Casarão – Avenida Lins de Vasconcelos

Recentemente aproveitei o feriado de carnaval para colocar em ordem centenas (isso mesmo, centenas) de emails enviados por leitores do blog nos últimos anos.

Nas quase 300 mensagens que organizei encontrei um enviado por uma leitora chamada Roberta (vou omitir o sobrenome) com fotos de uma casa no número 1735 da Avenida Lins de Vasconcelos.

No email ela explica que a residência da fotografia abaixo foi construída pela sua avó no ano de 1945 para abrigar a ela e seu filho, que viria futuramente a ser o pai de Roberta. Com o tempo ele casou-se e continuou a viver na casa, teve filhas e ali viveu até falecer.

clique na foto para ampliar

Roberta conta ainda que após o falecimento do pai o imóvel teve que ser vendido e possivelmente será demolido para dar lugar a um pequeno edifício comercial. Será triste ver isso acontecer, trata-se de um belíssimo exemplar de um bairro cada vez mais repleto de prédios.

Meu agradecimento à Roberta pelo envio e minhas sinceras desculpas pela demora em publicar.

Abaixo mais uma fotografia da casa que ela enviou, detalhe para o belo jardim e também para o tradicional e charmoso piso de caquinhos vermelhos:

clique na foto para ampliar
Compartilhe este texto em suas redes sociais:
Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
Siga nossas redes sociais:
pesquise em nosso site:
Cadastre-se para receber nossa newsletter semanal e fique sabendo de nossas publicações, passeios, eventos etc:
ouça a nossa playlist:

Seminário da Penha

Construído na década de 50, edifício já foi seminário redentorista, administração regional e até um hospital. Conheça sua história e veja fotos.

Leia mais »

Respostas de 27

  1. Linda casa. Aqui no Rio também há uma rua extensa com o nome de Lins de Vasconcelos, num bairro de mesmo nome (popularmente chamado somente de Lins).

  2. Caro Douglas, aproveitando a “confissão” da Roberta da venda (e futura demolição) da casa, deixo aqui uma dica, para que seja feita um enquete entre os (ex-)proprietários como ela, para que saibamos todas as motivações que levam à venda (além do óbvio – o $$$$) e o que eles imaginam que poderia ter feito eles mudarem de ideia. Isso pode levar, no futuro, à proteção dos imóveis. Abraço !

  3. Quando morei no Cambuci adorava tomar café do outro lado da rua e ficar admirando esse imóvel. Sempre temi pela sua demolição.

  4. Tomara que fique de pé. Vai ser muito triste se demolirem. Fica perto da Caixa d’água da Cel. Diogo. Passeei muito nesse pedaço na infância e adolescência.

  5. …/… belo exemplo de arquitetura de época …. notável o detalhe do pórtico duplo na entrada para veículos .

  6. Por volta de uns 15 anos atrás eu pegava ônibus todos os dias em um ponto que fica bem em frente a essa casa. Realmente, uma casinha muito simpática, uma pena se ela sair de lá.

  7. Linda casa! Muito bacana perceber que os antigos proprietários mantiveram o imovel em todas as suas caracteristicas, desde o piso até o muro baixo da frente, os detalhes da fachada, o arco da entrada lateral, tudo.

  8. Cambuci é o último bairro central que ainda tem criança jogando bola na rua…. (Ali pra baixo, nas travessas da Clímaco e Lavapés). Quem acha que isso não existe mais em SP, corre lá pra ver, porque vai acabar. As casinhas simples e os galpões estão sendo todos vendidos e a verticalização parece inevitável…

  9. Apesar das modernidades tenho certeza de que esta casa inda é o sonho de consumo da maioria das pessoas!

    1. Não, a casa do seriado é bem diferente, fica no Alto de Pinheiros e já foi tema de matéria neste site.

  10. Casa muito bonita! Estive milhares de vezes no ponto de ônibus que fica na frente da casa. Uma pena que na maioria das vezes a casa estava visivelmente abandonada, com vidros quebrados, etc.

  11. Boa tarde. Gostaria de fazer uma sugestão de pauta. Estava lendo um interessante livro com uma pesquisa sobre a história do bairro Itaim Bibi. Lá, encontrei fotos e um desenho de uma casa na rua Atílio Inocenti (que, na época, se chamava Rua Pequena). O texto diz que a casa era dos imigrantes italianos Michele Semi e Amelia Barsoti, que vieram ao bairro no início do século 20 (pelo que li no texto, em 1920 ou antes).

    Qual não foi a minha surpresa ao fuçar no Google Street View e encontrar, no início da Atilio Inocente, uma casa muito parecida com a retratada no texto? Acho que valeria a pena verificar, se for do interesse do site. É uma sobrevivente numa região com alta especulação imobiliária. Não posso dizer se hoje, em 2018, a casa está lá, nas no Google, em 2017, ela estava!

    Não consegui, no entanto, entender exatamente o que funciona no endereço. Há um posto de segurança na frente e alguns carros estacionados. Fica no número 62 daquela rua.

    Deixo o link com o livro sobre o Itaim Bibi abaixo, com a referência da casa em questão estando na página 36 e subsequentes. Retirei o material legalmente da web, do Projeto São Paulo City.

    https://drive.google.com/file/d/0B6iD9M7ZapwLQmg1WmxtUzRUVU0/view

    https://spcity.com.br/as-historias-dos-bairros-sao-paulo/

    Saudações cordiais e parabéns pelo site e seu incrível material.

  12. Nossa! Que emoção! Essa casa fica ao lado de onde moro, infelizmente a deterioração da casa está cada vez pior, quem a comprou estaciona carros e caminhonetes dentro e o piso de caquinhos e jardim estão muito mas muito mal conservados… 🙁 seria muito legal se a casa fosse fosse restaurada para uso comercial pois é lindíssima mesmo! Adoraria ver mais fotos dela quando estava melhor conservada 🙂 Um abraço a todos!

  13. Passava sempre em frente a esta bela casa e admirava sua arquitetura, imaginando quantas histórias de vida abrigava, em outras décadas, como um túnel do tempo. O progresso vem com tudo, como um rolo compressor, literalmente, desmanchando lembranças e levando embora esta obra tão bela e artística. Que pena!!!!!!

  14. A casa foi demolida, aliás 6 casas em torno desta casa. Sobrou uma loja de esquina que em breve será desativada e demolida…

  15. Que lamentável terem demolido essa casa. Pensei que tivessem conseguido preservar. Eu passeava bastante, nos tempos da minha infância, pela Aclimação, bairro vizinho ao Ipiranga, onde eu morava. Lamentável que o dito progresso, com a construção de tantos prédios, vá eliminando a memória arquitetônica desses bairros tão tradicionais a poucos minutos do velho centro.

  16. O pai da missivista era o advogado Dr. Rubens Batha e sua esposa D, Rosália. Morava no 1649 da mesma avenida e quase sempre os via assim como às filhas. Bela famíla. Saudades da época,

  17. Linda casa, passei inúmeras vezes em frente, infelizmente foi demolida, será que existe fotos do seu interior, como quartos, cozinha, a arquitetura interna deve ser espetacular.
    abcs

  18. Eu morava pertinho dessa casa. Descia um ponto antes de casa só pra ficar admirando essa obra de arte. Eu sou apaixonado por ela.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *