Terminal Rodoviário da Luz

Anúncio da rodoviária em 1961 (clique para ampliar)
Anúncio da rodoviária em 1961 (clique para ampliar)

A degradação da região de Campos Elíseos e Luz, que geraria no final da década de 90 o famigerado apelido de “Cracolândia“, começou muito tempo atrás, na década de 60, com a polêmica construção da rodoviária, ou como era conhecida oficialmente, Terminal Rodoviário da Luz.

Vista externa, década de 70 (clique na foto para ampliar).
Vista externa, década de 70 (clique na foto para ampliar).

Fica difícil hoje de imaginar uma cidade como São Paulo na década de 50, já com dimensões de uma grande metrópole mundial, sem uma terminal rodoviário, mas esta era a realidade paulistana. As discussões sobre como e onde construir um grande terminal de ônibus para a cidade se estenderam por muitos anos e nunca chegavam a um consenso definitivo sobre o lugar.

Durante estas discussões foi aventada a ideia de construir a rodoviária no local do Parque da Luz. A absurda ideia afirmava que o local ideal era ali, pois estava bem ao lado da Estação da Luz. Felizmente, o absurdo não foi levado adiante e a estação acabou sendo idealizada e construída não muito distante dali, diante da outra estação ferroviária, a Júlio Prestes.

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E foi assim, em 25 de janeiro de 1961 que o Terminal Rodoviário da Luz foi inaugurado. À época com muitas críticas do jornal O Estado de S. Paulo (conforme editorial publicado em 25/1/1961, página 10) pelo local escolhido, mas na época não deram muita atenção a reclamação, muitos alegando que o crítica era em virtude de um dos construtores, o empresário Octávio Frias de Oliveira, ser vinculado ao jornal concorrente, a Folha de S. Paulo (leiam o box “As pastilhas da Rodoviária” no final do artigo).

E com o tempo, seria verificado que o editorial do jornal O Estado de São Paulo estava coberto de razão. O local escolhido para a rodoviária paulistana era um dos piores possíveis.

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De uma hora para outra o que se viu foi um trânsito absurdo se deslocar para uma área da região central que até então não tinha visto tamanha concentração de tráfego. Centenas de ônibus e taxis, além de milhares de pessoas passaram a frequentar a área. No mesmo ano da inauguração, moradores do bairro passaram a reclamar do grande aumento de furtos nas redondezas, já que rodoviárias são foco de pessoas que não conhecem a cidade (especialmente migrantes) e estes, por sua vez, mais suscetíveis a golpes e roubos.

O caótico ponto de táxis das rodoviária na década de 70 (clique na foto para ampliar).
O caótico ponto de táxis das rodoviária na década de 70 (clique na foto para ampliar).

Esta chegada repentina de pessoas de outras regiões afugentou os moradores mais antigos, que procuraram mudar para bairros como Higienópolis e Barra Funda. Por outro lado, inúmeras residências agora desocupadas foram transformadas em pequenos e médios hotéis, muitos deles de baixa qualidade, o que diminuiu consideravelmente o padrão de vida do entorno da nova rodoviária, iniciando um processo de deterioração da região que até hoje não foi revertido.

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Outro grande problema da rodoviária era o grande número de linhas de transporte coletivo que haviam ali. Como o final da Avenida Duque de Caxias e a Rua Mauá são relativamente estreitas, causavam, já naquela época, grandes congestionamentos especialmente no horário de rush. Em 1977 boa parte das linhas foram transferidas para a Praça Princesa Isabel, causando certo alívio no trânsito.

Mas nem tudo era ruim na nova rodoviária. Concebida com desenho moderno e uma arquitetura bem diferente do que os olhos dos paulistanos estavam acostumados a ver, o Terminal Rodoviário da Luz tinha em seu hall um belo chafariz, e todo seu interior era decorado com pastilhas coloridas. Além disso também haviam grandes painéis acrílicos, também coloridos, que davam um visual bastante inusitado tanto do lado externo como no interior. Na década de 70 o terminal recebeu televisões a cores o que atraía para a estação não só passageiros como curiosos em ver aquela grande novidade.

Na foto, o piso de pastilhas e os famosos acrílicos da rodoviária (clique na foto para ampliar).
Na foto, o piso de pastilhas e os famosos acrílicos da rodoviária (clique na foto para ampliar).

O Terminal Rodoviário da Luz teria uma vida relativamente curta na sua função: duas décadas. Saturado, seu fim começou a ser delineado em 1977, quando parte das suas linhas foram transferidas para o Terminal Jabaquara. E o fim definitivo viria em 1982, com a inauguração do Terminal Rodoviário do Tietê, na gestão do então governador Paulo Maluf.

O fim repentino do terminal rodoviário foi um golpe muito grande nos já transtornados bairros da Luz e Campos Elíseos. Sem a rodoviária, vários hotéis de pequeno e médio porte fecharam as portas, outros transformaram-se em prostíbulos.

Além disso muitas lojas, bares e lanchonetes também fecharam as portas. Em 1988, seis anos após o terminal ser desativado, a área foi vendida a um grupo de empresários que transformaram o local no Fashion Center Luz.

Foi durante o período do Fashion Center Luz que as famosas pastilhas foram removidas. O local seguiria funcionando até 2007, quando foi desapropriado pelo Governo do Estado de São Paulo para a construção de um centro cultural (ainda no papel) com teatro e escola de dança. A demolição só começou em 2010, com muita polêmica e desrespeito ao direito individual, como a triste história do Edifício Opus e, principalmente, da Drogaria Duque de Caxias que o São Paulo Antiga acompanhou de perto.

Hoje o local é um grande terreno vazio sem qualquer indício de início de obras. O que era uma grande ponto de chegadas e partidas se tornou um grande ponto de encontros de usuários de drogas e desencontros de vidas sem rumo.

Veja abaixo mais algumas imagens do Terminal Rodoviário da Luz (clique na foto para ampliar):

Crédito: Divulgação

Crédito: Divulgação

Crédito: Divulgação

Crédito: Divulgação

Crédito: Divulgação

Crédito: Divulgação

Curiosidade: As pastilhas da rodoviária

Para quem nunca teve a oportunidade de conferir o Terminal Rodoviário da Luz de perto e observar como eram as pastilhas que decoravam o local, basta uma visita ou ao prédio do jornal Folha de S.Paulo, na Alameda Barão de Limeira, ou mesmo a um prédio garagem da mesma Folha, na Rua Conselheiro Nébias (foto abaixo). É o mesmo tipo de material.

Garagem da Folha na Rua Conselheiro Nébias
Garagem da Folha na Rua Conselheiro Nébias

Você chegou a pegar ônibus nesta rodoviária ou tem alguma história interessante sobre o local ? Deixe um comentário!

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Respostas de 126

  1. sim quando era pequeno e iamos para o interior, saindo de santos, tinhamos que para nela para poder seguir viagem para outras cidades. Lembro que era muito colorida e tinha um ar futurista para sua época. Boas recordações

  2. Eu morava ali na rua dos Andradas na época que ali funcionava como shopping, e já estava bem falido, poucas lojas, bem vazio. Ainda assim, as chapas de acrílico coloridas e a construção como um todo, eram bem interessantes, quando soube da demolição por causa do projeto do centro cultural, fiquei sem entender porque não aproveitaram a construção.

  3. Faltou mencionar que a mudança de algumas linhas para o terminal Jabaquara gerou muitos protestos, mesmo com o Metrô chegando lá — ao passo que, na Luz, o Metrô ficava a cerca de cinco quarteirões. Isso sem falar no esquecido terminal do Glicério (aquele cujo histórico eu já tenho pronto, mas falta bater as fotos hehehehehe). Aliás, algumas linhas foram transferidas para ele da Luz por DUAS vezes!

    1. Alexandre, muito bem lembrado o Terminal do Glicerio. Ja fiz inumeras pesquisas sobre ele, mas nunca achei dados fotográficos. Se tiver alguma coisa, alguma materia e dados fotográficos, poste para nós na internet !!
      Abraço.

      1. Oi, Ciro. O texto está praticamente pronto. Falta justamente algum tipo de registro fotográfico, seja atual ou antigo. Nos acervos d’O Estado e da Folha há uma ou outra foto, mas com aquela má qualidade do escaneamento usado, infelizmente.

  4. Sou desta época,,,,,os políticos, (como os de hoje),,,Ademar e cia,,,,,Foram feitos estudos,,,no Glicerio, mas tinha o problema das anuais enchentes,,,,bairos distantes???mas totalmente inviavel,,,Pois a cidade de São Paulo,,,nesta época,,,malamente chgava aos dpois millões de cidadãos, (hoje moradores), somente um grande empreendedor santista,,,sócio de Octavio Frias, dono do jornal “Folha de São Paulo”,,,fez esta obra gigantesca par aqueles tempos, mais de meio século, e so dar uma olhada nos detalhes,,,nos enlaces das treliças,,nos domus,,,,em uma epopeia para a época,,,mais um detahle muito importante,,,,tinha televisão “Rodoviaria”,,,com locutores, filmes, etc….coisas da modernidade ( da época,,meio sécula atras,,mas um seculo adiante),,eu com menos de 20 anos,,,delicia de vida,,,,

  5. Que chato saber disso,como paulistano me sinto frustado com as cenas hoje dia 06/12/2013 passei ali próximo e vi a cena degradante de usuários de droga e várias barracas e enfimvirou favecracolândia. que chato isso.

  6. Usei muitas vezes essa rodoviária nos anos 70, para ir pro interior. Me lembro ainda de um misto quente com maionese de batatas que eu comia antes das viagens – adolescente encara qq prato.
    Apesar de todos os transtornos que ela causou ao seu redor, não posso deixar de comentar que era muito mais bonita do que a sua substituta – Terminal Tietê – feita em concreto, sem beleza e sem calor humano.
    Infelizmente mais uma parte da história de São Paulo que foi ao chão.

      1. Desculpa o foco aqui é a antiga rodoviária . Inesquecível. Exuberante. Tempo mágico. Só. Quem viveu entende.

  7. Em 1968 começava minha carreira de “viajante vendedor” hoje conhecida como representante comercial. Pois bem, ali no Terminal Rodoviário da Luz era o meu ponto de partida para o interior paulista, Viação Cometa (Franca – Catanduva – Rio Preto) Reunidas (Araçatuba) Expresso de Prata (Bauru) Viação Andorinha (Presidente Prudente) etc. Ainda posso sentir o alarde inesquecível dos funcionários da Cometa e Expresso Brasileiro disputando passageiros. E realmente o sistema de TV interno do Terminal Rodoviário era uma grande novidade. Uma época que fomos melhores…

  8. Muitas e muitas vezes usei esse terminal. Quase todo o fim de semana eu viajava ao Rio. Lembro de uma véspera de Semana Santa, com um movimento muito além da conta, como se poderá ver numa dessas fotos, quando o ônibus da Cometa, parou para o lanche, foi que me dei conta que tinham cortado a minha bolsa e levado os meus documentos. Foi grande o trabalho que me deu no Rio ao chegar de manhã cedo para conseguir um documento de identidade provisório para poder usá-lo lá.

  9. sim, sim…. anualmente em dezembro chegávamos para visitar a família em São Paulo, vindos da cidade para onde meu pai havia sido transferido por contingência profissional.

    e chegávamos na rodoviária de pastilhas, acrílico colorido e (o que mais me impressionava) teto baixo nas plataformas, mal deixando passar os ônibus.

  10. Minha primeira viagem para São Paulo, então uma criança de 5 anos de idade, teve o desembarque nessa rodoviária. Mesmo com a pouca idade a lembrança do terminal nunca saiu da minha cabeça: um lugar mágico, moderno, muito diferente do interior de Santa Catarina, de onde eu tinha saído. Daquela viagem, sem exagero, nada me marcou mais…

  11. Fui usuária da Estação durante cinco longos anos, do início de 1965 ao final dos anos 70. Novinha, estudava em Taubaté e, diariamente, após o serviço, pegava o ônibus ali. Sempre achei, ao contrário de todos os comentários aqui deixados, a Rodoviária horrorosa – tanto o prédio que eu classificava de um mal gosto tremendo, quanto do lugar onde estava locada! Chegava de volta da Faculdade em torno de uma hora da manhã (naquela época não tinha condução de lá para o bairro em que eu morava) e me deparava com prostitutas e drogados, sem contar o medo de assaltos. Não tenho saudades nem boas lembranças do lugar que, para mim, só enfeiava e degradava minha querida São Paulo (peço desculpas aos que pensam o contrário mas foi o que vivi). Deixo marcado, também, que me dói a alma ao ver a falta de preservação e a demolição de outros tantos edifícios antigos.

    1. Um sincero e realista depoimento. Todos são “saudosistas” da S.P. antiga, mas ninguém quer lembrar da “imundice”, sujeira, esgotos a céu aberto, iluminação precária, constantes quedas de luz, corrupção em todas as esferas da burocracia (e que burocracia – lembro do atestado de vida que voce tinha que apresentar em muitas repartições públicas), expectativa de vida na casa dos 50 anos, alto índice de mortalidade infantil e anafalbetismo, um caótico e ineficiente sistema de transporte público, “ditadores” e seus cupinchas em todas as esferas, e outras mazelas mais. Sim, vivemos numa SP cheia de problemas, mas ainda assim muito melhor que a do passado. Na minha opinião, ainda bem que os “bons tempos não voltam”.

      1. De fato nem tudo eram flores no passado, havia muito precariedade mas também e talvez por conta disso havia mais união entre os vizinhos, tanto que nos bairros as ruas levam nomes de pessoas que foram importantes para aquelas regiões, eram tempos mais humanos e fraternos em que seu vizinho era o seu maior amigo, não havia essa preocupação com a violência desenfreada desse safári urbano em que vivemos hoje em dia.

  12. ali na antiga rodoviaria está um lixo cheu de craqueiro sabe quando vão construir algo muito bom ali no terreno no dia de são nunca ninguem vai gastar dinheiro enquanto aqueles viçiados não sair dali da cracolandia é com a copa chegando em julho 2014 ninguem vai penssar de abrir uma empresa naquele local é uma pena aquela inmundisse naquele bairro muto triste lamentavel se não derem jeito São Paulo vai perder muitos turistas é visitas de estrangeiros parabéns quem colocou a história da antiga rodóviaria adorei muito boa

      1. O crack se instalou e fez morada no centro da cidade há 30 anos e até hoje nada se fez para desalojá-lo.

  13. Minha mãe foi faxineira, durante quase 10 anos. Meus dois irmãos mais velhos, trabalhavam vendendo jornais. Fui diversas vezes para passear e, como todo garoto, ficava encantado com a movimentação dos ônibus (principalmente os da Cometa) e sinto saudade da velha Rodoviária da Luz!

  14. Sou fascinado pela historia de São Paulo,e tudo que diz respeito a essa cidade, com certeza essa foi uma das melhores matérias já realizadas, informações importantes para nós paulistanos,parabéns ao seu idealizador.

  15. Cheguei a ir no antigo shopping quando era menor, hoje passo para ir na EMESP e vejo aquele terreno vazio é mto ruim, vc ver aqueles usuários de drogas, vários mendigos ao redor….é muito chato de saber que aquele local podia ser algo melhor.

  16. A igualdade das pastilhas da antiga Rodoviária com o do prédio da Folha, não é coincidência, pois foram eles, os proprietários da Folha, quem construiram aquela Rodoviária, Octávio Frias de Oliveira e seu sócio, Carlos Caldeira, eram conhecidos como: Frias e Caldeiras.

  17. Muitas vezes tomei o ônibus da Viação Cometa para ir até São Roque.
    Na volta, na avenida Duque de Caxias pegava o ônibus 6 Estações.
    Não deviam ter posto abaixo esta rodoviária, ela dava muito movimento e o ambiente também era outro.
    Depois que acabaram com os trens de longo percurso, e os trens de subúrbio até Mayrinque que saiam da Estação Júlio Prestes, a Rodoviária também começou a se degradar. Digo isto porque o movimento de usuários foi se tornando cada vez menor naquelas redondezas, e os viciados foram tomando conta do ambiente.

  18. Achava ela linda, como quase tudo que vemos quando crianças, ir a Rodoviária para viajar equivalia a agitação das crianças irem aos Shoppings atualmente.
    É uma pena não terem fotos coloridas, pois era sensacional a cobertura de acrílico colorido.

  19. Conheci bem aquele local, mesmo antes de construir o terminal, éra uma praça a onde eu e meu irmão iamos brincar, pois moravamos no Hotel Universal, depois Hotel Chaves, na Rua dos Andradas, Depois da construção tudo éra muito bonito e movimentado. Alí ao lado da estação Sorocabana e Julio Prestes, sempre teve Trombadinhas e trombadões e salafrários e assaltantes.Mas eu gostava muito de lá.

  20. Já sentei nessas escadas, esperando pelo ônibus.
    “Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
    Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
    Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
    Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
    Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva”

  21. Quando chegava de Curitiba para visitar parentes lá estava esta linda Rodoviária eu tinha uns 5 ou 6 anos e lembro que tudo me impressiona o seu tamanho, o movimento, e principalmente aqueles mosaicos coloridos onde o sol deixava o piso e as pessoas com várias cores. Antes de sua demolição em 2006 estive lá pra matar a saudade, fui pra lá só para matar a saudade do prédio e daqueles mosaico coloridos que para minha sorte ainda estavam lá, o Shopping já estava em decadência, mas vi a fonte, e os mosaicos coloridos sentei ali e fiquei alguns minutos me recordando daquela São Paulo de quando era criança e que adorava vir para SP andar de trem.

    1. Eu era muito pequena quando fui lá e até hoje me lembro da sensação do sol passando pelas cores dos acrílicos arredondados. Lembro de roxo, laranja, avermelhado…. Queria muito ver uma foto colorida desta rodoviária. Pena que não fiz o mesmo, de voltar lá antes da demolição.

      1. Putz… tenho o mesmo sentimento, e da mesma forma, me arrependo muito de não ter voltado a tempo… q triste…

  22. MUITA SAUDADE!!!!!!!!!!!!!!!!!!! IA PRA SANTOS DE ONIBUS ERA INCRIVEL!!!!!!MUITA SAUDADE!!!!!!!!!!!!!!!

  23. Usamos muito a rodoviária na segunda metade dos anos 60. Tinha uns sete ou oito anos. A lembrança mais viva era assistir desenhos do Pica-Pau e Popeye sem dublagem e sem legenda. Parece que eram a cores mas a TV à cores só chegou em 1972, então não sei se era CFTV ou eu que estou misturando as coisas. Íamos de Cometa para São Carlos pela Anhanguera com escala em Campinas ou então no posto Caçador. Sim, esse era o nome do posto! E tinha um pequeno zoológico! Hoje é absurdo mas na época…
    Descer para a plataforma de embarque era um sufoco para alguém com menos de um metro de altura. Minha mãe agarrava a minha mão que quase quebrava. Era gente para todo lado, um empurra-empurra danado.
    Fazendo um balanço, pode até ser nostálgico, preservação e tal, mas era ruim demais! Acho que falta não faz. Faz falta dar um destino adequado ao terreno. Que fosse uma praça com umas árvores e já melhorava.

  24. O final dele foi em 1982! Caramba! Eu tinha apenas cinco anos e lembro dele com tanto detalhe que até me espanto, ainda mais com uma idade tão pequena. Me vejo pegando os Dino Flecha Azul lá.
    Isso demonstra o quão impressionante era o desenho dessa rodoviária.

  25. A Rodoviaria Julio Prestes surgiu como um produto da iniciativa privada (familia Caldeira e Frias, proprietarios da Folha) inspirada nos terminais que a Greyhound operava nos EUA. Na epoca, os onibus das empresas paravam nas imediacoes da Av. Ipiranga, e cada empresa tinha sua propria agencia – atentando que, as maiores empresas tinham agencias proprias, enquanto outras empresas que operavam com menor frequencia, usavam agencias compartilhadas, caso da agencia Ratto, que funcionava ali na Av. Rio Branco, perto da loja da Zapata. A Cometa possuia uma verdadeira sala VIP, confortavel, que funcionava na esquina da Av. Rio Branco com a Av. Ipiranga, aonde hoje funciona uma loja da rede de calcados Clovis. Os onibus estacionavam ali mesmo, gerando um enorme trafego na regiao – uma linda foto dessa agencia pode ser vista na fachada da Padaria Palma de Ouro, e da pra ver os onibus rumo a Santos e Aparecida manobrando. A Expresso Brasileiro que na epoca ainda operava linhas para o interior, operava diversas agencias, sendo uma delas pouco mais a frente da Cometa, e outras na Av. Senador Queiroz, na Rua Tabatinguera (no terreo, esquina com a Praca Joao Mendes, aonde hoje ha uma loja de fragrancias), na Av. Rangel Pestana (no terreo daquele predio bege na esquina com o Terminal Parque Dom Pedro), entre outros. Os carros (auto lotacao) da Zefir (vermelhos) e a Expresso de Luxo (pretos) partiam da Av. Ipiranga, 952, pertinho do extinto Cine Windsor (que pegou fogo recentemente apos virar uma Smart Fit).

    Outro detalhe interessante e que reza a lenda que a Folha teria recebido de uma fabricante de pastilhas um enorme lote como forma de pagamento de uma divida de anuncio. Esse lote era tao grande que a Folha acabou utilizando as pastilhas para revestir seus predios, incluindo a famosa rodoviaria.

