Casas Bahia limpa relógio do antigo Mappin

Nem só de más notícias vive o patrimônio público paulistano. Semana passada o São Paulo Antiga publicou em primeira mão que o famoso relógio do prédio do antigo Mappin, localizado na esquina da rua Xavier de Toledo com a Praça Ramos de Azevedo, foi vandalizado:

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Entramos imediatamente em contato com assessoria de imprensa da Via Varejo, empresa responsável pelas redes Casas Bahia e Ponto Frio, questionando se alguma providência estava sendo feita a respeito da limpeza do relógio.

A empresa prontamente nos respondeu informando que iria providenciar a limpeza do relógio. Eis que no último final de semana, alguns dias após a nossa denúncia, o relógio foi limpo.

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A limpeza do relógio é um tanto delicada, uma vez que é necessário cuidado para não danificar permanentemente os números. Por isso, há uma leve mancha azul no relógio. No entanto, somos gratos a empresa por tão rapidamente tomar uma providência que não é somente benéfica para a Casas Bahia, mas para todos os paulistanos cientes de seu patrimônio.

:: NOVAMENTE, PREFEITURA NÃO RESPONDEU NOSSA REPORTAGEM ::

Quando questionamos a Via Varejo sobre tanto o relógio pichado, quanto as inúmeras pichações presentes por toda a fachada do edifício, eles nos enviaram a seguinte resposta (atentem ao nosso grifo):

“… Por ser tratar de um patrimônio histórico, a rede acionou a prefeitura para aprovação dos processos e, assim, dar início a revitalização da fachada…”

O São Paulo Antiga enviou um email para assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura, questionando se estes pedidos de aprovação estão por lá ou no Departamento de Patrimônio Histórico e, caso estejam, qual o motivo da demora.

Infelizmente não houve resposta da secretaria, que não é a primeira vez que não responde a nossos questionamentos a assuntos de extrema importância ao cidadão, que tem direito de saber a posição oficial.

Qual será o motivo do silêncio da assessoria ? Será que o secretário de cultura, Nabil Bonduki, acha bonito uma fachada histórica, localizada a poucos metros da sede da Prefeitura de São Paulo, ter este visual ?

Foto: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga

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Respostas de 16

  1. Acabo de enviar mensagens no face e twitts tbém, questionando sobre o assunto. É um absurdo… na “cara” da prefeitura!

    1. Sérgio, o prédio da Kalunga não é um bem histórico e não cabe a nós fiscalizar a cidade como um todo, mas os bens de interesse público e de valor histórico.
      É evidente que o prédio não deveria ser pichado. Que tal você contatar o SAC da empresa e pedir esclarecimentos.
      Abraços

      1. Provavelmente ele está se referindo ao antigo Hotel Esplanada, na ladeira atrás do teatro ao lado do Kalunga, numero 254 da praça Ramos. Acho q hoje pertence à Votorantim.

  2. Caro Douglas, dentre todos os seu predicados, creio que um deles é a fé. Como acreditar em celeridade da prefeitura para processos tais, se o próprio Prefeito é o primeiro incentivador do vandalismo? Para ele aquilo é uma genuína e meritória manifestação artística.

    1. Em casa de ferreiro espeto é de pau, veja se alguém consegue pichar o prédio da prefeitura. Quando picharam o Teatro municipal tempos atrás, o reparo foi em 24 hs.

  3. Uma vergonha essa pichação pela cidade. Não é possível que ninguém veja esses bandidos vagabundeando nossos edifícios, e não chamem a policia….ou será que isso agora virou ” liberdade de expressão ” . Vergonhosa essa falta de patriotismo, e educação….

    1. Eu assisti a uma reportagem num jornal da globolixo(parei de ver essa emissora há muito…) em que um entrevistado(um artista do grafite) disse ser a favor de qualquer tipo de arte…”INCLUSIVE O PIXO”(!!!!!!!!).
      E não houve sequer um comentário desaprovando essa idéia, nem do repórter e muito menos do âncora.
      É aquela coisa…pimenta nos plhos dos outros…Não sendo a pichação na residência ou no estabelecimento dele, ok.

  4. O prefeito e seus assessores não vão fazer é nada, eles não ligam para nada, são todos os merdas.

  5. É meus amigos só estamos nas mãos de Deus, se é que ele ainda existe.
    Esta tudo errado nesta cidade, neste estado, neste país.
    Nos pagamos impostos e somos penalizados pelos petralhas e tucanos de plantão
    É inimaginável que um dia possamos todos, dar as nossas mãos porretes, foices, enxadas, tacos de baisebol e cordas e botar pra correr mar adentro estes politicos que não satisfazem nossas necessidades e teimam em literalmente gozar na nossa cara.
    E também, creio, deveríamos botar pra correr empresários que não estão preocupados com o bem estar das propriedades que locam, bem como, não cobrarem do poder público providências para que seus estabelecimentos, nos quais pagam altissimos impostos, sejam preservados e guardados pela segurança da ordem pública, nem que para isso usassem de coação para terem seus direitos preservados.
    Mas como neste país não tem brasileiros…. Vamos aguardar a banda passar….

  6. É meus amigos apaixonados pela história dos relógios antigos não é só ai que o descaso acontece aqui em Bauru/SP, em uma instituição pública o renomado Instituto Lauro de Souza Lima, comigo aconteceu mesmo, eu sou funcionário a 39 anos do instituto acima citado, restaurei um relógio Michelini da década de 1940, depois de permanecer parado durante 36 anos ás 17:36 no alto da torre da Igreja Nossa Senhora das Dores, eu restaurei sem usar 91 centavo do dinheiro público) apenas por amor a história e nunca a Direção do instituto agradeceu o meu modesto trabalho, olha ainda bem que eu registrei em foto e vídeo para provar o que eu estou relatando, isso não da IBOPE aos homens modernos.
    Mas deus me deu este dom de restaurar não só o relógio que voltou a funcionar no dia 07/ 07/ 2007 ás 17:36 quase 37 minutos numa tarde de domingo, tudo registrado. Fazer o que a história não tem dono ela tem seguidores eu sigo voluntariamente e a Sociedade Bauruense sabe do meu trabalho. Jaime Prado – Preservando a História antiga.

  7. Uma vergonha a postura da Secretária de Cultura mas não me surpreende. Assim é com toda a administração municipal, eles simplesmente ignoram o cidadão. É comum fazer uma reclamação no 156 ou no site da Prefeitura e não ter nenhuma resposta.

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