Seria muito mais interessante se o primeiro imóvel catalogado em Campinas fosse algo preservado. Entretanto as circunstâncias levam a que o primeiro imóvel da cidade a entrar aqui no site São Paulo Antiga seja um que foi demolido.
Localizado no número 1681 da Avenida Francisco Glicério, na região central de Campinas, o imóvel “sambou” durante a folia de carnaval. Foi completamente demolido depois de estar à venda durante algum tempo.
Embora estivesse com algumas pichações e uma pequena edícula do lado direito destoando da arquitetura original, o imóvel estava bastante preservado e em ótimo estado de conservação. Merecia ser preservado, mas foi abaixo.
Nesta importante avenida de Campinas pouco resta das construções antigas. Neste quarteirão apenas duas casas antigas dou outro lado da pista sobrevivem, um tanto descaracterizadas. Depois, só encontramos outros imóveis similares na altura do número 600, muito pouco.
A cada demolição um pouco da história perece junto à pilha de tijolos. Até chegar o dia que não houver mais o que mostrar as futuras gerações.
Obrigado ao Ralph Giesbrecht, do site Estações Ferroviárias, pela dica do imóvel.
Respostas de 6
eu me lembro, morei ai perto, q pena..
Destaco o belo calçamento que provavelmente seja contemporâneo ao imóvel. No mais, é triste e escandaloso o descaso para com a memória arquitetônica da cidade.
É incrível como ter dinheiro não é sinônimo de ser inteligente. Na verdade ter dinheiro é ter capacidade de não ser prender a escrúpulos e valores morais. No mundo os inteligentes com Doutorado ganham uma merreca. Os ricos sempre são os mais ignorantes, só que diferente dos ignorantes pobres, eles tem coragem de fazer o que for preciso e imoral para ter dinheiro. Esse é o segredo!
Atenção aos vidros coloridos que havia na janela muito bem conservada; sempre que vi esta casa, ela não possuía nenhum dano.
Campinas já perdeu muitos imóveis significativos. Não sou nascido, mas morei lá de 1973 a 1994 e presenciei vários crimes. No início de 1979 demoliram em pouco tempo uma casa provavelmente único exemplar em seu gênero, que se encontrava na primeira quadra da rua Cônego Scipião (homenagem a um dos fundadores da Catedral Metropolitana local), precisamente número 138. Era uma construção com uma varanda lateral de entrada, sobre a qual havia uma sacada de sótão, cujo telhado era completado por duas grandes janelas e empregava telhas coloniais no todo: o que mais impressionava, para quem via do alto do Viaduto Miguel Vicente Cury, era a ausência de pelo menos duas linhas inteiras de telhas e, quando destelharam a casa, foi possível perceber que o teto de madeira não havia sofrido nenhuma deterioração, um sinal da excelente qualidade da madeira empregada. Virou por um tempo o Estacionamento Jolicar e depois transformaram numa passagem de pedestres, esta última, se não me engano através de notícias locais, virou passagem e esconderijo de malandros.
virou estacionamento. como estava em 03/23: https://maps.app.goo.gl/zoHDPQX4KgWwSYF56 Os prédios atrás servem de referência.