Para ser uma casa importante ou um patrimônio histórico (mesmo que informal) não é preciso ser uma grande mansão, um palacete ou mesmo a residência de um ilustre cidadão do passado. Basta que a casa seja protagonista de algo relevante, seja para a história do país, da cidade ou mesmo do bairro. Ou até que seja apenas um imóvel peculiar. E peculiaridade não falta nesta casa abaixo.
Localizada na Rua Sousa Caldas, esta residência é um belo e raro exemplar em art decó da região do Belenzinho e Pari. Está bastante deteriorada, é verdade, mas ainda assim mantém bastante preservado todos os detalhes originais da residência, como os detalhes do frontão, a caixa de cartas, pão e leite, além do portão e o vitral sobre ele.
É realmente uma arquitetura bastante incomum nesta região da cidade, que é bem abastecida ainda de construções antigas, mas raras são as que nos remete aos belos traços do art déco. Abaixo, mais duas fotografias com detalhes da fachada:
Evidente que nem todos conseguem enxergar beleza em casas que não estão conservadas. Mas nem todos os proprietários tem condições de manter suas fachadas intactas, preservadas. Sabemos que o IPTU em São Paulo é cada vez mais alto e morar em uma casa é cada vez mais proibitivo, e justamento por isso que sempre defendo a ideia de isenção de tributos a imóveis antigos, desde que o valor correspondente seja aplicado na conservação e restauro da casa.
Isso geraria mais retorno para a economia, trazendo mais restauradores ao mercado de trabalho e donos ainda mais orgulhosos de suas belas residências. Entretanto, no Brasil, isto parece ser ainda uma realidade muito distante.
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Respostas de 4
No Glicério existe uma vila com casinhas bem interessantes fica numa travessa da Conde de Sarzedas
Minha bisavó na década de 60 morou nessa rua e minha avó também morou nessa mesma época, só que em outra rua e já naquela época o Brás, infelizmente já era “bocada” e deserto a noite, hoje está mais deserto ainda a noite, pois o grosso do movimento do bairro ocorre mesmo até umas 18, 19 horas.
NOs anos 60 – 70 eu tinha 10 a 20 anos e saia muito, gostava de ir ao teatro e ao cinema nos fins de semana. Voltava à noite, sózinha, e era muito seguro e tranquilo.
Eu morei na Souza Caldas de 1961 até mais ou menos 1972. Nossa casa era um sobrado, onde morávamos na parte térrea e em cima viviam os donos da casa. Os filhos dos donos eram o Salvador Jr. (Dodô) e o Sérgio. Não lembro o número mas era no fim do quarteirão quase chegando na rua Cachoeira. No lado direito de quem desce da rua Rio Bonito. No lado esquerdo morava D. isolina e seu filho de 5 anos que imitava o Moacir Franco o tempo todo. Do lado direito morava a D. Elsa, sua mãe, sua filha e sua netinha. E ao lado delas uma família de italianos: a vó que fazia as massas todos os dias, o avô, as filhas Edwiges e outra ( não lembro o nome) e os filhos da Edwiges, Cláudio e Ricardo. Só eles sabiam falar português. Frente a nossa casa morava a D. Maria e o marido, 6 filhos e uma filha, a Celeste. Minha irmã se casou com o filho caçula, o João A. Vieira. Na esquina da Souza com a Cachoeira tinha um bar onde serviam o aperitivo típico da época. A fofoca era que a Dona do bar convivia em um triângulo amoroso com o marido e o sócio deles em santa harmonia!! Kkkkk lembro também da mulher que morou no sobrado em frente minha casa que cortou os pulsos e depois os envolveu com vendas e ficou na sacada exibindo as vendas que se encharcavam de sangue….é claro que ela não morreu porque rapidinho chamaram uma ambulância…. Ou foi a polícia????