Algo que gosto muito de encontrar em estradas, especialmente as vicinais, são aquelas pequenas capelinhas ou cruzeiros que são erguidos bem do lado das vias, e que tem os mais variados motivos e razões para estar ali.
Mesmo na capital paulista há algumas em avenidas da cidade, como uma próxima à colina da Penha, que homenageia um padre assassinado (o Padre João que dá nome de rua no bairro) ou mesmo um antigo cruzeiro localizado na Avenida Assis Ribeiro, na região do Cangaíba.
Apresento uma capelinha que descobri em uma viagem recente ao interior:
Localizada em uma estrada de terra na zona rural de Araçariguama, esta pequena capela é um ótimo exemplo destes pequenos tempos religiosos erguidos por anônimos em beiras de estradas.
Construída de maneira bem rudimentar em uma porção elevada do terreno, a capela é acessível após subir alguns degraus deteriorados. Ao chegar diante dela a visão que temos é de um lugar parado no tempo:
A capela é repleta de quadros religiosos, imagens sacras de vários tamanhos, crucifixos, terços e até um rosário. O fato de não ter porta fez com que o interior dela ficasse completamente tomado por poeira de terra.
Algumas imagens de santos que estão ali são bastante antigas, sendo que algumas estão sem cabeça, provavelmente por terem caído no chão. No local não há qualquer referência ou menção sobre quem a construiu. E ao redor não encontramos a quem perguntar.
Diante da capela a vista é espetacular, o pacato clima rural da estrada traz uma grande paz à região, cujo silêncio é interrompido apenas por algumas aves e pássaros e, bem longe, o ruído dos automóveis transitando pela Rodovia Castelo Branco.
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Respostas de 7
As imagens quebradas existentes na Capela faz parte da tradição que simplesmente não se deve jogar imagem de santo fora e sim deixá-la em uma Capela, Cruzeiro ou jogá-la num rio ou ribeirão de água corrente e limpa.
ahhh, não sabia disso… obrigado Sérgio
Que interessante, também não sabia dessa informação, Sérgio Romano. Aproveitando a oportunidade pra agradecer a riqueza do blog, muito rico seu trabalho Douglas. Passo horas lendo tudo por aqui.
Tem até um relógio nessa capela que, suponho eu, esteja parado.
A da Praia Grande ela foi toda pintada por fora mas está fechada porque já tinham invadido e tinha gente morando nela
Em Jundiaí tem uma assim
No bairro da Parada Quinze, ao lado da antiga praça da estação (que também já não existe mais) havia uma capelinha pequena e singela como a da reportagem , bem conservada e que remontava ao primórdios da fundação do bairro, hoje já não resido mais lá, mas olhando pelo Google Maps vejo que ela não já não existe mais, mas não deve fazer muito tempo que a demoliram, há alguns anos ainda ela estava lá.