Estas antigas casas geminadas da Rua Visconde de Parnaíba, no bairro do Belém, foram lacradas e muradas e estão esperando um comprador.
Acredito que não seja tão fácil vender um imóvel tão simpático como este apresentando-o nestas condições, exceto se a venda for pelo terreno e não pela construção.
O acúmulo de lixo diante deste imóvel é frequente. Na imagem podemos notar lâmpadas descartadas na calçada como se fosse algo corriqueiro, o vizinho que joga na lixo na porta de outros é no mínimo alguém muito mal educado. Insetos, baratas e roedores não vão ficar só onde está o lixo.
Atualização – 09/11/2020:
Dez anos depois da publicação deste artigo retornamos ao local para ver o que aconteceu por ali. A situação atual é esta:
De acordo com o que apuramos o imóvel foi vendido em 2019 juntamente com seu vizinho do número 3079. Desde então a árvore que cresceu diante delas foi removida (será que tinha autorização e houve compensação ambiental ?) e o local recebeu esta pintura azul.
Pelo que foi possível apurar resta apenas a fachada, servindo de muro.
Respostas de 8
que cena triste…
A situação dessa casa só dá ao comprador (se houver) duas escolhas: ou reformar ou desmoontar. Como estamos falando do povo que destrói sua história (As vezes nem de propósito, pois manter um casarão dá trabalho e principalmente, gastos), acredito que o dono fique com a segunda opção.
A situação do imóvel é tão deprimente e desolador que provavelmente o destino dele seja a demolição, infelismente, pois numa situação dessas, para o comprador, seja mais barato construir outro imóvel do que arrumar este.
Pois é, infelizmente nossa cidade está jogada às traças. SÃO muitos pontos desta metrópole que estão em perfeito abandono. Todos os dias passo pelo Parque D.Pedro(próximo, Terminal de ônibus, 25 de Março, ou pelas adjacências, no caminho para o meu trabalho, e não posso acreditar no que vejo. É muito lixo, muita sujeira, abandono total da região. Quando disseram que iriam construir o Mega Prédio(Páteo do Pari) e que ia haver uma reurbanização atingindo também o Parque D.Pedro, muitos “entendidos” disseram que iria descaracterizar os bairros. Foram totalmente contra.
Agora eu pergunto: Descaracterizar o quê? O lixo que se encontra até hoje jogado pelas ruas?
É vergonhoso um turista chegar no Mercadão e observar todo o entorno com predios ruindo e lixo espalhado por todo o canto. É de chorar.
O bairro do Brás, Canindé, Pari e trechos do Belém, poderia muito bem passar um trator e derrubar tudo pois não iria fazer falta alguma, já que não há interesse algum por parte de alguns Órgãos em revitalizar essas áreas.
Muito já se falou e nada até hoje foi feito com o Parque D’ Pedro, Brás e outros bairros que não evoluíram e não tiveram investimento algum.
Quando a mentalidade dos responsáveis irá mudar?
Preservar é maravilhoso. É ter o registro vivo da história de um lugar, mas, deixar cair no abandono, não fazer nada para melhorar é lamentável.
É preciso ter mais carinho com a história desta cidade.O povo desta cidade não a ama como deveria. Agora, se não ama, pelo menos a respeite. E se não respeita, que seja fiscalizado para aprender a não jogar lixo pelas ruas. Não colocarm muitos fiscais para ver se tinha “fumacinha nos restaurantes”, então, coloque-os nas ruas para ver as inúmeras irregularidades que acontecem todos os dias. É difícil?
Sim, não é fácil, mas é possível. Ou os cidadãos aprendem por bem, ou por mal.
Em outras grandes cidades, não se conseguiu reubanizar, melhorar o visual, etc… Por que São Paulo não consegue?
Fica aqui o meu recado.
compartilho essa idáia plenamente Ilda oliveira,Parabéns…
Pela fotos do Google de set/2014, o simpatico imovel resiste ao tempo e a especulçao imobiliaria e continua de pe, porem não sabemos ate quando….
Tenho 44 anos e estas casas pertenceram aos meus avós… Orlando Berto e Isaura…
Tinha 9 anos de idade quando estive nesta casa pela última vez…
Lembro do menino que dormia na casa dos avós no final de semana que se somava na janela frontal olhando os carrinhos de doce passarem por ela…
Também me lembro de andar de bicicleta pelo quarteirão , das missas de domingo e das festas juninas na Igreja São José do Belém…
Não acredito ver este imóvel assim … 🙁
A arquitetura é belíssima.
Ao entrar, uma pequena escada de uns 8 degraus, conduz aos convidados a um corredor que guarda 2 ou 3 quartos do lado direito.
O mesmo finaliza em uma pequena sala de estar com duas portas do lado direito que davam para o corredor do quintal. Lembro-me que do quarto dos meus avós podíamos apreciar o quintal e almoçamos com estas portas abertas…
Da sala vem a cozinha que conduz ao banheiro a esquerda e ao quintal a direita… para ambos o acesso é por escada. No quintal, um pequeno armazém e um jardim.
As casas são geminadas, idênticas.
De um lado meus avós e do outro meus tios…
Não existiam celulares… nos comunicavamos pelo quintal.
Não existia saudades… existia família…
Família de almoços intermináveis nos domingos e eu adormecia nos braços dos meus avós…
Quem deseje comprar las não vejam lixo.
Tentem lembrar DO AMOR que habitou este espaço, reconstrua e seja tão feliz como nós fomos⚘
Olá Sérgio, como vai ?
Acabamos de atualizar a matéria logo após seu comentário. A casa foi vendida junto com a vizinha e demolida, resta apenas a fachada servindo de muro.
Volte no link para ver a foto atual. Abraços.
no google maps, em janeiro de 2024, o terreno está sem nenhuma construção.