salinha que tinha muitos degraus até ela.
O professor Isaias está presente em minha vida – sempre – pela sua personalidade , cuidado e carinho com que tratava os alunos. Muitas saudades…
Só uma informação: Infelizmente São Paulo perdeu um dos mais tradicionais conservatórios. O Dramático deixou de existir!
Sem prédio próprio, o corpo discente da instituição ficou receoso de não concluir seus cursos e, aos poucos, a instituição perdeu seus alunos.
Esta não é a única instituição de música em crise aqui em SP. Nos últimos anos, a EMESP Tom Jobim vem sofrendo cortes de todos os lados. A instituição (que já teve o nome de ULM) chegou a ter mais de 3 mil alunos matriculados. Hoje estão na casa dos 1200. Alunos aprovados no último processo seletivo não puderam assumir suas vagas, pois o corte do governo estadual não permitiu isso. E é difícil pra caramba ser aprovado lá!
O Conservatório de Tatuí também sofreu com os cortes em 2015 (eu fui aluno deste).
E sabe o que é engraçado? Mesmo com todos estes cortes e com o desmonte que a EMESP vem sofrendo, a Secretaria de Cultura mantém em seu site o projeto do Complexo Cultural Luz. Esse projeto foi engavetado há muito tempo! Que coisa, não?
Eu estudei no conservatorio damatico no ano de 92 e 93 violino c o professor antonio torchia e teoria c francisco pezzella.Tenho otimas lembrancas dessa epoca,gostaria de saber ooque aconte eu c estes professores,pois fui embora de sao paulo em 2000 e retornei em 2012 por favor se alguem puder me informe serei muito grato.
Olá, Laerte. Fiquei sabendo que o Antonio faleceu há um tempo atrás; o Francesco, por sua vez, parece que continua aí em São Paulo (fiquei sabendo que ele mora num apartamento a 1 quadra do conservatório, no último número do lado ímpar da Rua Abelardo Pinto (entre a Av. São João e a R. Capitão Salomão).
Coleciono objetos antigos e se alguém tiver um parente que tenha estudado música no conservatório dramático e musical Carlos Gomes nos anos 30 com Mario de Andrade, entre em contato comigo, pois tenho uma álbum de fotografias com os alunos formandos ( acho que do ano 1935 ou 1936…). As fotos são originais e estão em perfeito estado de conservação. No álbum também tem as fotos dos professores e do próprio Mario de Andrade. Havendo interesse, me passem o nome do formando e se a pessoa estiver no álbum, terei o maior prazer em doar a foto, desde que seja realmente parente da pessoa fotografada. Um abraço.
Eu tenho interesse em saber desse album. Minha mae formou-se mas nao sei datas somente que foi por volta de 1950. Como posso entrar em contato?
Tenho uma amiga cuja mãe foi aluna de piano do Mário de Andrade.
Olá Rogerio, minha mãe formou-se em 1936, gostaria muito de saber sobre esse álbum.
Olá Rogério, o nome de minha mãe era Gioconda Marigliani e formou-se em 1936.
Atualmente está todo pichado!
Já o repintaram.
Estive lá na última sexta-feira (07/08) para fazer minha matrícula na Escola Municipal de Música e vi que está novinho em folha novamente. Mas não retiraram as pichacões do prédio ao lado, também pertencente à Praça das Artes.
Também sou violonista e atualmente estudo na Escola Municipal de Música, que se encontra no local do antigo conservatório e hoje Praça das Artes. A história do conservatório é realmente linda. Hoje na escola também existem muitos nomes importantes da música dando aula por lá.
No violão, que eu saiba tem o Paulo Porto Alegre, que também teve aulas com o Isaias Sávio(antigo professor do conservatório – e importantíssimo para o desenvolvimento do violão no país), Everton Gloeden e Diogo Carvalho.
Não sei se o peso dessa escola de hoje se equipara ao que foi o conservatório em seu auge, pois, ao meu ver, os conservatórios foram deixados de lado como formadores de músicos, para que as universidades reinassem, e acredito que devido a isso, vejo tantos alunos formados ou formandos na USP, UNESP, Cantareira, FAAM, etc… tendo aulas na escola.
Acho que eles preferem voltar a essa instituição devido ao custo zero para ter aulas com esses renomados professores, ou mesmo pelo nível de excelência de ensino, infraestrutura e até mesmo pela história fantástica desse local.
A única coisa que sinto falta por lá, é realmente o antigo acervo(fato que me trouxe até esse site).