    1. Nao podemos esquecer que no fim dos anos 60, o governo contratou o Cel. Americo Fontenelle, famoso militar que colocou ordem no caos do transito carioca, para dar um jeito no transito daqui. Entre as medidas que ele implantou, estava a descentralizacao dos pontos de embarque/desembarque dos onibus intermunicipais/interestaduais. Curiosamente, uma medida prevista ate hoje nos projetos do Governo do Estado, na ocasiao, o Coronel decidiu transferir as linhas que seguiam pela Anhanguera para a Lapa. Os onibus que seguiam pela Raposo ou Regis, passaram a sair de Pinheiros. Os onibus que seguiam para o litoral, passaram a partir do Ipiranga. Enquanto isso, os onibus que seguiam pela Fernao Dias ou rumo ao litoral norte/Vale do Paraiba, passaram a sair da Ponte Pequena, do local aonde hoje esta a Estacao Armenia.

      O Cel. Americo Fontenelle era famoso por tomar atitudes bem drasticas para educar o motorista – quando o motorista parava em lugar proibido, ele murchava o pneu do carro. Quando o motorista parava em cima da faixa de pedestres, ele abria as portas de tras e fazia o povo passar por dentro do carro.. sem duvidas, uma figura folclorica.

      Devido a estas atitudes, o governo acabou mandando ele de volta para o Rio, e muita coisa voltou atras.

      1. Quando o Governo decidiu que iria construir a Rodoviaria Tiete, Caldeira e Frias ficaram furiosos pois iriam perder uma grana preta das taxas de embarques e alugueis dos pontos comerciais. Quando houve a criacao do Jabaquara, em 1977, as empresas de onibus relutaram no inicio pois alem da Julio Prestes, os passageiros estavam habituados a usar as agencias da Ultra/Rapido Brasil/Coringa na Praca Clovis, nas imediacoes do atual Poupatempo, e nos primeiros meses, eles sentiam que o movimento havia caido pois o publico nao estava acostumado a pegar o Metro e ir com malas ate o Jabaquara. Com o tempo, as pessoas foram se acostumando e a Prefeitura foi rigorosa com a transferencia das linhas.

        Com algumas linhas ainda em operacao ja que apenas as linhas para o litoral foram transferidas, Caldeira e Frias faziam de tudo para evitar a transferencia das outras linhas, mas quando o Metro foi nomeado como responsavel pelo projeto e execucao do terminal Tiete, eles perceberam que tudo estava indo por agua baixo. Mexendo seus pauzinhos, conseguiram assumir a direcao do projeto da nova rodoviaria, alegando que eram os unicos que tinham know-how no Brasil para projetar um novo terminal, e quase acabaram com o projeto que o Metro havia executado – eles mandaram quebrar todas as plataformas em 45 graus pois na opiniao deles, os onibus deviam partir como na Julio Prestes, um atras do outro. Por sorte, eles foram logo destituidos do cargo, e o Metro conseguiu retornar ao projeto inicial.

        1. Lembro vagamente da rodoviária, da escada rolante, dos vendedores que ficavam pouco antes delas no térreo, da loja Zapata…e lendo a história contada pelo João Marcos pude visualizar muito mais coisas que a memória não resgatava. Creio que o João Marcos poderia escrever um pequeno livro sobre a rodoviária naquela época. Eu iria ler com o maior prazer.

  26. A primeira vez que fui a esta rodoviária foi em 1973.Eu tinha 4 anos e fiquei babando quando vi aquela cobertura multi-colorida.Eu estava com minha mãe e viajamos para o Paraná num ônibus da viação Garcia.Depois desse dia começou minha paixão pelos ônibus.Cada vez que vejo uma foto da Júlio Prestes me arrepio todo,quanta saudade

    1. faço minhas palavras as suas claudio,eu viaja para apucarana-pr onde moro hoje em dia,nao tem como esqueçer aquela rodoviaria colorida enorme com lindos onibus da cometa,andorinha,garcia etc

  27. Moro no interior de São Paulo (em São João da Boa Vista), e lembro da velha rodoviária. Me lembro de várias vezes ir para São Paulo com minha finada e querida avó por volta de 1979 a 1981, a lembrança mais viva que tenho são os mosaicos coloridos da cobertura e o chafariz.

  28. Foi um dos melhores posts que eu já vi!
    Pesquisei muito sobre esse antigo terminal rodoviário e não se diz muita coisa sobre ele por aí mas foi uma excelente matéria com imagens impressionantes, parabéns!

  29. Tive o prazer de vivenciar tudo isto no inicio dos anos 70, trabalhei na fepasa a partir de 1974 e na ocasião não dei o valor que o local merecia, já que hoje aquele local se transformou num campo de concentração de drogados, graças aos ilustres e dignissimos prefeitos que conseguiram piorar o local…

  30. De fato o impacto causado na construção, operação do terminal e sua desativação, causou muitos problemas naquela região e até hoje 31 anos depois da sua desativação a região não sofreu melhorias, ao contrario ate recebeu o vergonhoso apelido de “cracolândia”, porém sinto saudades quando eu morava ai em São Paulo, na Freguesia do Ó, e vinha passar uma parte de minhas férias escolares aqui no interior, onde eu resido (Sumaré), pegávamos o ônibus da CMTC, a linha era Paysandu, e íamos ate a rodoviária, aquela fachada colorida, as cores e modelos de ônibus, mesmo no agito, no corre corre, dava um charme e traz boas recordações (perdão sou um amante de ônibus (herdei esse prazer de ver modelos de ônibus, do meu falecido pai, que trabalhou em diversas empresas de transporte coletivo ai da capital, hoje muitas extintas).
    A ultima vez que por lá estive, só reconheci a rodoviária, por causa dos mosaicos coloridos da fachada (já faltando vários pela má conservação) e onde eram as plataformas, uma muvuca que parecia um camelódromo ali instalado? Não sei pois fiquei temeroso de entrar lá e ser assaltado, haja visto o abandono por lá e como também comentado aqui, os antigos hotéis transformados em prostíbulos, “Bares de strip tease”, e os drogados que acabam afugentando a gente dali e ate mesmo impedindo que possamos para um pouco e olhar as construções com calma, sem o temor de sermos abordados por algum marginal. Fiquei triste ao ler aqui também a respeito da sua demolição.
    Lamentável como a especulação imobiliária “cega” as pessoas, como o Nando comentou, poderiam ter usado a estrutura que faz parte da historia da cidade, mas não… Joguemos tudo no chão!
    Uma situação similar aconteceu em Campinas, onde o antigo terminal hoje é um “buraco” no bairro, e cada dia mais as construções de seu entorno ficam abandonadas, drogados e marginais, vão dominando a região, as construções muitas ate antigas, são fechadas e aos poucos demolidas.

  31. Um detalhe bacana, curioso que hoje se comenta bastante por razões de aquecimento global, ecologia, economia de recursos, que são as áreas onde possa haver iluminação natural, essa construção conseguiu fazer isso dando realmente um ar futurista, trazendo a luz do Sol iluminando seu interior como se vê nas fotos mesmo sendo preto e branco.

  32. Parabéns pela matéria sobre a antiga rodoviária de São Paulo, na praça Júlio Prestes. Por favor, deixo como sugestão que sejam publicadas matérias sobre outras 2 rodoviárias extintas na nossa cidade: Terminal Glicério (perto do Parque Dom Pedro) e Terminal Bresser (ao lado do metrô).

