Mais casas encontradas perdidas no meu becape de fotografias que eu acreditava que já havia publicado aqui no São Paulo Antiga e, na verdade, não tinha. Dessa vez bem ao norte da capital paulista na região de Pirituba.

As quatro residências vizinhas estão localizadas na Maestro Arturo de Angelis, na região de Pirituba que é conhecida como Vila Comercial. São imóveis construídos entre as décadas de 1940 e 1950 e que estão paulatinamente sendo demolidas.
A primeira, na ponta direita da foto que abre este texto, foi demolida em 2017. Posteriormente, no ano seguinte, sua vizinha à esquerda (de cor amarela, foto abaixo) também foi demolida para que pudesse ser integrada ao mesmo empreendimento, que está sendo finalizado atualmente.

Esse trecho da rua ainda possui duas outras residências que, por enquanto, sobrevivem. Uma delas, localizada no número 271 está fechada e à venda há alguns anos, enquanto a casa da esquina, no número 263, está muito bem preservada e seguem como uma boa e confortável residência, conforme as imagens da galeria abaixo. Seguiremos acompanhando a situação destas casas.


Respostas de 3
Douglas, este seu trabalho é muito bom e importante mas como me deixa triste ver estes belos imóveis sendo demolidos, acredito que grande parte dos imóveis que você tem em seu acervo de fotos poderiam ser tombados e serem inseridos em um contexto histórico de São Paulo para depois se fazer um turismo pelas partes antigas da cidade.
Moóca, Ipiranga, Vila Prudente, Lapa e mais outros bairros que não me recordo estão perdendo suas casas pela ganância imobiliária.
É muito triste ver isso acontecer
Mais uma coisa, estes imóveis são obras de arte a céu aberto, para mim, estão cometendo crime com a demolição deles.
Imagina entrar no Louvores e trocar as obras de arte que lá estão por imagens de Tik Tok, Instagram, Facebook e etc.
Fico pensango: por que não há um plano legal, obrigatório, em que todas as construtoras destinassem parte de seu capital para a conservação do que deveria ser considerado o patrimônio histórico nacional, através desses casaris pitorescos, charmosos aos nossos olhos.Está mais que na hora dos empresários e políticos serem mais conscientes desse papel relevante de conservação. Todos, indistintamente precisam integrar o patrimônio histórico à preservação do meio ambiente, construindo moradias novas e conservando árvores e plantas existentes no local, evitando-se dessa maneira, ilhas de calor e melhor escoamento da água ao solo, assim como construindo calcadas em nível reto e permeáveis. Os Conselhos de Engenharias precisam fazer a parte integrando já nos currículos essas e outras iniciativas, fiscalizando obras para que sejam de fato, implementadas.