Cia Nacional de Tecidos (Edifício Prestes Maia)

Localizado no bairro da Luz, na rua Brigadeiro Tobias, o Edifício Prestes Maia é hoje um dos inúmeros edifícios decrépitos e abandonados que encontram-se na região central de São Paulo.

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O edifício era sede da empresa Companhia Nacional de Tecidos e hoje é um dos maiores símbolos de abandono e descaso na região central de São Paulo.

O local era a sede da empresa que faliu em 1991. Desde então o imóvel iniciou um lento processo de degradação que já dura mais de duas décadas. Com a demolição do Edifício São Vito, este edifício ficou com o título de maior “treme-treme” da capital paulista.

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O complexo compõe dois edifícios integrados, sendo o principal, que é o menor, na rua Brigadeiro Tobias e outro, de 23 andares, na Avenida Prestes Maia.

Sem vidros, com a fachada bastante desgastada e com tapumes de madeira, o visual dos prédios é desolador. Lembra muito edifícios de locais onde onde há bombardeios, como em alguns locais do oriente médio. Atualmente ele está ocupado por movimentos de luta por moradia.

É bem possível que o prédio da Companhia Nacional de Tecidos esteja no fim de seu período como símbolo de abandono. As novas regras municipais para imóveis ociosos, com IPTU progressivo e futura desapropriação deve nos próximos anos permitir que este prédio seja recuperado e transformado em moradia. É inaceitável que edifícios enormes como este fiquem nesta situação.

Abaixo, mais duas imagens:

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Crédito: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga

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Respostas de 24

  1. Meu Deus! Deveriamos demoli-lo ou restaurá-lo pelo local que é de fácil localização para todos os pontos!

  2. Vamos transformar esses prédios todos em Habitaçãos Popular! Aonde estão as ZEIS da cidade? CAdê o PLano Diretor da Cidade?

  3. A prefeitura e o governo deveriam dar incentivos fiscais para que investisse na recuperação desse prédio.

  4. Habitações populares? Já viu o que acontece quando vc coloca os “sem teto” em um lugar? Esse infeliz só pode estar querendo demolir a nossa história de vez! O ideal é financiar a iniciativa privada desde que a mesma esteja comprometida em conservar e reformar o edificio mantendo as características originais do mesmo.

  5. Vejam então o que acontece quando se coloca os sem teto em um lugar: http://www.rollingstone.com.br/edicoes/9/textos/118/ – matéria sobre a desocupação desse mesmo edifício em 2007. Já o dono do prédio não paga o IPTU há anos, e a dívida já chega ao valor do próprio imóvel.

    Engraçado vc citar a iniciativa privada, Luiz Alexandre, pois foi essa mesma iniciativa privada que deixou o prédio vazio há quase 20 anos, como também é essa mesma iniciativa privada que se recusa a investir na região (http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,mercado-imobiliario-abandona-revitalizacao-da-cracolandia,457958,0.htm) – detalhe que as construtoras alegam que a meia-dúzia de quarteirões em questão virariam guetos com 40% habitações populares e outros 40% de habitações para famílias com renda de até 16 salários mínimos, o que não é pouca coisa!

    Mas a preocupação real é a pouca lucratividade dos empreendimentos, porque, afinal de contas, como você próprio sugere Luiz Alexandre, só rico tem direito a moradia nessa cidade. E se não tiver rico pra comprar, então que deixe abandonado.

    [WORDPRESS HASHCASH] The poster sent us ‘0 which is not a hashcash value.

  6. O entrelaçamento do oportunismo politico ,da incomum rapacidade de um empresario e da sem vergonhice de uma população habituada a pensar que casa é para ser ganha de presente, criaram o quadro espantoso das seguidas invasões do Ed. da Cia. Nacional de Tecidos. Como tantos outros em identica situação nos dão uma mostra clara de como a canalhice está bem dividida na sociedade brasileira.

  7. dá até impressão que a iniciativa privada tem que fazer o que os outros querem. uai, ela não é privada?

  8. pra esses prédios abandonados, devendo bilhões em IPTU, solução óbvia: desapropriação e conversão em moradia popular digna. atacam-se dois problemas de uma só vez. pq pobre só pode morar em Parelheiros ou em Cidade Tiradentes enquanto ótimos sites como este documentam a existência de imóveis sem função social? E ninguém dá nada pra ninguém, não, como insinuado aqui, existe algo chamado financiamento habitacional. mas o que a gente vê na vida real é o pobre sendo convidado a se retirar do centro (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100204/not_imp506065,0.php) em nome de um projeto de “revitalização” elitista.

