Penhenses se unem contra discussão de destombamento

A Penha é um dos bairros paulistanos mais antigos e, assim como qualquer outra região da cidade, tem seus problemas e mazelas. No entanto, apesar disso, é um dos mais aprazíveis locais de São Paulo com uma atmosfera única que reúne patrimônio histórico, cultura, serviços e moradia.

O bairro enfrenta dificuldades no combate ao descarte irregular de lixo, com enchentes, a alta criminalidade, a iluminação ruim, entre tantos outros problemas. Contudo uma obscura vereadora paulistana, que antes de tentar o cargo de vereança foi rejeitada pelos eleitores na candidatura ao senado está querendo propor um debate que pode destruir o bairro da Penha. O nome dela? Janaína Paschoal.

Uma reunião convocada por ela na Câmara Municipal de São Paulo, em 10 de março de 2025, tinha o tema “Discussão sobre Tombamentos no bairro da Penha” mas, na verdade, era para falar de algo um pouco diferente, o destombamento do patrimônio da região.

A vereadora alega que durante sua campanha ano passado, para o legislativo municipal, era parada nas ruas e avenidas do bairro por supostos eleitores que a imploraram para destombar a Penha, alegando que as medidas em defesa do patrimônio estavam atrapalhando a região. A alegação de Janaína Paschoal causa estranheza e parece ser inédita, pois geralmente as pessoas vão até os políticos para pedir saúde, educação e segurança.

Durante a reunião debateram o tema pessoas que são favoráveis e contrárias ao tombamento e, para a tristeza da obscura vereadora, a larga maioria se manifestou favoravelmente à defesa do patrimônio histórico do bairro, com exceção ao representante de um pequeno jornal de bairro e um empresário da região. Até mesmo o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL), que fez parte da mesa à convite de Janaína Paschoal, foi contrário à proposta de mudança no tombamento da Penha levando ao debate, inclusive, uma ótima sugestão de uma de suas assessoras, sobre o estímulo ao turismo religioso penhense.

Entre os participantes da mesa também estava a subprefeita da Penha, Kátia Falcão, recém empossada no cargo e visivelmente despreparada para a função, pois chegou a dizer que o bairro é atrasado, comparando-o ao Tatuapé, como se o bairro vizinho fosse exemplo a seguir. A subprefeita, que está no cargo por indicação de outro obscuro vereador, João Jorge (MDB), esquece que cada bairro tem sua essência e suas peculiaridades. O cidadão penhense não quer e não precisa de um Tatuapé para chamar de seu.

MORADORES E ATIVISTAS SE MOVIMENTAM

Mas parece que o tiro de Janaína Paschoal saiu pela culatra. Afinal, se a ideia da osbscura vereadora era especular sobre negativamente sobre o patrimônio histórico da Penha, o resultado foi totalmente o oposto, levando a articulação de inúmeros moradores, ativistas, influenciadores e formadores de opinião do bairro contra a iniciativa.

Eles se uniram e criaram o movimento “Defensores do Patrimônio da Penha” que visa uma série de ações no bairro na luta pela preservação da memória do bairro e a defesa do patrimônio histórico. O grupo reúne diversas figuras importantes do bairro e movimentos como este São Paulo Antiga e Memorial Penha de França, Movimento Cultural Penha, Grupo Ururay, Penharama Turismo Experiência entre tantos outros.

Os Defensores do Patrimônio da Penha criaram um abaixo assinado contra a ideia absurda de destombamento. O grupo também preparou uma manifestação para o próximo dia 26 de abril, às 11h, no tradicional Largo do Rosário.

CLIQUE AQUI PARA ASSINAR O ABAIXO ASSINADO

O São Paulo Antiga convida a todos os seus leitores e seguidores a participarem conosco desta manifestação e que assinem o abaixo assinado. Só assim poderemos mostrar aos inimigos da cultura e aos vilões da especulação imobiliária que estamos unidos em defesa do bairro da Penha. Participem!!!