  33. Parabéns pela matéria. Lembro-me de cada detalhe desta rodoviária. Não sei a razão, mas o que mais gostava era da escadaria de acesso à plataforma. Meu sentimento é igual ao de quase todos:. Saudade! Saudade de Sampa antigo.

  34. Lembro-me desta rodoviária, pois era funcionário da Folha, mas sou de SC. E numa viagem que fiz para Blumenau, deixei para comprar a passagem na hora do embarque. Como estava com 2 malas e uma TV portátil, e para subir as escadas com aquele tudo era difícil, pedi a uma pessoa se ela poderia tomar conta enquanto eu iria comprar a passagem. A pessoa gentilmente disse que sim. Mas quando eu estava descendo a escada rolante eu não vi mais aquela pessoa. Estão pensando que ele levou a minha bagagem? Enganam-se. A bagagem esta la sozinha em cima de uma cadeira. Não faltou nada. Foi o único milagre que eu vi em São Paulo.kkkkkkk

  35. Ótimas fotos e dados.
    Dentre as histórias das rodoviárias de São Paulo, o que falta até hoje, são registros da antiga rodoviária do Glicério, que ficava também no centro da cidade. Já realizei algumas, um tanto perigosas, expedições até o local, entretanto, sem sucesso quanto a sua real localização, restringindo a dois distintos lugares postos abaixo do viaduto da ligação leste – oeste.

    1. A Rodoviaria do Glicerio ficava nos baixos da Ligacao Leste Oeste para o lado aonde ha aquela igreja evangelica bem grande. Hoje salvo engano, o espaco virou um deposito de lixo da Prefeitura. A rodoviaria ficou dedicada para as viagens para o Nordeste do Brasil.

  36. Caro amigo Douglas saudade é coisa passado que o tempo um levou a nós amantes da história as marcas do tempo ficou, eu sou bauruense restauro relógios antigos em torre de igrejas, tocar e acariciar as peças e engrenagens me fascina e ver as fotos ou os retratos antigos me faz fazer uma viagem no passado, muito embora o presente seja a Herança deste mesmo passado que os modernos não curti mais porque isso não da IBOPE amigo, conheça meu trabalho add minhas páginas no face , o meu Blog: jpradoo.blogspot.com, sou apenas um apaixonado pela história antiga em preto e branco com 16.000 fotos na maioria em P/B. Jaime Prado- Bauru/SP-

  37. Caros leitores e amigos…morei por muitos anos na Ponte Pequena….hoje Armênia…próximo ao Bom Retiro…portanto próximo a Rodoviária…Estudei minha infância no Grupo Escolar Prudente de Moraes no bairro da Luz e algumas vezes cabulava aulas com meus amigos… Carlos Ivan…Yousuf…Avediz…José Carlos e íamos brincar na Estação Rodoviária da Luz…corríamos entre os corredores…subíamos e descíamos as escadas com curvas arredondadas …era multicolorida as coberturas de acrílico…comíamos churros recheados de creme…comíamos crepe suzete ou queijadinha de morango,,, vendida por um senhor bem idoso…na entrada da Rodoviária pelo lado da Duque de Caxias…ali..ficava os carros particulares do empresa “Expresso Santos” eram veículos que faziam lotação para Santos …no inicio eram Aero Willis ..depois vieram o Diplomata e o Regente…e nos anos 70 eram os Opalas Comodoro…existiam TVs em cores a partir de 1972 em todos os pilares da Rodoviária…e existia um circuito de TV interna com programação própria fazendo anuncio de comerciantes locais …dando informações de partidas de ônibus…e serviços de utilidade pública…era novidade na época…Minha Família viajava muito para Araguari – MG …pela Real Expresso….era muito bom estar por ali…na Rua Amazonas no Bom Retiro…eu comprava 2 Kilos de amendoim torrado numa distribuidora de doces…colocava numa caixa de madeira e forrava com papelão pendurava no pescoço e ia para Rodoviária vender amendoim…no final da noite eu vendia quase tudo..e dobrava o dinheiro investido…e vinha comendo o resto que sobrava até a volta para casa… heheheh….estas lembranças da infância não devem ser esquecidas…se existia o perigo como muitos relataram acima…eu não os via…porque existia a presunção da inocência em nós…o que vale hoje…é ter vivido e ter boas lembranças…abs.. Marcos de Castro….

    1. Marcos, o meu nome é Claudio! Estou desenvolvendo um trabalho sobre o tema ”RODOVIARIO”, e li todos os comentarios aqui. O seu, foi o mais emocionante e verdadeiro, pois tem rudo a ver com o meu projeto. Gostaria de saber se vc teria algum tipo de material como fotos ou ate mesmo um depoimento mais detalhado, para poder me enviar. Desde já agradeço sua atenção e muito o brigado por ter escrito coisas profundas que também fizeram parte de minha história de vida…. Caso queira saber os detalhes pode entrar em contato comigo, pois trabalho na rod. da Barra Funda, na Emp. Vale do Tietê… meu contato é 953347885(tim), ou 998450667 (Vivo). Mais uma vez muito obrigado pela sua atenção…

  38. lindas historias da nossa amada e querida cidade de São paulo, nasci no bairro da lapa e cresci no bairro da penha, da para inaginar no final da decada de 50 fins minha mãe simplemente atravessar são paulo para me colocar no mundo, tudo bem… me lembro muito da antiga rodoviaria de são paulo, no bairro da luz, saudades imensas daquela epoca, mas não vou encumpridar a historia, porem LINDAS LEMBRANÇAS DAQUELA EPOCA, QUE FIQUE REGISTRADO, william marcelo passos o penhense de coração.

  39. Morava ali na vaenida rio branco quando criança viajava sentido interior com meu pais por la

  40. Digam o que disserem, não vai mudar minhas lembranças dela… Saudade imensa, cenário que frequentei ( incluindo os trens e estações da Paulista onde meu pai trabalhava) em difíceis viagens para SC, uma odisseia com baldeação em Curitiba, outra rodoviária que que foi tão cara porque em ambas eu estava com os meus queridos que não estão mais, como a rodoviária da Luz. A de Ctba ainda existe e virou ‘reles’ terminal urbano. As duas cidades cresceram, apareceram outras demandas e urgências, podiam ter feito tudo, menos demolir. Desconfio que muito pior do que a presença da rodoviária no local foi a presença mesmo é dos moradores. Se uma área se degrada, sempre a culpa é de gente e não de prédios. Gostaria de ter me ‘despedido’ dela, se não morasse tão longe nesse buraco que é SC onde nasci, mas minha alma será sempre paulista onde vivi e moldei minha vida e minha visão de mundo. Não teria saído jamais, mas crianças de 13 anos naquele época, anos 60-70, não eram perguntadas sobre mudanças. Quero minhas cinzas jogadas em Sampa um dia.

    1. Lia, a daqui de Ctba ainda resiste ao tempo. É um dos terminais mais movimentados da cidade, pois os ônibus das linhas que vão para a Região Metropolitana e que não fazem parte da Rede Integrada, saem de lá. E por isso que ainda não foi demolido, pois existe um desejo por parte do Governo do Estado (tucano assim como o de SP) de destruí-la e construir uma nova no mesmo terreno. Como se isso resolvesse muita coisa. Muda-se de predio mas os problemas da região continuam. Uma demolição não resolverá o problema. E o mesmo valeria para a região da Luz.

