Casa – Rua Visconde de Inhomerim

Geralmente quando casas muito antigas são reformadas com o objetivo de ficarem “mais modernas” acabam ficando bem estranhas ou descontextualizadas. É algo compreensível pois muitas vezes a fachada de uma casa construída há 80 ou 100 anos simplesmente não fica legal com novos componentes.

Isso principalmente quando colocam as famigeradas janelas de alumínio no lugar das originais de madeira, mais bonitas e elegantes, geralmente por conta do custo de recuperar ou mesmo comprar uma nova em madeira.

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Esta casa da Mooca, localizada na Rua Visconde de Inhomerim é um exemplo de reformada peculiar. Apesar de reprovar a janela em alumínio, gostei muito do diferenciado trabalho de azulejos na fachada que deu um visual totalmente único para a residência.

Claro que haverá quem não goste, porém acho louvável quando existe coragem na tentativa de inovar e “atualizar” a fachada de uma moradia. E esse foi o caso aqui.

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E na lateral da casa, por onde se dá acesso ao imóvel, é possível ver junto ao portão um trabalho com cobogós emoldurados por pastilhas amarelas e azuis que deixaram a entrada bem agradável.

Muito melhor que modernidades que dão retorno bem duvidoso para a fachada de casas antigas, como as pinturas texturizadas que estão muito comum hoje em dia.

Parabéns aos proprietários!

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Respostas de 10

  1. Ate posso entender o que ele quiz fazer…..

    Deixar a fachada externa a prova de pichadores.

    Janelas de aluminio sao a escoria do Sec XXI, porem, as janelas e batentes antigos de qualidade ja nao mais existem…. Antigamente usava-se madeira de qualidade, como a Peroba. A maioria das madeiras empregadas hoje em dia para estes fins sao “madeiras verdes” que empenam e nao resistem a acao do tempo. Dai o emprego do Aluminio. Alias, pior, o isolamente termico das janelas atuais produzidas em massa, e risivel.

    Notei nos Acores, em Portugal, que estes repuseram a janela de madeira bem, usando Aluminio anodizado, em obras antigas e tombadas. OS resultados se apresentaram bem.

    Ainda que respeitando o orcamento do proprietario, realmente sao poucas as alternativas de ferragens de construcao adequadas. A maioria do que se faz e para atender producao serializada.

    Seria interessante formar classes de artesaos ( talvez escolas de Belas Artes e Oficios ), para se trabalhar com materiais nobres de acabamento em marcenaria, carpintaria, fundicao do ferro, a ,masonaria ( a arte de trabalhar com tijolo e argamassa ).

    1. Também abomino alumínio e percebo que o anodizado fica muito melhor. Outra opção à madeira é a chamada “madeira sintética”, que permite até torneamento, mas infelizmente ainda muito cara.

    2. Excelente ideia, seria uma excelente forma de gerar mão-de-obra qualificada e ao mesmo tempo renda para as camadas menos favorecidas.

  2. Um horror!
    A varanda sumiu, restando somente o caixilho em meio círculo.
    O revestimento é totalmente absurdo para qualquer tipo de edifício. Sem nexo, Sem qualquer referencia.

  3. Louvável a iniciativa de conservação da casa mas, as modificções no tacante aos materiais de acabamento, tais como,revestimento e esquadrias de alumínio, na minha opinião, são de gosto duvidoso.

  4. A casa parece ser dos anos 30 ou 40, e essa reforma parece já ser bem antiga, as pastilhas e esse tipo de padrão zigzag no assentamento das cerâmicas externas (Que divide opiniões, ou vc ama ou vc odeia kkk) foi comum nos anos 70 e 80, e provavelmente nessa reforma foi mantida a janela da época q era mais alta, e apenas posteriormente foi colocada essa de alumínio

    Apesar de n estar nas condições originais, a forma que ela está hoje, apesar da reforma de gosto questionável, já pode ser considerada de alguma forma algo histórico, o retrato de uma época…

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