Acredito que os conservatórios deveriam ser reconhecidos e não esquecidos como tem sido prática comum. E que deveriam ser incluídos num plano de educação de nível superior e adequados a isso, pois hoje, o diploma de um conservatório não condiz com o enorme trabalho que se teve.
Vejo alunos tendo aulas durante 8, 10 anos, e quando saem, o diploma do conservatório não vale…e precisam ainda passar por todo o processo de graduação, mestrado e doutorado… que come mais uns 10 a 12 anos de sua vida.
Enquanto numa escola técnica, com 1 ano e meio, todos tem um diploma com mais peso.
Acho que o local dos conservatórios e escolas de música não foram pensados no plano de educação dos últimos governos.
É engraçado, por que as matérias aprendidas nas universidades, são as mesmas do conservatório, e seguem até mesmo a mesma estruturação.
Também houve os recentes cortes devido a enxugar gastos, que levou o Conservatório de Tatuí, EMESP Tom Jobim(ULM) ao corte de profissionais.
Mas isso é um outro ponto.
Como disse não sei se é equiparável o nível que se tinha antes com o de hoje, mas que esse local ainda transborda música e inspiração, não tenho dúvidas. A sua história anterior só soma ao que a escola é hoje, como parte do Teatro Municipal de São Paulo.
Também sou aluno da Municipal e infelizmente o que o Josué disse é verdade. Conservatórios e escolas de música como a EMESP e a Escola Municipal de Música de São Paulo não possuem reconhecimento do MEC.
É um absurdo homérico! Os cursos são bem estruturados, lecionados por professores de primeira linha e passamos anos estudando sem que nosso diploma tenha validade ou reconhecimento pelo MEC. Acho inclusive que os cursos dessas instituições são mais estruturados que o das universidades, pois a duração sempre é muito superior. O curso de piano, por exemplo, são 12 anos de formação pela Municipal!
Quando músicos práticos ingressam nas universidades, geralmente é só para obter um diploma validado pelo MEC, pois a formação instrumental foi feita por essas escolas ou com aulas particulares.
Ninguém aprende a tocar um instrumento na universidade. Pra entrar lá (pelo menos nas públicas), o candidao já deve tocar e muito bem.
Na minha opinião esta estrutura é errada. Os conservatórios e escolas como essa deveriam ter reconhecimento do MEC e às universidades caberia a formação de acadêmicos e pesquisadores.
Viva! Finalmente restaurada a casa do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo! Eu me bacharelei lá em Órgão Clássico sob instrução da professora (já falecida) Selma Asprino Macedo, a quem dediquei uma sonata composta há pouco tempo atrás. Que se faça devido uso do local: o prédio que emenda com o belo imóvel é um feioso moderno todo mal-feito, cuja entrada se faz (ou fazia) entre os números 352 (Cine Marrocos) e 394 (outrora Restaurante Pelicano) da Rua Conselheiro Crispiniano.
A professora Suely Pfeferman, de Hebraico na USP, me contou que a mãe dela foi aluna de piano do Mário de Andrade no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.
Moro em Brasília desde 1995. Aqui, a instituição que seria correspondente ao CDMSP é a Escola de Música de Brasília, porém muito aquém do nível didático do Dramático. A instituição integra a rede pública escolar local e, mesmo tendo eu feito o concurso para professor de música, não valorizam lá minha formação acadêmica (música erudita para órgão) como também proíbem os alunos interessados de estudar este instrumento sob alegação de que jamais encontrarão professor adequado no DF. Como dizer isto se sou o único e, até há pouco tempo, havia uma outra instituição, o Instituto de Música do Distrito Federal, que originalmente era para ser sucursal do homônimo do Rio, porém totalmente avacalhante e pró-charlatanismo na minha área e, o que é mais grave, com total aval do Conselho Regional da Ordem dos Músicos no Distrito Federal. Ressalte-se que esta última instituição não admite realização de provas práticas para quem se formou na mesma área que a minha, bem ao contrário do que ocorre em São Paulo.
Estudei com o professor Antônio torchia em meados de 92-94 saudades daquela época e dos amigos no qual perdi o contato :/
onde esta conservatório atualmente ?
Sou bisneta de Luiz Pinheiro da Cunha, que foi um dos diretores do Conservatório, entre (1931-1937 ) e adoraria saber onde posso garimpar mais informações e material a respeito desta época.
Tenho um carinho especial pelo Conservatório. Minha mãe estudou lá. Foi aluna de Samuel Arcanjo, Camargo Guarnieri e Mário de Andrade. É solo sagrado para mim. Faz parte de uma São Paulo encantadora que não existe mais.
Olá, Eurídice, minha mãe também foi aluna dos mesmos mestres. Ela se formou em 1936. Será que foram colegas?