  41. Muitas lembranças desta rodoviária, meu pai trabalhava ali, tinha um posto de reportagem da rádio jovem pan na cabine da polícia militar. Eu estudava no Liceu Coração de Jesus, os ônibus passavam bem embaixo das janelas da sala de aula, fazendo muito barulho e fumaça, meu professor de Português, Celso, sempre dizia: -“Se algum de vocês um dia for um político influente, por favor tirem essa rodoviária daqui.”
    Parabéns pela reportagem.
    jpaulob@gmail.com

  42. Desde que visitei São Paulo pela primeira vez em 2011, me apaixonei pela cidade e coloquei na cabeça que iria morar aí. Ainda não concretizei este projeto, mas está em “gestação”. Desde então, sempre acesso diversos sites, blogs, páginas no Facebook, vídeos, enfim, uma infinidade de informações para me inteirar sobre a cidade, sua história, seus habitantes e seus modos de vida (o que me permitiu conhecer este maravilhoso site). Vi esta postagem sobre o Terminal Rodoviário da Luz há uns dias e achei bem interessante e ao mesmo tempo fiquei triste com o descaso que o patrimônio das cidades e as áreas centrais destas são tratados.

    Vasculhando o Youtube, achei por acaso um vídeo do programa Bom Dia São Paulo de 25/06/1986. Achei muito legal ver algumas áreas da cidade naquela época, como a esquina das ruas Faria Lima e Eusébio Matoso, além de ver como era um programa ao vivo há quase 30 anos (antes de eu nascer, portanto). Repórteres como Florestan Fernandes Jr. e Britto Jr. (ainda com cabelo), Joelmir Beting, etc. Falaram sobre os “fiscais do Sarney”, que eu desde pequeno ouvia falar e não sabia o que era, conchavos políticos, os intervalos comerciais da época (bem interessantes). No meio do vídeo há uma reportagem feita pelo Britto Jr. sobre a demolição das marquises do Terminal Rodoviário da Luz. Assistam aos 19 minutos. Mas se quiserem olhar o vídeo todo, não vai ser tempo perdido.

    http://www.youtube.com/watch?v=6ccwYemGYvE

  43. Foi muito bom ter colocado na net e essa publicadora São Paulo Antiga, eu nem estava masi lembrando como era A Rodoviária de São Paulo, eu vendo as fotos eu me recordondando,me deu saudade , eu pequeno 4 anos de idade, ia meus pais minha irmã e eu para passear na casa de minha tia irmã de minha mãe,, eu sou ussuário de aparelho auditívo, e quase uma vez ao ano meus me levava pra São Paulo pra consertar o aparelho as vezes comprava ouro novo, e agente ghegava saia nessa antiga rodoviária, não lembro mais como era outras partes como banheiro, bilheterias de cobrador, eu tenho muito pouca lembrança da antiga rodoviária, se estive preservado ela eu ia la pra recordar ela, ou as vezes se mostrar o local onde ela se residia pra gente ir até lá.tenho muita saudade.

  44. A construção em si era diferente, muito bonita, mas o local dava medo era tanta gente, tanta aglomeração que era difícil encontrar alguém ali. Difícil de entender porque demoliram, porque não aproveitaram o prédio para alguma coisa, colocaram tudo abaixo e deixaram um espaço enorme para desocupados ficar por lá.

  45. Das fotos apresentadas, bastantes interessantes para quem NÃO conheceu o local, mas observando com a foto ampliada e com uso de lupa, bem como, comparando com foto publicada na revista Transporte Moderno, à época publicação da Edtora Abril, na página 74, edição dezembro, 1969 – guiches Viação Cometa, mostrando no fundo da foto, a lateral com outros guiches, que está na foto da edição da mesma revista, pagina 155, edição novembro, 1968, é perceptível até encontrar nas fotos acima, guiches de algumas empresas e que o edifício com os “puxadinhos” atingiu três pisos. Vide as citadas revistas, e desse modo, outros detalhes internos pudessem aparecer.

  46. Há um documentário sobre o título paulista do Corinthians de 1977 que mostra os torcedores acompanhando jogos nas TVs instaladas nas plataformas dessa rodoviária. Era uma época em que a maioria das pessoas não tinha TV em casa, então o povo ia lá na estação.
    ]

  47. Tive duas oportunidades de viajar nesta rodoviária, a primeira em 1975 para Ubatuba e a segunda para o Rio de Janeiro em 1977 pela viação Única, por sinal um ônibus muito bonito todo branco com vidros fume e o interior todo vermelho e com uma aerodinâmica diferente, um charme para a época.

    1. vivi muito está epoca, muita saudades, qdo viajava para o RIO DE JANEIRO, e saia da luz, que saudades da viação cometa tambem, saudades eternas.

  48. O centro de SP sempre traz boas lembranças. Não cheguei a conhecer este terminal rodoviário (nasci em 1983) mas, histórias, depoimentos, artigos, enfim tudo da SP antigo é encantador e deixa no ar o sentimento de saudades. Saudade de um tempo que não volta, saudade de pessoas queridas que se foram. E tudo se concentrava na região central, esta, deteriorando há anos como as regiões centrais das metrópoles deste país. Apenas João Pessoa/ PB, das capitais que visitei, respeita as arquiteturas históricas de sua região central.

    A rodoviária da Luz, por exemplo, poderia perfeitamente abrigar um terminal urbano e até mesmo intermunicipal mas, 20 anos já dão como cessados a maioria dos contratos. Dessa forma é mais interessante uma nova construção afinal, nova construção, dinheiro no bolso por 20 anos e o bem estar da cidade e sua população, dane-se.

  49. Essa matéria do Terminal Júlio Prestes realmente me fez voltar a ser criança. A primeira vez que utilizei o terminal, acredito que foi lá pelos idos de 1975 / 1976. Ia fazer uma viagem a Mato Grosso do Sul pela empresa Motta. Estava vindo de Santo André e claro, nos trens da RFFSA. Para azar, na saída de casa, a minha saudosa mãe estava arrumando a sua mala de viagem e acabou atrasando, resultado, perdemos o ônibus. Mas minha mãe era turrona e economizava até onde não dava e foi aquele bafafá na rodoviária. Fomos encaminhados a agência da empresa que ficava em uma das ruas adjacentes da rodoviária (não me lembro qual) e depois de muito chororô, conseguimos uma nova passagem.
    Daí em diante, meu fascínio pelo terminal começava. Aos finais de semana, fazia meu saudoso pai me levar só prá ver os ônibus da Júlio Prestes. Íamos nos monoblocos da antiga “Viripisa” (Viação Ribeirão Pires), que tinha uma linha que ligava o ABC ao terminal. Me lembro dos televisores que na época não eram coloridos, mas sim tinham uma película conhecidíssima na época que se colocava sobre a tela da tv para imitar que era colorida, pois tv colorida na época era só para os ricos. Me lembro das propagandas das “Casas Pernambucanas” e do alto falante que dizia “Casas Pernambucanas informa as próximas partidas…”, é só saudade !!!! O chafariz era outro show a parte, mas realmente o que mais me chamava a atenção eram os losangos coloridos da fachada que eram notados desde a estação da Luz. Outra coisa que ficou na minha lembrança era a lotérica que tinha no térreo e trazia os seguintes dizeres: “Quem não arrisca, não petisca”. Lembranças de criança mas que marcam a vida da gente até hoje !!!!! Depois desse tempo, conheci também o terminal do Glicério, em 1978, pois também viajei de lá para o nordeste, com minha saudosa mãe. Lembro que era um lugar apertado e que parecia que os ônibus não caberiam na plataforma.

