A Capela de Santo Antônio

O dia 13 de junho é tradicionalmente lembrado como o dia de Santo Antônio de Pádua. É nesta data que fiéis e devotos lotam as igrejas para fazer seus pedidos, orar pelas suas graças alcançadas, e também para buscar o tão esperado pãozinho bento de Santo Antônio que é doado todos os anos nas igrejas.

Nesta data, muitas mulheres fazem seus pedidos para encontrar um marido, fato que o faz ser conhecido também como Santo casamenteiro.

Muitas fiéis saem por São Paulo especialmente para ir até a Igreja de Santo Antônio, localizada no bairro do Pari, para fazer seus votos e pegar o pãozinho abençoado. Mas nem todos sabem que não muito distante dali, no Belenzinho, há uma pequena capela dedicada ao Santo. Trata-se da Capela de Santo Antônio.

Localizada no número 413 da Rua Cachoeira, no bairro do Belenzinho, a pequena capela está um tanto quanto escondida para quem passa de carro. Ao seu lado foi erguido um grande prédio comercial que encobre um pouco sua visão. Porém, se é pouco notada por quem não é da região, é bastante conhecida pelos moradores do bairro, especialmente os mais antigos.

Pequena no tamanho, grande no coração dos fiéis (clique para ampliar).

Pertencente à Paróquia de São João Batista a capela tem atividades frequentes e não abre somente para o tradicional dia de Santo Antônio. Contudo, é no dia 13 de junho que a diminuta capela é mais procurada pelos fiéis.

É neste data que a capela fica cheia durante todo o dia, com a celebração de missas em vários horários e a distribuição do pãozinho bento que é sempre doado por alguma padaria do bairro e oferecida a todos aqueles que vão até a capela em busca de paz, conforto e de uma benção. Também é possível comprar o bolo de Santo Antônio, imagens e contribuir com as obras assistenciais da paróquia.

A reportagem ficou por toda a manhã na capela e acompanhou o movimento frenético de católicos no local. Moradores do Brás, Belenzinho e da Vila Maria Zélia não paravam de chegar, tanto para assistir uma das muitas missas do dia (07:00, 12:00, 15:00 e 20:00hs), como para retirar o pãozinho bento. Antigos moradores do bairro e que hoje moram em locais distantes, também não deixam de retornar até a região para ir até a capela.

O pãozinho bento é ofertado durante todo o dia 13 de junho (clique para ampliar).

Esta tradição até hoje mantida pela capela e pela paróquia vem de tempos muito antigos. Há relatos de moradores da região sobre os festejos juninos e da celebração do dia de Santo Antônio desde os anos 1920. À época os moradores fechavam este trecho da Rua Cachoeira para grandes festejos, quando as festas ainda eram chamadas de Festas Joaninas.

Estas celebrações nesta rua começavam desde o trecho diante da capela, próximo à rua Marcos Arruda e continuavam até quase na Rua Joaquim Carlos. Juntavam-se aos moradores do bairro os operários da Fábrica de Tecidos da Juta, da Orion e do Leite Vigor.O bairro era uma festa só.

Hoje em dia os tempos mudaram, a cidade cresceu e o trânsito pesado dos caminhões das transportadoras da região, além da absurda correria do dia a dia impedem a realização da festa de rua, mas a celebração ao dia Santo Antônio permanece viva como nunca. E se você quiser, é só chegar! As portas sempre estarão abertas para você.

Veja mais fotos da Capela de Santo Antônio (clique para ampliar):

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Respostas de 13

  1. Que HORROR essa capela espremida!!!
    E a paróquia não teve nem a decência de embargar o prédio do lado! ou então o juiz não teve a decência de conceder o embargo.
    O prédio do lado com certeza absoluta devia ter um recuo maior em relação à rua.

  2. Olha o MONSTRO quadrado e com ZERO de estética, arte e beleza ao lado da capela! Nessas horas odeio a escola Bauhaus e sua quadradeza que moldou a arquitetura deste século…

  3. Apesar de ser agnóstico, acho a arquitetura de templos religiosos maravilhosa. Essa capela é uma graça, geralmente elas são mais charmosas que as grandes igrejas.

    Quanto ao comentário acima, não vejo características da Bauhaus no prédio vizinho, as ideias da escola jamais apoiariam algo como visto nas fotos.

    Por fim, Douglas, você sabe algo sobre aquela casa (anos 50 ou 60) da Paulista? Tem uma banca de jornal na frente, fica na altura do Trianon. Nunca encontrei nada a respeito na internet e acho estraho uma casa naquele estilo (mais moderna) construída na avenida.

    Abraço.

    1. Claro que tem características da Bauhaus, meu caro! Todo o conceito de racionalismo do Mies Van Der Rohe, etc… E não só da Bauhaus, mas de toda a Arquitetura moderna: Le Corbusier queria que as casa fossem “máquinas de morar”. Só interessa a função.

      Citando Hundertwasser:

      “A mania de destruição dos arquitetos funcionalistas é bem conhecida. Eles querem simplesmente destruir as casas Art Nouveau do séc. XIX com sua decoração em estuque e substituí-las pelas suas construções vazias e sem alma. Eu citaria Le Corbusier que queria arrasar Paris e reconstruí-la com monstruosos imóveis retilíneos. Para sermos justos agora, deveríamos destruir os edifícios de Mies Van der Rohe, Neutra, a Bauhaus, Gropius, Johnson, Le Corbusier e os outros, porque ficaram fora de moda e moralmente insuportáveis em menos de uma geração.”

  4. Parabéns pelo belíssimo trabalho de pesquisa! Estou divulguando esta página no site oficial da Paróquia São João Batista do Brás, que é a responsável canônica pela Capela. Abraço aos responsáveis!

  5. Eu estou emocionada e triste, morei na casa cinza quando nasci, faz apenas 40 anos kkk ( e a casa já era velha!) lembro muito da capela mas não sabia desse prédio horroroso, como ficou feio, derrubaram várias casas!

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