Sou Violinista, estudei com o saudoso Professor Antônio Torchia. Grande mestre e era cheio de sabedoria.
Marcou minha vida na década de 90.
Eu chegava cedo no conservatório, minha aula era as 17 hs, mas fica lá de plantão. Quando não aparecia alunos o Torchia adiantava a minha aula e ficávamos a tarde toda estudando e conversando sobre histórias relativas a música e ao violino. Foi meu Mestre.
No final da aula, ele sempre bem vestido de terno cinza, eu acompanhava ele até a porta do trem do metrô. As vezes eu deixava ele na estação de destino dele, para garantir a segurança dele. Ele adorava. Gostava da minha companhia.
Que saudades !
Antônio Torchia, um superhumano, um grande Mestre, um amigo Eterno.
Descanse em paz,
Gilberto Estefani
Sou sobrinha da professora Giselda Serroni. Minha mãe, Clélia Serroni, também era formada pelo Conservatório. Seria muito interessante uma pesquisa sobre os professores do Conservatório, e alunos também, por que não ? antes que se perca a memória…que já se esvai…tantos nomes importantes…cuja dedicação e obra vai se perder no tempo, já já…
Fui aluna de sua Tia, eu e minha irmã. Vanice Camargo e Vera Camargo
Bom dia, gostaria de saber onde faço inscrição de minha filha de 11 anos para aula de canto (gratúita) em São Paulo / Capital ?
Olá, Selma. Ótimas lembranças tenho de tua tia, que chegou até a almoçar comigo no saudoso Restaurante Pelicano; a filha de um dos proprietários chegou a estudar com tua tia.
Resumindo: se os mestres italianos e alemães lá permanecessem, a Escola teria vida útil mais longa, e com a mesma qualidade.
Frequentei o Conservatório Musical e Dramático de São Paulo em visita à minha tia Giselda Serroni que era professora.
Minha mãe Célia Serroni de Oliva também estudou no Conservatório e, na cidade de Itanhaém transmitiu para seus 11 filhos um pouco do seu conhecimento musical, em especial piano.
Olá, Rogério. Embora não tenha sido aluno da tua tia Giselda, sempre tive boas lembranças dela. Muito agradável como pessoa e acredito também como docente. Sei que o professor com quem ela estudou piano era tido em alta consideração, sendo responsável por muita gente competente no ensino do piano em São Paulo.
Que prazer saber mais sobre o Conservatório! Estudei ali durante os anos 1978 a 1982!! Fiz o curso técnico de piano e depois o curso superior!! Guardo maravilhosas lembranças, tanto de alunos como de professores. a minha professora era Dona Alzira Fuzaro Ladeiro Lo Turco, as professoras Giselda e Fausta Sermarini foram as de Teoria e Contraponto. Havia também o professor João Caldeira Filho como professor de História da Música! O professor Torchia deu aulas de prática de orquestra. O professor Oswaldo Nicodemos dava aulas de Harmonia e o professor Irany de Oliveira, canto coral, ditado rítimico e solfejo!! Ainda conheci a professora Sandra Abrão, como professora de folclore e órgão!! Como eu gostava de admirar os quadros antigos, os pianos e o prédio todo!! Lembro-me até do porteiro do conservatório!!Tudo aquilo deveria ter sido preservado no lugar em que estava!!!
Importante lembrar que o prédio histórico tinha um anexo no fundo com entrada pelo Recanto Monteiro Lobato. Ali neste prédio anexo com características que lembravam alguns prédios modernos da USP ficavam as salas de aula e parte do acervo já ficava espalhado e empilhado por parte dos corredores.
O anexo foi construído entre anos 70/80 e foi demolido quando da construção da Praça das Artes.
Infelizmente o Recanto Monteiro Lobato foi se tornando espaço dos carrinhos elétricos dos coletores da limpeza pública da PMSP.
A própria pagina aqui trouxe o histórico anterior de um casarão neste espaço.
Hoje reli este artigo e tudo o que nós, inclusive eu, postamos até o momento. São histórias que me enchem de lembranças positivas. Não sei se alguém, assim como eu, chegou a conhecer o professor Jonicler Real, de canto coral e estruturação. Esclareço que ele fez uma pós-graduação em Genebra, na Suíça, e, quando retornou ao Brasil, passou a ser originalmente regente da orquestra e do coro da Fundação pelo Desenvolvimento Cultural (FUNDEC) de Sorocaba; depois fundou a Orquestra Jonicler Real. Há entrevistas com ele no YouTube. Confiram! É uma pessoa maravilhosa!