Se você tem entre 30 e 60 com certeza já teve ou viu em algum momento de sua vida um produto da marca brasileira CCE, sigla que muita gente adora fazer uma piada mas que oficialmente significa Comércio de Componentes Eletrônicos.

A empresa foi fundada em 1964 por Isaac Sverner com o objetivo de importar e comercializar componentes eletrônicos, entretanto em 1971 iniciaram a fabricação de equipamentos completos em território nacional. Durante sua trajetória brigou com marcas rivais como a Gradiente e Polyvox, sempre com preços mais vantajosos.
A CCE produziu no Brasil uma vasta gama de produtos como rádios automotivos, aparelhos de som, videocassetes, videogames, televisores e até computadores (o obscuro CCE MC-1000). Em 2012, a empresa asiática Lenovo anunciou a compra da empresa, expandindo sua participação no mercado brasileiro, mas em outubro de 2015, o controle acionário foi devolvido para os Sverner.

Embora tenha produzido seus produtos boa parte do tempo na Zona Franca de Manaus, um período de sua trajetória foi construído no bairro paulistano do Limão, especificamente nas ruas Miguel Nelson Bechara e Francisco Rodrigues Nunes. Sua fábrica e depósito no bairro foram fechadas há pouco mais de uma década mas o imóvel não foi demolido, permanecendo sem muitas alterações até poucos tempo atrás quando passou a ser uma unidade do Giga Atacadista.

O mais curioso é que a CCE grafou por toda a extensão de sua calçada, nas ruas citadas no parágrafo anterior, vários logotipos da empresa em uma distância de média de 3 metros entre cada um. Felizmente ninguém – até hoje – removeu e elas estão lá como uma espécie “arqueologia urbana“:


Abaixo você assiste ao vídeo que fiz no local. Espero que tenha gostado dessa curiosidade paulistana!
Respostas de 4
já comprei CCE e já comprei evadim também. benzadeus. kkkkkkkk
A CCE foi o que é hoje a Multilaser: empresa que por um bom tempo era uma marca que montava produtos sob licença muitas vezes de linha mais popular (modelos mais básicos) de outras, como foi uma época a CCE montava e vendia sob sua marca, aparelhos de som da Kenwood e Aiwa.
Teve produtos bons e nostálgicos? Teve, mas dos anos 90 em diante começou a ter escolhas equivocadas (ou duvidosas na parte de qualidade) na linha de produtos vendidos juntamente com aqueles que eram de boa reputação.
Oi Douglas, achei muito interessante seu trabalho!
Sobretudo porque eu trabalhei na CCE em 1985 e1986, época do lançamento dos televisoes de 14″ – também dos micro-computadores Exato-Pró (clone da Apple).
Em 1985 na Feira de Informática – no Anhembi , fizemos uma réplica do micro Exato-Pró, onde as pessoas podiam entrar dentro dele na CPU e podiam desvendar os ” segredos”do funcionamento, como a memória RAM e memoria ROM, criamos um personagem o professor “BIT”, um bonequinho simpático com jeito do Einstein, que explicava o caminho das informações nos circuitos com uma didática simples, que fez muito sucesso na época.
Gostei muito de trabalhar na CCE! Preciso da cópia do contrato de trabalho