Edifício – Avenida do Estado, 3007 a 3013

Existem inúmeras construções abandonadas pela cidade de São Paulo, nos mais diferentes padrões e estilos arquitetônicos. Algumas delas são até construções sem qualquer assinatura de arquiteto, erguida apenas para servir como uma simples moradia.

No entanto, estar abandonado não significa que é feio. E enxergar a beleza em uma construção nesta situação não é assim tão difícil como se pensa.

No número 3007 da Avenida do Estado, em plena zona cerealista, encontramos este pequeno edifício de dois andares que esconde no abandono um lindo traço arquitetônico.

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O estado lastimável da construção não esconde que trata-se de um prédio pequeno e bastante bonito. Os dois andares superiores, de destinação residencial, aparenta ter quatro apartamentos por piso, sendo dois de frente e dois de fundo. Existem dois acessos aos andares superiores nas extremidades da construção, sendo que cada um atende um lado específico. No térreo, duas portas comerciais.

Não é difícil imaginar o que pode ter levado este pequeno prédio a deterioração. Apenas comércio (e mesmo assim muito específico) consegue vingar na Avenida do Estado.

As restrições de estacionamento em boa parte da via dificulta e muito a grande maioria das atividades. Veio com compras em um dia de chuva ? Você tem um grande problema! Não tem garagem e é proibido estacionar na frente do prédio. A solução é ou caminhar um bocado ou vir de táxi.

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Isso é um bom exemplo da falta de planejamento urbano que atinge nossa cidade. Morar ou trabalhar num edifício como esse torna-se um grande problema, com tantos obstáculos e proibições. Assim, proprietário não consegue alugar, não consegue vender e consequentemente não consegue pagar os impostos em dia. A dívida se acumula, a prefeitura desapropria o imóvel e quem é prejudicado ? O dono do imóvel, ou seja, o cidadão.

Já imaginaram esse pequeno prédio todo reformado, pintado e habitado ? Eu já. Acredite, seria lindo. Os traços arquitetônicos deste edifício revelam um bom gosto que hoje está difícil de se encontrar. Uma pena!

Veja mais fotos do edifício (clique na miniatura para ampliar):

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Casas Demolidas – Rua Gonçalo da Cunha

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Respostas de 11

  1. Teria sido, originalmente, Art Déco?
    ??
    E qual a história do prédio? O que já foi nessas lojas? Garagem, originalmente?
    Passei muito aí em frente quando ia a SP e pegava carona de volta para a rodoviária (para voltar para o Rio), sempre nos sábados à tarde.

  2. Este prédio pertencia aos meus avós libania carmelita e alfredo repozatti estamos negociando os impostos que esta dificil de chegar a um acordo pois queremos restaurar o predio

    1. Espero que tenham sucesso na empreitada! Mantenham o site informado, pois proprietários assim fazem a diferença para São Paulo!

    2. Espero que consigam um acordo acerca dos impostos e que possam restaurar o prédio, mantendo as linhas originais. Realmente o desenho é muito bonito: as formas geométricas, os volumes “pesados” são belos representantes da arquitetura art-decò.

      Boa sorte!

    3. Este comentário foi em 2021… conte-nos se puder, como andam as negociações com estes malditos políticos.

  3. Olá Douglas,
    Você saberia me dizer quem é o proprietário desta residência? Estou fazendo um projeto escolar e necessito muito desta informação! Abs!

  4. É tão dolorido como paulistano ver isso. Moro próximo e imagino como seria a cidade se fosse bem administrada por pessoas realmente interessadas em recuperar ela e sua beleza… dói muito.

    1. A chamada zona cerealista da cidade de São Paulo é (infelizmente, claro!) uma visão do inferno! O Mercado Municipal(o prédio) é não menos do que espetacular! É lindo!
      Porém, o seu entorno é qualquer coisa de pós-guerra, pós bombardeio, pós armagedon…
      Exageros à parte, é lamentável que essa região seja tão largada pelo poder público. Começa pelo esgoto a céu aberto que é o Tamanduateí. Nos arredores, pessoas em situação de rua(dezenas, dúzias, centenas) fazem do local a sua moradia: preparam a sua alimentação, dormem nas barracas improvisadas(ou ao relento mesmo)e por ali vão ficando, misturadas às montanhas de lixo… Você não consegue passar por ali tranqüilamente, pois teme ser abordado, é ou não é? . Aliás, o cheiro horroroso já basta para afugentar os mais inocentes.Os muitos comerciantes, também, parecem não se preocupar com a questão da higiene, do lixo que deveria ser descartado corretamente…
      Se um dia essa região rendeu belos cartões-postais, hoje é uma das mais feias de Sampa.

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