Casa e Armazém de 1932 – Rua Cesário Ramalho

O Cambuci mesmo com a recente verticalização que vem se alastrando pelo bairro, ainda é uma região com muitas construções antigas interessantes. Por li encontramos casas geminadas, sobrados, armazéns e muitos galpões industriais.

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Construído no ano de 1932 esta construção de uso misto é um ótimo exemplo de imóveis antigos que podemos encontrar pelo bairro.

Trata-se de um armazém para uso comercial no térreo (funciona um bar atualmente) com uma residência no andar superior.

Na fachada o ano da construção – 1932

No passado, bem mais que nos tempos atuais, era bastante comum o proprietário do estabelecimento residir no andar de cima do seu comércio. Atualmente costumam estar alugados para terceiros.

É importante notar que o imóvel embora não esteja totalmente impecável, está muito bem conservado, com seus itens originais absolutamente preservados, incluindo portas, janelas e detalhes arquitetônicos. Uma única alteração se dá em uma das portas comerciais que foi transformada em janela do comércio ali instalado.

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Em nossas pesquisas encontramos um telefone nos anos 1960 em nome de Casimiro Caleiro (número da época: 33-4673). Atualmente o imóvel consta como espólio de Antonio Tambasco.

Tem um gato no parapeito !

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Respostas de 20

  1. Há alguns cuja entrada para o segundo andar só por dentro da loja. São bem difíceis de serem alugados, porque acabam tendo que ser para a mesma pessoa.

  2. Boa noite td bem Sr. Douglas. Trabalhei próximo deste prédio, logo mais a frente, Orbis – Industrial e Comercial Ltda., Empresa do ramo gráfico. Anos de 1970.

  3. É uma pena que nós brasileiros não temos essa cultura de preservar essas construções; quando se viaja para o Exterior ali ficam admirando; pq não o fazem aqui?

  4. Imóvel com características originais conservadas, ainda que precise de uma revitalização!

    1. Mds a antiga casa de meus avós , cresci nesse imóvel . Lembro até hoje os chão revestidos com madeiras , os ruídos que as escadas dava . 11 anos foram 11 anos da minha melhor versão . Hoje só me resta fotos nesse lugar magnífico que saudade

      1. Quantas lembranças de outros tempos, morei neste imóvel entre 1966 e 1996, embaixo era o bar do Gouveia e depois do Toninho com Sr Manuel. Quase em frente na Rua Stefano era a casa dos Gêmeos grafiteiros, do lado a casa do Sergio Sorage ídolo e craque do futsal.
        Tempos muito bons de uma cidade que era horizontal, que os vizinhos se conheciam, que os comerciantes eram nossos amigos e marcavam na caderneta para pagar no fim do mês.

        1. A pintura externa da casa era verde com os detalhes em branco, janelas e porta da frente em marrom, o interior, escada, corrimão e assoalho de madeira, piso hidráulico no lavabo, banheiro, cozinha e área de serviço.

  5. Uma reforma cairia muito bem,principalmente essas janelas que dão destaque no imóvel, será falta de grana ou o proprietário não liga!

  6. Douglas, seria interessante tb. fazer um levantamento das casas e comércios da região central: 25 de março, R. Br. de Duprat,. R Comendador Abdo Schaim…impossível não ter sobrevivido nada das colônias árabe e armênia que ali viveram e labutaram por mtos anos! Grata

  7. Parabéns pela rica matéria rica em conhecimento.
    Morei no Cambuci na década de 80 até 2000, passei minha infância nesta esquina quando criança, meu pai frequentava este bar, quando os antigos donos, Sr manuel e seu filho Toninho que são Portuguêses, e este estabelecimento, não tinha esta cor ” Horrível ” de hoje que não é a mesma da minha época.
    Fico feliz de rever meu antigo bairro nesta matéria rica,de uma São Paulo que cresce a cada dia.

  8. A cidade que me viu nascer era toda assim. Cheguei a ver muito ainda de pé. Sé, Brás, Mooca,
    Belém, Pari, Bom Retiro, Tatuapé. Muita coisa foi para o chão. Eu fico pensando o motivo de se continuar a verticalização indiscriminada de São Paulo. Há tantas questões de saneamento, mobilidade, poluição que se arrastam há séculos e as construtoras só pensando em elevar as construções tornando regiões em amontoados sem personalidade ou história. Modelo completamemte atrasado.

  9. Creio que um grande desafio para a preservação também seja essas janelas, que talvez tenham sido feitas por encomenda. Mas que atualmente, no caso de uma reforma, terão que serem feitas novas.
    Na década de 90, eu morava em uma casa que tinha janelas nesse estilo. A madeira apodrecia com o tempo e as madeiras menores na diagonal “caiam”. A solução é trocar a janela.
    O imóvel é lindo, mas uma reforma mantendo o visual original deve sair caro.

    1. Esse tipo de janela era muito comum não só na capital, como em diversas cidades do interior de SP, sendo usadas desde casebres até prédios. Normalmente eram feitas de imbuia ou peroba rosa. Já vi réplicas modernas em alumínio (Feias, por sinal). São parte da identidade visual da cidade, praticamente.
      Caso não haja verba, vale pensar em trocar, mas se o proprietário quiser valorizar visualmente o imóvel, compensaria consertar essas janelas…

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