  50. Cheguei a pegar ônibus e a descer de outros nessa antiga Rodoviária. Era bem central, mas quando a conheci (inícios dos anos 70 do século passado), já estava subdimensionada para o movimento de idas-e-vindas de paulistanos e brasileiros de outras latitudes. Em vésperas de feriados era um inferno pegar ônibus nela. Não eram apenas os passageiros que podiam ir até as plataformas como hoje, e estas ficavam superlotadas e confusas. Perdi uns dois ônibus por causa disso! Mas tinha meus 19/20 anos e tudo era festa!

  51. esse terminal rodoviário era muinto lindo sua arquitetura muinto linda pena que foi demolido esse predio infelizmente ali virou um local podre suju e cheo deusuarios de droga . infelizmente ali estava uma historia linda de São Paulo que ninguem conseguiu preserva triste fim fim de um patrimonio histórico de São Paulo

  52. Sou estudante do último ano de arquitetura, o tema de meu trabalho de conclusão será projetar um abrigo/centro de reabilitação para moradores de rua e usuários no local onde existia a rodoviária. Agradeço ao São Paulo antiga, pois as matérias que estou encontrando aqui estão sendo de muita ajuda para minha pesquisa!

  53. Oi Douglas parabéns de novo !!! Eu sou de 1976 morava na Al.Barão de Limeira meu primeiro emprego foi na folha de São Paulo ou melhor folha da manhã rsrrs Eu brincava no parquinho da Praça Princesa Isabel quando era bem pequena uns 5 ,6 anos me lembro que ficava frustrada porque sempre aparecia um mendigo e minha mãe me arrastava para casa. Ao lado do parque era o terminal urbano que continua lá até hoje bem mudado …e em frente a praça era a Rodoviária me lembro bem dela vista do parquinho ,embora tenha pego ônibus para viagens lá ; seus vidros coloridos a luz do sol era muito bonito, mas muito perigoso também me recordo que passamos a frequentar outras praças na Duque de Caxias com a São João tinha uma e a da Marechal deodoro também mas a minha preferida era a Praça Princesa Isabel.
    Mais tarde estudei na Al Glete com a Guaianezes no casarão da esquina era um colégio de freiras o Nossa Sra. do Loreto ainda existe o casarão e é em frente ao terminal de ônibus e a famosa Figueira da Al Glete.
    Obrigado pelas lembranças um grande abraço virei fã !

  54. Na década de 70 eu morava em Bauru e ia sempre pra SP, via Expresso de Prata. Era comum pegar o ônibus no final da noite e chegar em SP no começo da madrugada. Dali eu seguia a pé até a praça Mal. Deodoro, subindo a av. São João…Ainda escuro, se misturavam ali o pessoal da boemia, oriundos das boates de prostituição, bares noturnos, com gente que já estava começando o dia, tomando sua famosa média (metade leite metade café, servida em um copo americano) com pão com manteiga na chapa, enquanto alguns vindos da noitada anterior ainda tomam pinga ou outra bebida, no mesmo bar…Embora se ouça falar em assaltos ou coisas do gênero, nunca vi nada a respeito, no máximo alguma prostituta falando mais alto (ou mesmo gritando) na rua, bêbada…A ronda policial pouco parecia fazer por ali, a não ser dar aquela volta rotineira…

  55. Cheguei em Sp aos 21 anos ,final de 81. Fui com tudo e sem nenhum endereço. Quando desembarquei na Rodoviaria percebi que estava sem a carteira. Levei um susto, mas logo a seguir veio um rapaz e me entregou a carteira
    Disse: voce esqueceu em seu banco no onibus. Estava ali todo dinheiro que levava. Sao Paulo me deu uma boa impressao.

  56. vi a minha infância passar pelos olhos ! linda reportagem , parabéns ! isso só mostra o quanto a nossa cidade já foi gloriosa !

  57. parabéns pelo brilhante trabalho, trabalhei na década de 70 no terminal rodoviário da luz, precisamente na viação cometa no período de 70 a 74, onde deixei muitos amigo. É triste saber que, o que resta hoje é apenas um terreno baldio.

  58. Usei muito essa rodoviaria. Mudei para minas em 1976, mas vinha sempre para São Paulo embarcando e desembarcando na Luz até transferirem as linhas que iam para o sul de Minas para o Tiête e posteriormente para o péssimo terminal Bresser (que nem sei se existe ainda).

    Para ser absolutamente sincero, não sinto a menor saudade. Tirando as pastilhas, sempre achei o predio muito feio e pessimamento localizado. Sofri muito com o transito para sair do centro de São Paulo para chegar na Fernão Dias e vice-versa. Foi uma das ideias mais infelizes que tiveram para a cidade de São Paulo junto com o Minhocão. Essa dupla acabou com o centro de São Paulo que era a região mais linda da cidade.

  59. Excelente essa matéria. A minha mãe comentava que sempre que ia para a casa dos parentes da minha avó em Campinas passava pela Rodoviária da Luz. Nasci em 1990, só fui lá uma vez quando já era o Shopping Fashion Luz, acho que em 2003 ou 2004.
    Aproveitando, podiam fazer uma amatéria sobre a Rodoviária Bresser, tem poucas coisas a respeito dela.

  60. Uiiiaaa, estou velha mesmo………….rs Não sei datar e nem em que circunstância estive nesta rodoviária, apenas me lembrei que via tudo muito feio, escuro insalubre, pessoas de aspecto muito judiado, enfim acho que conhecí a rodoviária em seu final, mas lembro-me muito bem que os acrílicos dos painéis, eram sujos mas ainda assim era o que refletia luz para dentro do espaço onde fiquei
    . Mas hoje com orgulho e agradecida por esta matéria posso dizer que estive lá!

  61. São Paulo pra mim tem ligação total com esse lugar. Desembarquei aqui pela primeira vez aos 11 anos de idade. Era linda a rodoviária. Sempre que passo por ali bate uma saudade enorme. Bons tempos.

  62. legal! sp – piracicaba. cruzando a luz até a rodovia anhanguera nos onibus que chiavam devido a turbina dos piracicabanos. Quem andou se lembra.

  63. Eu era tao peuqneo, mas ficava hipnotizado pelo chafariz. Já vasculhei a internet , mas nao acho uma foto sequer do antigo chafariz. Gostaria muito de coneguir visualizar mais uma vez, uma lembranca forte que tenho da infancia, quando ia visitar parentes no interior de São Paulo. Ainda espero conseguir rever.

  64. Onde o site diz “Veja o local através de nosso mapa (observe que a rodoviária ainda está ali):” há um video do youtube.

  65. Eu me lembro do Fashion Center Luz… Moramos em Limeira-SP e nas férias ia a passeio com meus pais fazer compras para a Boutique da minha mãe! Adorei a matéria e voltei no tempo! Muito bom!!!

  66. Demoliram a antiga rodoviária e deixaram a região se degradar. Mais uma vez nossos administradores comprovaram sua incompetência.

