Edifício – Rua Líbero Badaró, 452

Nem todo prédio fechado está esquecido ou abandonado. Muitas vezes os prédios ficam por muito tempo sem atividade aguardando um novo proprietário ou inquilino, o que diferente de uma casa pode levar, ao invés de semanas, vários. Na rua Líbero Badaró, região central de São Paulo, há um prédio que encontra-se nesta situação.

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Localizado no número 452, bem próximo ao famoso Martinelli, esta construção do início do século 20 está fechada há alguns anos. Entretanto, não se encontra abandonada, mas em excelente estado de conservação.

Sua fachada está bem pintada e conservada e sua porta principal em madeira, muito bem cuidada, o que mostra a preocupação de manter o imóvel preservado por parte do(s) proprietário. Entretanto, apenas as salas comerciais localizadas no térreo, no total de duas, estão abertas e funcionando.

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Conheço os casos mais variados que levam um imóvel tão interessante a ficar fechado. Há casos que o proprietário simplesmente não está interessado em alugar, para não ter dor de cabeça com inquilinos. Há um caso, na Vila Buarque, onde o dono é tão rico que não se importa que seu prédio fique sempre vazio.

E há casos, como um clássico na Avenida Duque de Caxias, onde o dono foi bem mal assessorado por uma grande imobiliária, onde colocaram na cabeça dele que seu prédio gigantesco naquela via deveria ser alugado para fins comerciais e mono usuário.

Francamente, alguém realmente acredita em alguma empresa alugando um prédio inteiro na Duque de Caxias ? O resultado foi que, depois de anos vazio com placa de “aluga-se” o prédio foi ocupado por movimentos de moradia e o que era uma renda certa tornou-se uma grande dor de cabeça.

Crédito: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga

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Enfim, de tantas situações possíveis, não sei em que caso se encaixa este belo prédio. Entretanto, uma coisa é certa: imóvel vazio no centro não é bom para ninguém, muito menos para a nossa cidade.

Crédito: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga

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Respostas de 10

  1. Há um prédio aqui no Rio, no Largo do Machado (não somente no bairro, mas no próprio largo, propriamente dito) que é bem parecido com esse, nas linhas e nas cores. Segundo uma ex-namorada minha (que mora na região), uruguaia de nascimento, parece que é um tipo de arquitetura comum em Montevidéu (e em Buenos Aires também).

    1. Pois é Cardoso, o povo viaja para fora do país e paga caro para apreciar ” história e seus vestígios”, sem reparar e valorizar as que aqui temos e de excelente qualidade, aliás , construções e arquitetura belíssimas e com material de vários lugares do planeta !
      Abraço

      1. Infelizmente somente no exterior o poder público se interessa em preservar o centro antigo das cidades. Aqui não; está prefeitura que aí está’ não tem demonstrado preocupação com o cidadão que paga altos impostos para manter a máquina publica…Preservamos o prédio sim, porém não aparecem interessados em alugar ou comprar , porque o centro não atrai mais novos investidores….e’ uma pena realmente!

  2. Concordo plenamente que o imóvel vazio não é bom para a cidade. É verdade que algumas vezes existem problemas de ordem legal, como é o caso de inventários complicados, onde não se pode alugar ou vender o imóvel.
    Mas fora esses casos, é difícil de se compreender o que passa na cabeça do dono.

    1. O dono quer comercializar este imóvel, mas não tem tido sucesso. Você conhece alguém que se interesse em alugar ou comprar este prédio?

  3. Entendo Douglas, que a PMSP tem catalogado estes prédios tão queridos de nossa história, principalmente os antigos. Ela é quem tem que acionar os proprietários, pois quando dói no bolso, funciona!! Da mesma forma, em relação a conservação das calçadas e tombamentos históricos.

    Sobretudo : não permitir novas construções de prédios. São Paulo não respira mais, pois está sitiada pelo cimento!!

    Tenho horror de pensar na São Paulo Subterrânea : isto tinha que ser documentado, divulgado e se tornar mais uma bandeira do povo, não só pela história, mas pela nossa segurança também.

    Infelizmente, cada político que entra, o faz para “engordar seu próprio porquinho”.

    Abraço

  4. Infelizmente, o centro de nossa cidade de São Paulo, está virando um cortiço.
    Dia após dia, estamos ouvindo e presenciando novas invasões. Isto vem se tornando uma rotina e a cidade está demasiadamente feia. A aparência é de um abandono total.
    A prefeitura, se empenha apenas em melhorar o visual da av. Paulista e a região da Faria Lima. Mas com o passar dos anos, essa região também irá se tornar como o centro velho da cidade. Um exemplo é a rua Augusta, já não é mais nem sombra daquilo que foi.
    Tem de haver alguma política por parte da prefeitura e do estado, para reurbanizar, e tornar um lugar onde se possa frequentar a região central de nossa cidade. Principalmente a noite.
    Chega de fazerem tantos arranha-céu, e grandes prédios. A cidade não tem mais por onde respirar devido esses muros de concreto.
    Não se constroem mais praças, nem se criam mais parques nos bairros.
    Os poucos espaços de lazer, as construtoras vão cercando de prédios que ficam como verdadeiro paliteiro em torno das poucas praças existentes.
    Invasão de propriedades é crime!
    Infelizmente isso está acontecendo diariamente, acho que ninguém quer mais se esforçar para adquirir um imóvel. Acham que tudo tem que vir de mão beijada. A cidade também já não comporta tanta população.
    Com isto vamos ter falta de água, luz, hospitais, escolas etc.etc.
    A cidade de São Paulo cresceu desordenadamente. Virou um Estado dentro de outro Estado.

  5. Hoje, na Folha de São Paulo, no caderno Ilustríssima, há um artigo, citando este prédio. Segundo o artigo, neste edifício ficava a famosa garconniere de Oswald de Andrade. Creio que caberia um movimento pela sua preservação.

  6. Hoje está ocupado como um centro de treinamento dos bombeiros, mas já foi o local onde Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, Menotti del Pichia e outros expoentes do modernismo de 1922 idealizaram o movimento. É histórico e deve ser um museu ou centro cultural, principalmente agora no centenário

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