  9. Alguem sabe me dizer se esta empresa era a antiga Veonak estou procurando por que sem os dados desta empresa não posso me aposentar

    Obrigada

    1. Sra. Shirley.

      Trabalhei em uma agencia bancária na R. Brigadeiro Tobias, de 1959 a 1969, e esta empresa (Cia. Nacional de Tecidos) tinha uma conta corrente no banco. Não acredito que se trate da empresa que a senhora está procurando.
      Ruy Cyrillo
      ruycyrillo@terra.com.br

  10. Poder-se-á fazer um levantamento da divida total do prédio, posteriormente um leilão e dividir a arrecadação do leilão entre os credores, na mesma proporção da divida total do prédio.

  11. alguém tem uma foto do prédio nos anos 80?
    Estou fazendo um levantamento, e neste prédio funcionou uma unidade municipal.

  12. Uma pena ver este e tantos outros prédios no centro de São Paulo de valor histórico e arquitetônico fadados à degradação…Isto é uma amostra do que é importante para a sociedade contemporânea tão preocupada com o que é imediato e que não pensa absolutamente na sua história. É muito triste não valorizar este legado

  13. Noticia 2009…. Ainda está longe de acabar…. 2018 e estamos vivendo a tragédia do prédio wilton paes de Almeida… Que desabou! Esse vai seguir o mesmo caminho, pq a prefeitura não faz nada!!! Pelo contrário, é conivente.

  14. Financiado pelo Citybank o predio da Cia Nacional de Tecidos na decada de 70 foi apelidado de CIBORG pelo valor de US$ seis milhoes de dolares emprestados para CIA Nacional de Tecidos. que deu o predio como garantia e na época o filme “‘ CIBORG O HOMEM DE 6 MM DE DOLARES “”era o assunto do dia. Os emprestimos na época aprovados pelo banco central com US$ da matriz nos EE UU . chamados de DOLLAR LOANS .

  15. Arriscando um palpite….

    O nome “Companhia Nacional De Tecidos” indica que em um certo tempo, um industrialista construiu um edificio com o nome de sua empresa.

    Dai vieram as mudancas na “Constituicao” da Banania, e la se vao uma leva de pseudo capitalistas a ruina financeira. As vezes por ineptitude, outras por serem vitmas das mudancas do ambito legal.

    O ultimo dono, Jorge Nacle Hamuche, o qual vendeu o a Prefeitura Municipal de Sao Paulo,

    O predio em questao abrigava uma fabrica de tecidos, por mais estranho que pareca usar uma estrutura verticalizada para tal . Para uma instalacao de um fabrica de tecidos, com teares ( Textile Looms ), e alimentacao continua, tal estrutura nao comporta. Pressunpondo-se que tingimento e feito a parte em outro local ( Dying and Printing ), o que requer muito espaco. E nem comecamos com a fiacao ( Spinning ) que tambem demanda por muita area livre continua.

    Para se ter uma ideia de como fabricas texteis eram, no periodo que sucede a revolucao industrial, eis aqui uma pagina cheia de exemplos.. Fall River, MA conhecida como Spin City ( Cidade da Fiacao ), junta- se a Lowell, MA e Pawtucket, RI, como centros de producao Textil na Virada do Seculo XIX para XX.

    https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_mills_in_Fall_River,_Massachusetts

    O predio “Durfee Mills” , traduzindo Fabrica Durfee, e um compexo com varios galpoes. Sao comuns escadas com balaustres de ferro fundido, pisos de andares com tabuas da grossura dos dedos de uma mao,e largura de um palmo E janeloes….Janeloes continuos de 2 metros de altura. Pe Direito de 5 metros por andar. Abrigava, ate 2013, uma loja de Eletrodomesticos ( a falida Nate Lion’s Warehouse Sales ), um centro clinico, e varias empresas pequenas.

    Em Pawtucket, o berco da Revolucao Industrial Americana se deu na cidade ( Slatter Mills ). A estrutura, com mais de 150 anos, abriga um complexo residencial de lofts.

    A maioria dos incorporadores caboclos nao fazem idea do aproveitamento de tais estruturas ( la, elas so iam abaixo, se o solo estivesse contaminado, o que era comum em fabricas de tingimento ). Dai, abaixo galpoes no Bras, Mooca, Lapa. Se nao fosse o Condephaat e o Conpresp, seria pior. Tais bairros teriam virado verdadeiras Cidade Dormitorios cheios de pombais verticais. Preferem derrubar, e erguer estas monstruosidades verticais que pululam em Sao Paulo.

  16. Não era onde havia fábrica de tecidos, mas sim onde havia o comércio de tecidos por atacado. (onde foi meu emprego no período de 1954 a 1962)

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