  67. Não me lembro muito da rodoviária, somente depois que virou shopping, porém tinha muitos parentes que vinham do interior de SP, principalmente de São Simão, muitos já saudosos!! Que saudade da minha tia Belinha!!! Lembro que traziam um pão, (como estes de semolina, mas era de milho) comprado na estrada, numa embalagem verde e amarela! Parece que, estou sentindo aquele gosto!

  68. Prezado Douglas. Acompanho seu trabalho há tempos e admiro suas publicações. Entretanto, muitas das fotos que você posta no blog e nas mídias sociais não são de sua autoria. Não acha inadequado colocar sua marca sobre imagens que outros produziram? Não é apropriação do trabalho alheio?

    1. Nosso acervo não se compõe somente de imagens ˝de minha autoria˝ como você diz. Ao contrário de N blogs e grupos do Facebook que só copiam daqui texto e fotos sem dar crédito ou sequer mencionar o autor, as imagens que divulgo sempre são do nosso acervo. E do acervo do São Paulo Antiga não é necessariamente de minha autoria. Embora eu não deva nenhuma satisfação a ninguém sobre o que tenho, nosso acervo memorial físico é composto por mais de 18.000 slides e negativos, 250.000 fotos digitais, 400 livros, centenas de revistas e dezenas de documentos (especialmente arquivos policiais). E nisso estou excluindo o que ainda não foi catalogado, pois a N coisas empilhadas ainda aqui por falta de recursos financeiros. Fazem parte de nosso acervo físico, por exemplo, um bom número de documentação de Josef Mengele.
      Esse ano muito provavelmente este acervo irá ser disponibilizado ao público, quem sabe ai você possa conferir de perto.

  69. Sim tenho claramente essa rodoviária na minha mente as pastilhas coloridas pois viajava eu e meu irmão com meus pais pra Uberaba MG e ficava encantada com os ônibus que chegavam e partiam essa rodoviária fez parte da minha infância bons tempos!!!Amei essa matéria e as fotos voltei no tempo!!!

  70. Sou de Goiânia e, na minha infância, sonhava em conhecer tal “rodoviária”… Minha irmã esteve em Sampa na década de 70 e tirou muitas fotos; algumas do colorido maravilhoso da cobertura, painéis… do chafariz do terminal rodoviário da Luz. Ainda temos as fotos… Muito obrigado, Douglas, por este maravilhoso fragmento da história.
    Amo minha cidade, mas SP é a cidade de todos os brasileiros. Parabéns!

    1. Para provar que sou um saudosista aficionado (isso por ser de Goiânia… imagina se eu fosse paulista), por acaso vi o inicio do filme Jecão, estrelado e dirigido pelo Mazzaropi, e logo aos 3:20 minutos iniciais aparece um fragmento da antiga rodoviária, com uma rápida visualização do edificio Opus e corredor principal pela praça Julio Prestes, com parte da colorida cobertura ao fundo…

  71. Olá.
    Viajei em minha infância pela antiga rodoviária do Glicério.Como adquiro fotos deste período?
    Há algum acervo de informações?

  72. Isso é um tesouro, como nossas autoridades não ligam para história, Douglas Nascimento seu site é um patrimônio cultural paulista, que deu lhe dê muitos anos de vida e que continue sempre a nos presentear com suas descobertas. Dá vontade de salvar todas as fotos, que medo delas sumirem rsrs.

  73. Uma rodoviária que quase não se acha nada a respeito é uma que ficava no Glicério, embaixo dos viadutos do hoje chamado Complexo Evaristo Comolatti, lembro quando pequeno (primeira metade dos anos 80) de ir receber parentes ali.

  74. Parabéns Douglas Nascimento. Tenho 50 anos e moro no interior, Ao ver essas fotos bateu um aperto no coração ao lembrar das viagens que eu fazia com meus pais durante minha infância.

  75. A rodoviária não é da minha época, mas adoro saber da história, de como era. Fui quando já era o shopping. Gostaria de saber, o que aconteceu com as lojas. Se estão em outro endereço, ou se fecharam tb. Se alguém souber, eu puder deixar um comentário aqui, agradeço.

  76. Em dezembro de 1976, fui com meus pais e irmãos para a cidade de Jundiaí. Pegamos um Cometa que saiu da Júlio Prestes. Tinha 7 anos e adorei o colorido da estação. Me marcou muito…

  77. Trabalhei nessa rodoviária ao lado do terminal Julio Prestes, fui fiscal de plataforma no ano de 1979, era funcionário da administradora, bons momentos vivi ali, nos feriados era um sufoco os ônibus saiam todos atrasados, não conseguiam chegar no horário devido ao congestionamento e os passageiros ficavam horas e horas na plataforma esperando para viajar, carnaval dias das mães natal e ano novo era terrivel. A gente tinha que administrar todo este caos, mas pouca coisa era possível fazer. As condições do local era totalmente desfavorável para esses dias de movimento acima do normal.

  78. Eu nasci no Campos Elíseos, morava numa pensão na Barão de Piracicaba com meus pais e meus irmãos, meu pai vendia frutas em frente ao único açougue que tinha na barão, eu e meus irmãos fomos alunos do João Kopke (colégio em frete a Sorocabana), e também do Liceu acho que o ano era 1973 meu pai abriu uma quitanda no 864 da barão de Piracicaba. Eu e meus irmãos tínhamos muitos amigos no bairro e quando comecei a dirigir, na época de festas era realmente um inferno sair de carro. Gente tenho muita saudades de tudo nesse bairro principalmente da Rodoviária que a gente ia passear lá dentro. Eu não gostei muito do shopping. Espero que algum amigo que viu minha postagem se lembre da gente meu nome é Rosa, meus irmãos são Neusa, João e Cida, o nome de meu pai era Ozório e minha mãe dona Geralda. Douglas obrigada por trazer lembranças tão boas da minha infância, parabéns.

  79. Comenta -se que essa rodoviária já abriu defasada em pelo menos 20 anos (igualzinho o caso do Rodoanel), pois em 1961 São Paulo já era “Uma New York” e tinha um movimento espantoso de ônibus e a chegada de migrantes já tinha explodido desde os anos 50, embora o caos absoluto do local veio mesmo no início dos anos 70. Conversando com pessoas que por ela passaram, são notáveis os relatos de caos, em todo feriado ou nos meses de férias, os ônibus que iam dar embarque simplesmente não conseguiam chegar até às plataformas e ficavam presos nos engarrafamentos da Av Duque de Caxias e Alameda Glete, um atraso de 4 horas era comum. O problema não era tão grande para os que iam desembarcar, pois os motoristas resolviam encostar na rua mesmo do lado de fora pois tentar entrar seria impossível, conheço gente que já relatou descer com as malas na Duque de Caxias, na Cleveland e até na Av Rio Branco. Nessa época dos anos 70 a dinâmica de deslocamento na cidade era completamente outra e você era obrigado a se deslocar para o centro Para simplesmente tudo, só havia bancos ali, sacar um cheque, tirar uma xerox, ir ao cinema, comprar um disco, tudo isso só era possível no centro antigo de SP, o que significava um tráfego de manhã cedo e no fim da tarde caóticos, após sair com 2 ou 3 horas de atraso do terminal, os ônibus levavam mais uma ou 2 horas para atingir a marginal Tietê pela Av Duque de Caxias e Tiradentes.

  80. Alguém sabe o que havia nesse terreno antes da rodoviária? Atualmente, moro em um dos prédios aqui construídos, de frente a Alameda barão de piracicaba.

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