Casa – Alameda Nothmann, 563

A década de 80 foi muito ingrata para muitos imóveis antigos paulistanos. Foi neste período que vários casarões da Avenida Paulista vieram abaixo para que seus proprietários se livrassem do tombamento como patrimônio histórico.

Essa onda de demolições não ficou restrita apenas a mais paulista das avenidas, mas também espalhou-se por outras áreas centrais. Algumas sem êxito e outras que foram até o fim, como o caso dos imóveis desaparecidos em Campos Elíseos e o casarão da Rua Vitória que só restou o portão.

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Localizado no número 563 da Alameda Nothmann, bem na esquina com a Rua Guaianazes, esta antiga residência oriunda do período cafezista de São Paulo é um belo sobrevivente dos anos 80.

Depois de anos em péssimas condições, o imóvel foi adquirido por uma empresa com sede na região que restaurou completamente a fachada e recuperou seu interior. O local funciona como ambiente de eventos e reuniões.

Abaixo temos uma imagem de um recorte de jornal, de 1985, onde o imóvel e seu vizinho aparece em condições razoáveis, mas não tão bem preservado como atualmente:

O ponto negativo entre a foto de 1985 e a atual se dá pela remoção da árvore que ficava junto a calçada. De acordo com o que apuramos ela foi removida no início dos anos 1990. Uma pena.

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Respostas de 9

  1. Boa tarde!
    Sim, um imóvel sensacional, corajosamente recuperado. Ainda bem!
    Quanto à árvore removida, repare que plantaram outra: está em fase de crescimento…

  2. O sobrado realmente é lindo. Quanto a árvore não lamente. Aquela arvore é a denominada falsa seringueira (ficus elástica). É dentre todas, o pior tipo de arvore para se ter na calçada ou jardim. Se ela estivesse ainda lá já teria destruído toda a calçada e inclusive as fundações do prédio. A prefeitura proibiu o plantio
    dessa arvore, dentre outras, inclusive o malfadado ficus. Infelizmente, por desconhecimento das pessoas e do poder público, temos hoje em dia em São Paulo, no mínimo 70% de árvores impróprias para calçadas e Jardins. Entretanto, tenho notado que, embora timidamente, aos poucos estão sendo substituídas por especies adequadas.

  3. Trabalhei por muito anos no Martinelli, adorava andar pelas redondezas, São Bento, XV de novembro e adjacências. Sampa tem muita coisa interessante, muita mesmo ainda de arquitetura. Mas um edifício sempre me chamou a atenção, o antigo Banco da Cidade de São Paulo na praça Antonio Prado…antes que me esqueça, amo essa cidade…

  4. Se o imóvel for particular, minha opinião é que a Prefeitura deva restituir pelo menos o dinheiro gasto com a tinta, porque seria uma forma de agradecimento pelo cuidado e o carinho oferecido aos paulistanos com tão valioso exemplo de como preservar nossa história.

  5. Eu ouvi falar não lembro onde que agora querem revitalizar a região dos Campos Eliseos preservando o máximo de imóveis como esse antigos para reviver os antigos dias do bairro.

  6. Douglas como sempre parabéns!

    Eu juro que me esforço para levar à frente um projeto parecido em Cuiabá, tomando por inspiração seu trabalho. Já conversamos sobre isso, lembra?

    Desta vez vou anotar apenas a “questão” da arvore.

    Eu também cursei Engenharia Florestal e pela imagem me parece ser uma FICUS ELÁSTICA ou FALSA SERINGUEIRA na foTo mais antiga. Ela pode chegar a grandes alturas e ter volumoso diâmetro.

    Quero acreditar que sua retirada se deu em decorrência dos esperados problemas decorrente do seu plantio em calçada – não recomendado. Ela deve estar em grandes espaços como parques, jardins e praças.

    Esta arvore pode ficar enorme e causar estragos severos na calçada e até na estrutura da casa.

    Para nosso alívio tem uma nova lá. Olha a arborização da cidade pode, quem sabe, virar uma pauta…tem muito a ver com o patrimônio.

    Forte abraço!!!

    André

  7. Muito interessante.
    Lembro de árvores desse tipo, que iam destruindo toda a calçada ao redor.
    Sou totalmente a favor da preservação da natureza, pois o ser humano, ao contrário do que alguns pensam, não é uma raça à parte do meio ambiente, mas depende dela. Que substituam essas árvores que iam arrebentando tudo ao redor, por espécies adequadas.
    Espero que preservem mais imóveis antigos. Afinal, a especulação imobiliária tem acabado com vários, em São Paulo e no ABC Paulista.

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