Residência de Vicente & Marlene Matheus

No dia 2 de julho de 2019 faleceu em São Paulo aquela que entrou na história do futebol como a primeira, e até o momento única, presidente mulher do Sport Club Corinthians Paulista.

Na foto retrato de Marlene Matheus na sala de jantar da mansão

Marlene Matheus esposa do folclórico e também presidente do Corinthians Vicente Matheus, dirigiu o clube durante os anos de 1991 a 1993. Mesmo fora do poder do clube, Marlene sempre foi destaque na vida corintiana seja ao lado de seu marido ou mesmo a frente de suas próprias ideias e iniciativas após o falecimento de seu marido em 1997.

Com a morte de Marlene Matheus, seus familiares decidiram em agosto último abrir o imóvel para um tradicional “família vende tudo” onde a grande parte dos objetos e móveis da casa foram colocados à venda. A residência fica na Rua Maria Eleonora, uma travessa da Rua Tuiuti.

Vista parcial da residência (clique para ampliar)

Foi uma grande oportunidade para torcedores do Corinthians, moradores do Tatuapé e curiosos em geral pudessem não só conhecer como era a mansão onde residiram Marlene e Vicente Matheus, como também poder sair de lá com algum objeto ou memorabilia que pertenceu ao famoso casal presidencial corintiano.

O São Paulo Antiga esteve lá durante o período em que a casa esteve aberta e aqui mostramos o interior da residência e os objetos, enfim um lado pouco conhecido de Vicente e Marlene Matheus.

No interior do imóvel praticamente tudo esteve à venda. Móveis de jantar, poltronas, cadeiras, quadros, objetos pessoais, pinturas e, claro, muitos objetos relacionados ao futebol e especialmente do Corinthians como bolas, faixas, bandeiras e fotografias. Na casa também encontramos muitas imagens de São Jorge.

Busto e retrato de Vicente Matheus (clique para ampliar)

Os itens de futebol e do Corinthians foram rapidamente vendidos. Com poucas horas de casa aberta já quase não havia mais memorabilia corintiana à venda. Além da área esportiva prataria, taças de cristais e objetos de cozinha também eram rapidamente adquiridos.

Foi possível notar que a exposição da casa durante os dias 2, 3 e 4 de agosto atraiu também muitos torcedores de outros clube, que foram até a residência do casal presidencial corintiano para conhecer de perto o que foi a vida cotidiana daquele que foi, no caso de Vicente Matheus, uma das figuras mais conhecidas e lembradas do futebol brasileiro. Aliás foi Matheus quem primeiro vislumbrou um estádio novo para o Corinthians, e esta história já contamos aqui.

Confira na galeria abaixo uma bateria de imagens da residência de Marlene e Vicente Matheus.

CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR:

ATUALIZAÇÃO – 14/09/2021:

No dia 11 de setembro de 2021 recebemos uma triste informação que infelizmente é verídica. A casa deste artigo, residência do casal Marlene e Vicente Matheus, estava sendo demolida. O trabalho havia começado um dia antes e já no dia que formos informados já não existia praticamente mais nada.

Foto: Adriana Almeida (colaboração ao São Paulo Antiga)

Desde o momento da fotografia e pelo menos até o momento da publicação da atualização deste artigo apenas as árvores do terreno (e da calçada) sobreviveram. Vamos acompanhar os acontecimentos daqui por diante para ver se elas serão mantidas e, caso sejam arrancadas, se há autorização para o mesmo.

Fica aqui nosso pesar pelo fim da residência onde o casal Marlene e Vicente Matheus foram felizes enquanto viveram.

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15 respostas

    1. Em grandes centros urbanos é bem mais provável que isso aconteça. A moda agora é apertamentos de alto padrão. Infelizmente.

  1. bem interessante, mas isso só me faz refletir a fragilidade da vida. Tudo que era considerada dela, de seu intimo, de um momento para o outro, pessoas estranhas entrando e fuçando tudo na casa. E é assim mesmo com todo mundo,quando morremos, nossos bens que tanto gostavamos passarão a mãos que nem temos ideia de quem sera. Por isso não devemos nos apegar a bens materias…tudo passa, só o que vivemos continua. Mas a historia deles esta impregnada em tudo a isso com certeza, e imaginar que viveram isso, é fascinante.

    1. Pensei em algo parecido ao ver as fotos. Deu uma tristeza a forma como os descendentes – talvez filhos? – do casal colocaram a venda, roupas, colares, chapeu, nossa, panos de prato e plantas … pq não doaram, sensação estranha… ruim mesmo…

  2. Eu tenho um lustre de latão dos anos 60/70 parecido com esse que aparece nas fotos. Instalei em minha casa que foi construída no estilo antiga. Lindo imóvel esse dai.

  3. É bem verdade o que foi comentado, acredite-se ou não em vida após a morte física, ninguém vai ficar para sempre neste planeta. Até me arrependi de ter me desfeito de alguns objetos mais antigos, mas tendo em vista que fiz três mudanças de residência, na vida, acho que não haveria outro jeito. Também tinha um lindo lustre antigo, de madeira, que era da minha avó materna e precisava de troca dos fios internos, e uma máquina de escrever Remington, toda de ferro, que pertenceu ao meu pai, mas me desfiz desses e outros pertences de estimação, e não há como recuperar. Quando minha mãe faleceu, familiares quiseram uma antiga máquina de costura, que também havia pertencido à minha avó materna, e acabei doando. Móveis e objetos antigos eram feitos para durar muito. Com relação à casa da matéria, deveriam preservar tudo para fazer um museu, mas tendo em vista que tamanha a falta de cuidado, por parte do poder público, com relação a museus, um pegou fogo (Museu Nacional) e outro se encontra em recuperação há longo tempo (Museu do Ipiranga), o que se pode esperar? Não duvido que coloquem tudo abaixo, para construir um moderno edifício. Se alguém se interessar por cinema clássico, francês, o filme cômico Meu Tio, de Jacques Tati, mostra bem essa questão do antigo versus o moderno.

  4. Poderiam ter doado o material referente ao clube para o próprio clube. Seria legal uma exposição com esse acervo no museu do clube

  5. Numa boa… Valor arquitetônico zero. Ah, mas o cara foi presidente do Corinthians… então que o Corinthians comprasse e fizesse um museu em homenagem ao cara.
    Desculpem, mas na minha humilde opinião, não fará falta alguma.

  6. Pelo tamanho do terreno, não parece que vai subir um edifício; provavelmente algum prédio comercial como alguns próximos. A não ser que vão derrubar os sobrados ao redor (principalmente os a direita, onde está um food truck amarelo e vermelho), que parecem ser mais antigos que a mansão.
    Tatuapé é uma região que está mudando rapidamente de padrão nos últimos 20 anos, onde sobrados e casas de mais de 50 anos estão indo abaixo aos montes pra construção de edifícios; processo parecido será visto na região onde vai passar a expansão da Linha Verde do Metrô que não é longe da antiga mansão.

    Seria bom o São Paulo Antiga passar na região e fotografar as casas mais antigas que tem aos montes, antes que virem entulho.

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